1 min
Calcedónia
Quarto concílio ecuménico, reunido em Bitínia, na região de Bizâncio, entre 8 de outubro e 1 de novembro de 451, convocado por Marciano, imperador do oriente, a 17 de maio de 451.
Neste concílio, que se iniciou na igreja de Santa Eufémia e que foi mais um dos motivados pelas questões doutrinais levantadas pelo nestorianismo e pelo monofisismo (ou eutiquianismo, nome que derivou de Eutiques, o abade que criou esta teoria da existência de uma só natureza em Cristo), foi deposto o patriarca Dióscuro de Alexandria, acusado de monofisismo. Foi também lida a carta Tomus ad Flavianum do papa Leão Magno, missiva em que este modelou o dogma da doutrina da união das duas naturezas de Jesus Cristo, tendo influenciado o cânone que foi aprovado unanimemente na quinta sessão deste concílio. Este cânone, que dizia ser Cristo um ser uno e indivisível, foi aceite pelo imperador Marciano e pela imperatriz Pulquéria com toda a solenidade na sessão seguinte.
Elaboraram-se igualmente 28 cânones disciplinares que contemplavam, entre outros aspetos, o modo de ordenar os clérigos e a proibição do exercício de cargos militares e civis aos religiosos, assim como a simonia e a deambulação entre cidades diversas. O último cânone foi extremamente polémico e nunca aceite pelo papa Leão Magno nem pelos seus representantes no concílio. Dizia o cânone 28 que a única razão para Roma ser a sede primaz da Cristandade era o facto de ter sido a capital do império, devendo portanto Constantinopla possuir os mesmos privilégios e ser considerada a segunda em importância. O papa contestou este cânone, dizendo que a primazia de Roma se devia ao facto de ter sido a sede de São Pedro, primeiro papa, e não à importância que a cidade tinha desse ponto de vista político.
Neste concílio, que se iniciou na igreja de Santa Eufémia e que foi mais um dos motivados pelas questões doutrinais levantadas pelo nestorianismo e pelo monofisismo (ou eutiquianismo, nome que derivou de Eutiques, o abade que criou esta teoria da existência de uma só natureza em Cristo), foi deposto o patriarca Dióscuro de Alexandria, acusado de monofisismo. Foi também lida a carta Tomus ad Flavianum do papa Leão Magno, missiva em que este modelou o dogma da doutrina da união das duas naturezas de Jesus Cristo, tendo influenciado o cânone que foi aprovado unanimemente na quinta sessão deste concílio. Este cânone, que dizia ser Cristo um ser uno e indivisível, foi aceite pelo imperador Marciano e pela imperatriz Pulquéria com toda a solenidade na sessão seguinte.
Elaboraram-se igualmente 28 cânones disciplinares que contemplavam, entre outros aspetos, o modo de ordenar os clérigos e a proibição do exercício de cargos militares e civis aos religiosos, assim como a simonia e a deambulação entre cidades diversas. O último cânone foi extremamente polémico e nunca aceite pelo papa Leão Magno nem pelos seus representantes no concílio. Dizia o cânone 28 que a única razão para Roma ser a sede primaz da Cristandade era o facto de ter sido a capital do império, devendo portanto Constantinopla possuir os mesmos privilégios e ser considerada a segunda em importância. O papa contestou este cânone, dizendo que a primazia de Roma se devia ao facto de ter sido a sede de São Pedro, primeiro papa, e não à importância que a cidade tinha desse ponto de vista político.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Calcedónia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 08:14:39]. Disponível em
Outros artigos
-
RomaAspetos Geográficos Roma é a capital e a maior cidade de Itália. Está localizada na costa oeste da p...
-
ConstantinoplaCapital do Império Bizantino de 330 a 1453. Antiga Bizâncio, depois da sua tomada pelos Turcos em 14...
-
LeãoConstelação e quinto signo do Zodíaco, pertence ao elemento Fogo, tal como Carneiro e Sagitário, e i...
-
MarcianoImperador Romano do Oriente, também conhecido por Marcião, reinou entre 450 e 457, envolto em confli...
-
Jesus CristoJesus é a forma latina da palavra hebreia que significa "Javé é salvação". O nome Cristo no hebreu q...
-
AlexandriaCidade do Egito, fundada em 332 a. C. por Alexandre Magno. Localiza-se 22 quilómetros a oeste do del...
-
Fervor Religioso e Perda de Autoridade das IgrejasNum mundo que durante os séculos XIX e XX se caracterizou pela extrema instabilidade política e soci
-
Os três músicos da BabilóniaOs três músicos da Babilónia são os três jovens hebreus Ananias, Misael e Azarias, a que se refere a
-
Os Huguenotes e as Guerras da Religião em FrançaA partir de 1550, até ao século XVII, começou-se a designar os protestantes em França por "huguenote
-
auto de féOs autos de fé tinham início com um sermão, durante o qual se apontavam e condenavam as heresias, ao
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Calcedónia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 08:14:39]. Disponível em