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Braz Cadunha
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"Composição dramática em três atos" de Samuel Maia, levada à cena pela primeira vez em 1928, a 9 de novembro, no Teatro da Trindade. Marcada por um realismo regionalista, visível na incorporação de expressões da Beira Alta na linguagem, tem como personagem principal Braz Cadunha, um rendeiro que ascendeu a proprietário rural e que vive obcecado pela posse da terra. Braz Cadunha, Maria, a sua filha, e Luzia, a mãe do noivo de Maria, combinam engodar o feitor dos fidalgos que estava apaixonado por Maria: esta deveria fingir-se interessada pelo pretendente e Luzia deveria fazer correr o boato de que o casamento estava desfeito para que o feitor realizasse, com vista ao casamento, uma venda fraudulenta de terras a favor de Maria, que veria assim engrossado o seu dote. Preferindo Albino, um emigrante no Brasil, a quem estava prometida, o feitor assassina Maria e Albino, suicidando-se em seguida. A peça termina com um julgamento que visa decidir da posse das terras transacionadas e em que Luzia depõe a favor de Braz. A sós com Luzia, em conclusão, Braz Cadunha formula uma declaração de amor à terra: "Somos como homem e mulher. Entranha por entranha. Caí lá dentro como um oiteiro de penedos. Não saio, ninguém tem força para me arrancar. Nem rachado a dinamite. Porque mesmo assim ficaria em lascas misturado nos torrões."
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Como referenciar
Braz Cadunha na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$braz-cadunha [visualizado em 2025-06-15 18:32:30].

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