Bom Dia Camaradas
Da autoria do jovem escritor angolano, Ondjaki, pseudónimo literário de Ndalu de Almeida, Bom Dia Camaradas foi publicado, em dezembro de 2000, pelas Edições Chá de Caxinde, na coleção Independência.
Com um título temático que nos remete, através do tratamento entre as personagens, para o tempo imediato do pós-independência, esta novela apresenta um narrador autodiegético que, partindo de uma pergunta que frequentemente colocava ao cozinheiro da casa, o camarada António, - "Mas camarada António, tu não preferes que o país seja assim livre?" - indicia, desde logo, as dúvidas que assolam aquela personagem principal e que vão estar presentes no decorrer de toda a ação.
Recorrendo a uma escrita assente na oralidade e em termos geracionais, Ondjaki vai construindo este seu livro ao ritmo da prestação de um "depoimento" e, através das duas personagens principais (António, o velho cozinheiro negro e o Menino, filho do dono da casa), vai fazendo um cruzamento entre o tempo pretérito da era colonial e o tempo mais próximo do pós-independência.
Fruto da experiência vivencial do autor, esta novela, dividida em duas partes assinaladas graficamente pelo autor, constitui-se como um relato do quotidiano de um adolescente - o Menino - onde perpassam personagens secundárias e figurantes (os colegas da escola, o Bruno Viola, o Cláudio, a Romina, o Murtala, a professora cubana, os soviéticos, a tia Dada, e outros) e espaços (a escola, os mercados, a Rádio Nacional, os largos, a praia dos soviéticos, etc.) que ajudam a configurar o período revolucionário a seguir à Independência de Angola.
Através de diálogos permanentes, estas personagens vão franqueando ao leitor as portas da nova realidade político/social, focalizada fundamentalmente pelos olhos adolescentes do Menino e pelos olhos confusos do velho criado que, não percebendo muito bem os benefícios trazidos pela nova situação, dizia variadas vezes: " - Menino, no tempo do branco, isto não era assim?".
Dando forma ao imaginário infantil e adolescente do autor, Bom Dia Camaradas, segunda obra narrativa do autor, corresponde, sem dúvida à consagração de Ondjaki como um nome promissor da literatura angolana.
Com um título temático que nos remete, através do tratamento entre as personagens, para o tempo imediato do pós-independência, esta novela apresenta um narrador autodiegético que, partindo de uma pergunta que frequentemente colocava ao cozinheiro da casa, o camarada António, - "Mas camarada António, tu não preferes que o país seja assim livre?" - indicia, desde logo, as dúvidas que assolam aquela personagem principal e que vão estar presentes no decorrer de toda a ação.
Recorrendo a uma escrita assente na oralidade e em termos geracionais, Ondjaki vai construindo este seu livro ao ritmo da prestação de um "depoimento" e, através das duas personagens principais (António, o velho cozinheiro negro e o Menino, filho do dono da casa), vai fazendo um cruzamento entre o tempo pretérito da era colonial e o tempo mais próximo do pós-independência.
Fruto da experiência vivencial do autor, esta novela, dividida em duas partes assinaladas graficamente pelo autor, constitui-se como um relato do quotidiano de um adolescente - o Menino - onde perpassam personagens secundárias e figurantes (os colegas da escola, o Bruno Viola, o Cláudio, a Romina, o Murtala, a professora cubana, os soviéticos, a tia Dada, e outros) e espaços (a escola, os mercados, a Rádio Nacional, os largos, a praia dos soviéticos, etc.) que ajudam a configurar o período revolucionário a seguir à Independência de Angola.
Através de diálogos permanentes, estas personagens vão franqueando ao leitor as portas da nova realidade político/social, focalizada fundamentalmente pelos olhos adolescentes do Menino e pelos olhos confusos do velho criado que, não percebendo muito bem os benefícios trazidos pela nova situação, dizia variadas vezes: " - Menino, no tempo do branco, isto não era assim?".
Dando forma ao imaginário infantil e adolescente do autor, Bom Dia Camaradas, segunda obra narrativa do autor, corresponde, sem dúvida à consagração de Ondjaki como um nome promissor da literatura angolana.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Bom Dia Camaradas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-17 19:49:55]. Disponível em
Outros artigos
-
OndjakiFiccionista e poeta angolano, pseudónimo literário de Ndalu de Almeida, nascido em 1977, em Luanda, ...
-
AngolaGeografia País do Sul de África, oficialmente designado por República de Angola. Situado na costa oc...
-
AntónioAutor de banda desenhada e caricaturista (o mesmo que cartoonista ou cartunista) português, António ...
-
João Vêncio: Os Seus AmoresRomance de Luandino Vieira, publicado em 1979, redigido enquanto o escritor estava preso no Tarrafal
-
Memória Consentida: 20 anos de Poesia (1959/1979)Coletânea que abrange a poesia selecionada pelo autor do período de 1959 a 1979 e que, além da elimi
-
Antologia da Poesia Negra de Expressão PortuguesaConstituindo a primeira apresentação de conjunto, em francês, de poesia africana de língua portugues
-
Era no Tempo das Acácias FloridasDa autoria de Carlos Ervedosa, Era no Tempo das Acácias Floridas foi publicado pelas Edições Alac (Á
-
O Brado AfricanoO Brado Africano - um dos jornais mais marcantes e decisivos na verdadeira divulgação da poesia moça
-
Cada homem é uma raçaO livro Cada homem é uma raça (1990) apresenta 11 contos ("estórias") - "A Rosa Caramela", "O apocal
-
Meu Amor da Rua OnzeDa autoria do poeta benguelense Aires de Almeida Santos, Meu Amor da Rua Onze foi editado pela União
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – Bom Dia Camaradas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-17 19:49:55]. Disponível em