Bug do ano 2000
O Bug do ano 2000 teve as suas origens intimamente ligadas à invenção dos computadores. Nos anos 60, quando surgiram os primeiros computadores, os dados eram introduzidos e armazenados em cartões perfurados. Já nesta altura, um dos principais problemas dos programadores era o pouco espaço disponível para trabalhar. Consequentemente, a informação introduzida num computador tinha de ser muito comprimida, para permitir um maior aproveitamento.
Assim, uma das formas encontradas para diminuir o espaço ocupado pelos dados foi reduzir o tamanho das datas, omitindo os dois primeiros dígitos do número correspondente ao ano; por exemplo, para o dia 1 de janeiro de 1970 deveria escrever-se 01/01/70, em alternativa a 01/01/1970. Já na altura, houve quem antevisse que esta opção poderia causar problemas, mas partiu-se do princípio de que nenhum dos sistemas ou programas da altura estaria ainda em uso no final do século XX.
No entanto, sempre que surgia uma nova geração de um programa ou de um sistema, ou mesmo um novo programa, tinha como requisito quase obrigatório ser compatível com os sistemas anteriores, i.e., tinha que usar a mesma formatação para a data. Assim, durante as décadas seguintes, o problema foi ignorado e adiado.
No entanto, ano após ano, o Bug do ano 2000 tornou-se mais grave, já que o número de computadores, de aplicações e sistemas tinha vindo a aumentar de forma exponencial. O problema tornou-se mais sério quando todos os países, empresas, serviços públicos, hospitais, ou seja, praticamente todo o mundo, se tornaram completamente dependentes dos computadores, sistemas e aplicações informáticas desenvolvidos para funcionarem com o sistema de representação do ano de dois dígitos. O não solucionamento do Bug do ano 2000 poderia vir a ter consequências muito graves, algumas inimagináveis.
Em termos práticos, ao optar por este sistema, tornou-se impossível distinguir o ano 2000 do ano 1900; do mesmo modo, é impossível distinguir o ano 1999 do ano 1899 ou do ano 2099. De uma forma mais abrangente, este sistema de formatação de datas permite-nos diferenciar as décadas mas não nos permite distinguir os diferentes séculos.
Este problema nunca foi equacionado até ao ano 2000, mas nos últimos anos do século XX deixou de ser ignorado e passaram-se a desenvolver estudos e soluções para preparar os sistemas "antigos" para a passagem de século, que ocorreu sem grandes problemas, uma vez que a maior parte dos sistemas já estavam preparados para o ano 2000.
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