Calouste Sarkis Gulbenkian
Comerciante arménio, filho de uma família de abastados comerciantes, nasceu em 1869, em Scutari (Istambul), e morreu em 1955, em Lisboa.
Estudou no King's College de Londres, diplomando-se em Engenharia em 1887. Em 1891 efetuou uma viagem à Transcaucásia, durante a qual visitou os campos petrolíferos de Baku e que lhe inspirou a publicação de um livro. Na sequência deste seu trabalho, foi encarregado de elaborar um relatório sobre os campos de minas do Império Otomano. Teve assim início a sua ação pioneira no desenvolvimento petrolífero no Médio Oriente.
Gulbenkian iria desempenhar um papel importante na organização do grupo Royal Dutch-Shell e servir de elo de ligação entre as indústrias petrolíferas americanas e russas. No fim do século XIX, a indústria do petróleo estava a dar os primeiros passos. Gulbenkian deu o primeiro impulso para o seu desenvolvimento na região do Golfo Pérsico.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Gulbenkian sugeriu a criação em França de uma Comissão Geral do Petróleo. Revelou-se um negociador esclarecido quando apresentou ao Governo francês um plano que faria com que os interesses do Banco da Alemanha na Companhia Turca de Petróleo, pertencentes aos ingleses desde 1915, revertessem a favor da França. O plano concretizou-se em 1920, pelo Tratado de San Remo. A França conseguiu pela primeira vez ter acesso às fontes petrolíferas do Médio Oriente.
Gulbenkian iria revelar-se um homem multifacetado ao demonstrar o seu grande interesse pela arte. É famosa a sua coleção de pinturas europeias, que inclui obras representativas de diversos autores, correntes e épocas. Além da pintura, reuniu obras de escultura egípcia, cerâmicas orientais, manuscritos, encadernações, livros antigos, mobiliário, tapeçaria e joalharia. A sua coleção completa encontra-se em Portugal desde junho de 1960. Em 1969, foi inaugurado um espaço especialmente construído para a patentear ao público, o Museu Calouste Gulbenkian.
Possuidor de uma grande fortuna, Gulbenkian empenhou-se em distribuí-la em vida e depois da sua morte. Protegeu comunidades arménias e estabeleceu por testamento pensões vitalícias a favor de familiares e colaboradores. Criou ainda uma fundação com o seu nome, herdeira da sua restante fortuna e com sede em Portugal. A Fundação Calouste Gulbenkian tem fins caritativos, artísticos, educativos e científicos. A escolha de Lisboa para sua sede revela a estima do fundador pela cidade que o acolheu durante a Segunda Guerra Mundial.
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