Brama
Brama, o primeiro membro da trindade divina hindu - Trimurti - é, neste contexto, Sâvitr, chamado de Prajâpati (o "Senhor da Posteridade"). É o deus criador, tendo como símbolo a terra. Segundo a cosmogonia Védica, este deus é capaz de se auto-transformar sob efeitos misteriosos. Brama é a inteligência e o mestre de todas as coisas e de todas as criaturas. Personifica o brahman (a alma universal), incarnando a energia criadora. Faz-se representar com quatro cabeças coroadas, que olham cada uma para o ponto cardinal respetivo e quatro braços que transportam um Veda, um rosário hindu, uma concha e uma garrafa de água do Ganges. Brama significa "vindo de si mesmo", ou "o que comanda". Está associado a um pato selvagem ou a um cisne.
A sua consorte é Sarasvati, padroeira da poesia, da música e das castas entre os hindus. Segundo a lenda permaneceu durante milénios a meditar e a contemplar uma flor de lótus, muito antes de o mundo ser criado. Segundo o Manava Dharma-Sastra (coletânea de textos hindus de meados da nossa era, onde surgem as Leis de Manu), Brama nasceu de um ovo de ouro que flutuava sobre as águas primordiais e, recebeu o nome de Hirania Gharba (útero de ouro) e Noraiana (o que flutua nas águas).
Brama depois do momento de contemplação, deu início à criação do mundo. Primeiro criou o céu e o abismo, em seguida os sete Suargas, as esferas celestes, iluminadas pelos corpos dos deuses. Depois a Terra, o Sol, a Lua e as regiões inferiores, que denominou Patalas. Por fim, deu início à criação dos seres. Primeiro criou os espíritos puros, entre eles os gigantes, os profetas, Munis, e os santos, Richis.
Alguns mitólogos classificam a criação dos seres da seguinte forma: 1.º - Sete Manus principais, sendo primeiro Suayambhuva, que se faz confundir com o criador; 2.º - Sete Manus secundários; 3.º - Sete Richis, os Maharchis, Vevarchis e os Radjarchis, todos eles são seres sobrenaturais e profetas; 4.º - os Dez Brahmadikas, os operários de Brama, que habitam na Lua; 5.º - os Vasuas os protetores das oito regiões do mundo (Indra, Iama, Niruti, Agni, Varuna, Kuvera, Vayu, e Isana.); 6.º os Oito Sactis, ou Matris; 7.º os Sete Munis; 8.º Dakcha, o primogénito de Brama; 9.º Rudra, filho de Brama.
Para os Budistas, Brama revoltou-se contra Brahm com o fim de se apropriar dos mundos. Concebeu depois um incesto com a sua irmã Sarasuati. Como castigo foi empurrado para o abismo. Para obter o perdão absoluto, teve que sofrer quatro reencarnações. Na primeira era um corvo poeta, chamado Kakabhusonda; na segunda era Valmiki, um grave e austero penitente intérprete dos Vedas e autor do Ramayana; na terceira era Viasa, um poeta que escreveu os Mahabharata; na última encarnação manteve-se na linha poética mas desta vez de índole dramática, era Kalidasa, autor de Sakúntala.
A sua consorte é Sarasvati, padroeira da poesia, da música e das castas entre os hindus. Segundo a lenda permaneceu durante milénios a meditar e a contemplar uma flor de lótus, muito antes de o mundo ser criado. Segundo o Manava Dharma-Sastra (coletânea de textos hindus de meados da nossa era, onde surgem as Leis de Manu), Brama nasceu de um ovo de ouro que flutuava sobre as águas primordiais e, recebeu o nome de Hirania Gharba (útero de ouro) e Noraiana (o que flutua nas águas).
Brama depois do momento de contemplação, deu início à criação do mundo. Primeiro criou o céu e o abismo, em seguida os sete Suargas, as esferas celestes, iluminadas pelos corpos dos deuses. Depois a Terra, o Sol, a Lua e as regiões inferiores, que denominou Patalas. Por fim, deu início à criação dos seres. Primeiro criou os espíritos puros, entre eles os gigantes, os profetas, Munis, e os santos, Richis.
Para os Budistas, Brama revoltou-se contra Brahm com o fim de se apropriar dos mundos. Concebeu depois um incesto com a sua irmã Sarasuati. Como castigo foi empurrado para o abismo. Para obter o perdão absoluto, teve que sofrer quatro reencarnações. Na primeira era um corvo poeta, chamado Kakabhusonda; na segunda era Valmiki, um grave e austero penitente intérprete dos Vedas e autor do Ramayana; na terceira era Viasa, um poeta que escreveu os Mahabharata; na última encarnação manteve-se na linha poética mas desta vez de índole dramática, era Kalidasa, autor de Sakúntala.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Brama na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 09:18:01]. Disponível em
Outros artigos
-
RudraDeus que era filho de Brama, pertencendo à casta sacerdotal das divindades. É também uma designação ...
-
IsanaUm dos oito protetores das oito partes do Mundo, é o protetor do Nordeste. Apareceu aos mortais sob ...
-
VayuDeus do Ar, dos Ventos, condutor dos Sons, dos Perfumes. Pai da Música, é o deus Pan dos hindús. Pod...
-
KuveraDeus da riqueza e seu distribuidor, filho do sábio e adivinho Visravas. É um dos oito deuses Vasuas....
-
VarunaSenhor ou soberano, "aquele que lê", que ordena o mundo e que com ele "joga", é o deus do Mar e das ...
-
AgniÉ o deus do fogo, não só fisíco como de qualquer outro tipo, como do espiritual e sacrificial ou mes...
-
IndraÉ o deus do Ar e das Estações, do Firmamento, senhor das nuvens, das chuvas e dos relâmpagos, dos qu...
-
LuaA Lua é o único satélite natural da Terra e o astro mais próximo do nosso planeta. Descreve uma órbi...
-
SolAs suas características físicas fazem do Sol uma estrela de médias dimensões: é uma estrela anã da c...
-
ManuDenominação que é dada a cada um dos catorze personagens heroicos, que também se podem chamar de mah...
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – Brama na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 09:18:01]. Disponível em