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biostasia e rexistasia
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O edafólogo M. Erhart denominou biostasia o estado de estabilidade vegetal que se traduz por uma meteorização e uma erosão fracas, com transporte pouco significativo e sedimentação fina, principalmente orgânica. Pelo contrário, denominou rexistasia a situação resultante da rutura do equilíbrio biológico: erosão muito significativa, transporte da camada alterada e posterior sedimentação mais grosseira.

No passado, certos climas podem ter sido favoráveis ao desenvolvimento de uma cobertura vegetal contínua que não se teria desenvolvido sem a existência de vegetais superiores. É o que certamente acontecia no Pré-Câmbrico, Câmbrico e Silúrico.

As alterações climáticas provocam o desaparecimento de vegetação e o abarrancamento dos taludes das montanhas
Quando ocorre uma alteração de clima, a cobertura vegetal não se altera necessariamente ao mesmo ritmo que o clima. As plantas anuais que não podem subsistir naquelas condições são as primeiras a desaparecer ou a emigrar para outras zonas que lhes sejam mais favoráveis. Entende-se esta migração pela propagação das sementes que teriam mais êxito na direção do clima favorável do que nas direções em que o clima se tornou desfavorável e não se lhe dá qualquer sentido finalista. Contudo, há plantas que se conseguem adaptar às alterações climatéricas. Esta adaptação é mais provável nas plantas perenes que nas plantas anuais. Pode porém perguntar-se se uma alteração brusca do clima não tem como consequência a destruição da cobertura vegetal, esperando-se que por adaptação ou por migração de espécies exóticas se estabeleça uma nova cobertura vegetal. Se este esquema se realizou algumas vezes, devem distinguir-se as condições biológicas de estabilidade climática que permitiria uma estabilidade vegetal - biostasia - das condições biológicas da crise climática em que a estabilidade se quebraria, com uma denudação do solo que se traduziria por um aumento dos fenómenos erosivos - rexistasia.

A história da sedimentação mostra, ao longo do tempo geológico, sucessões deste tipo. Durante os longos períodos biostásicos em que se verificou a manutenção de condições específicas de humidade e temperatura, associada à multiplicidade do mundo biológico, dependente daquelas condições, ocorreram intensas alterações das rochas e uma significativa evolução dos solos. Contudo, a acentuada proteção da cobertura vegetal protegeu os materiais alterados da ação dos agentes de erosão mecânica. Praticamente só os produtos com elevado grau de solubilidade, resultantes da decomposição, são transportados pelas águas no seu trabalho de lixiviação antes de atingirem os cursos de água.
Os períodos biostásicos são períodos de intensa formação dos solos. Os períodos de rexistasia são períodos nos quais, em consequência da erosão, ocorre alteração morfológica significativa.

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Como referenciar
Porto Editora – biostasia e rexistasia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 08:45:42]. Disponível em

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