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Câmara de Lobos
Aspetos Geográficos
O concelho de Câmara de Lobos situa-se na Madeira, faz parte da Região Autónoma da Madeira (RAM), que é simultaneamente NUT I, II e III, ocupa uma área de 51,8 km2 e abrange cinco freguesias: Câmara de Lobos, Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos, Quinta Grande e Jardim da Serra.
Este concelho apresentava, em 2021, um total de 32 175 habitantes.
O concelho encontra-se limitado pelos seguintes concelhos: a oeste pelo de Ribeira Brava, a este pelo do Funchal e a norte pelo de S. Vicente e Santana e ainda a sul pelo oceano Atlântico.
Possui um clima de influência marítima, com verões amenos, em que a temperatura média ronda os 24 °C, e invernos também amenos, com temperaturas geralmente por volta dos 17 °C.
A sua morfologia é marcada por vários montes e serras, destacando-se as serras do Chão dos Terreiros, com 1436 m, do Pico da Malhada, com 1235 m, e a da Cruz das Moças, com 956 metros. Na zona costeira, destaca-se o cabo Girão, que é a segunda falésia mais alta da Europa, com 589 metros acima do nível do mar.
Como recursos hídricos, possui a levada do Norte, a ribeira dos Socorridos e a ribeira do Curral.
História e Monumentos
Os navegadores portugueses, comandados por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, após chegarem à ilha da Madeira, no ano de 1419, iniciaram a exploração da sua costa, atingindo no primeiro dia a zona a que deram o nome de Câmara de Lobos.
Os descobridores encontraram nestas terras uma enorme gruta, habitada por um grande número de lobos-marinhos, e batizaram-na com o nome de Câmara de Lobos.
A freguesia, sede do concelho de Câmara de Lobos, foi instituída em 1430 e, em agosto de 1996, a então Vila de Câmara de Lobos foi elevada à categoria de cidade.
No que se refere a acontecimentos históricos que marcaram este concelho, poder-se-á referir que foi nestas terras que tiveram início o povoamento e o cultivo no arquipélago, pois aqui terá vivido João Gonçalves Zarco, entre 1420 e 1424.
A nível do património arquitetónico, destacam-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição, considerada por alguns historiadores como a primeira capela da ilha, dado que foi fundada por Gonçalves Zarco em 1420, sendo reedificada em 1723; a Igreja de São Sebastião, construída em finais do século XV, e a Igreja Matriz de Câmara de Lobos, construída no século XVI e aumentada no século XVII.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São muitas as manifestações populares e culturais no concelho, sendo de destacar o feriado municipal a 16 de outubro; o desfile de Carnaval, no domingo anterior ao dia de Entrudo; a festa cultural e de promoção económica das vindimas, na segunda semana de setembro, com desfiles alegóricos, pisa e repisa das uvas; a festa de Nossa Senhora da Graça, a 15 de agosto; a festa de Nossa Senhora da Encarnação, no último domingo de agosto, e a festa de Santa Maria Gorete, no primeiro domingo de julho.
No artesanato, o concelho é um grande centro madeirense de fabrico de rendas, fabricando-se também o típico chapéu de palha circular, de aba caída.
Como figuras ilustres, salienta-se João Gonçalves Zarco, que descobriu o concelho, foi o segundo capitão-donatário e aí residiu.
No que se refere a instalações culturais, existem a Biblioteca Municipal Pública, inaugurada a 14 de novembro de 1982, e a Biblioteca Calouste Gulbenkian, itinerante, que possibilita que as populações mais longínquas possam ter acesso à leitura.
Como curiosidade, consta que o ilhéu de Câmara de Lobos, aquando da sua descoberta, se encontrava rodeado de mar. Mais tarde terá havido um abalo de terra e parte do pico da Torre desmoronou, formando a zona que é hoje o centro da cidade, ou seja, juntando o ilhéu à ilha.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, muito ligado à atividade turística, como o comércio e os serviços de hotelaria, logo seguidas pelas atividades do setor secundário. Neste último setor destacam-se as indústrias de extração do basalto, ligadas à construção civil, de tratamento de curtumes e de laticínios.
Na agricultura predomina o cultivo de batata, de culturas hortícolas extensivas e intensivas, de frutos frescos, de frutos subtropicais e da vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e caprinos. Mais de metade (51 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta.
O concelho de Câmara de Lobos situa-se na Madeira, faz parte da Região Autónoma da Madeira (RAM), que é simultaneamente NUT I, II e III, ocupa uma área de 51,8 km2 e abrange cinco freguesias: Câmara de Lobos, Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos, Quinta Grande e Jardim da Serra.
Este concelho apresentava, em 2021, um total de 32 175 habitantes.
O concelho encontra-se limitado pelos seguintes concelhos: a oeste pelo de Ribeira Brava, a este pelo do Funchal e a norte pelo de S. Vicente e Santana e ainda a sul pelo oceano Atlântico.
Possui um clima de influência marítima, com verões amenos, em que a temperatura média ronda os 24 °C, e invernos também amenos, com temperaturas geralmente por volta dos 17 °C.
A sua morfologia é marcada por vários montes e serras, destacando-se as serras do Chão dos Terreiros, com 1436 m, do Pico da Malhada, com 1235 m, e a da Cruz das Moças, com 956 metros. Na zona costeira, destaca-se o cabo Girão, que é a segunda falésia mais alta da Europa, com 589 metros acima do nível do mar.
Como recursos hídricos, possui a levada do Norte, a ribeira dos Socorridos e a ribeira do Curral.
História e Monumentos
Os navegadores portugueses, comandados por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, após chegarem à ilha da Madeira, no ano de 1419, iniciaram a exploração da sua costa, atingindo no primeiro dia a zona a que deram o nome de Câmara de Lobos.
Os descobridores encontraram nestas terras uma enorme gruta, habitada por um grande número de lobos-marinhos, e batizaram-na com o nome de Câmara de Lobos.
A freguesia, sede do concelho de Câmara de Lobos, foi instituída em 1430 e, em agosto de 1996, a então Vila de Câmara de Lobos foi elevada à categoria de cidade.
No que se refere a acontecimentos históricos que marcaram este concelho, poder-se-á referir que foi nestas terras que tiveram início o povoamento e o cultivo no arquipélago, pois aqui terá vivido João Gonçalves Zarco, entre 1420 e 1424.
A nível do património arquitetónico, destacam-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição, considerada por alguns historiadores como a primeira capela da ilha, dado que foi fundada por Gonçalves Zarco em 1420, sendo reedificada em 1723; a Igreja de São Sebastião, construída em finais do século XV, e a Igreja Matriz de Câmara de Lobos, construída no século XVI e aumentada no século XVII.
São muitas as manifestações populares e culturais no concelho, sendo de destacar o feriado municipal a 16 de outubro; o desfile de Carnaval, no domingo anterior ao dia de Entrudo; a festa cultural e de promoção económica das vindimas, na segunda semana de setembro, com desfiles alegóricos, pisa e repisa das uvas; a festa de Nossa Senhora da Graça, a 15 de agosto; a festa de Nossa Senhora da Encarnação, no último domingo de agosto, e a festa de Santa Maria Gorete, no primeiro domingo de julho.
No artesanato, o concelho é um grande centro madeirense de fabrico de rendas, fabricando-se também o típico chapéu de palha circular, de aba caída.
Como figuras ilustres, salienta-se João Gonçalves Zarco, que descobriu o concelho, foi o segundo capitão-donatário e aí residiu.
No que se refere a instalações culturais, existem a Biblioteca Municipal Pública, inaugurada a 14 de novembro de 1982, e a Biblioteca Calouste Gulbenkian, itinerante, que possibilita que as populações mais longínquas possam ter acesso à leitura.
Como curiosidade, consta que o ilhéu de Câmara de Lobos, aquando da sua descoberta, se encontrava rodeado de mar. Mais tarde terá havido um abalo de terra e parte do pico da Torre desmoronou, formando a zona que é hoje o centro da cidade, ou seja, juntando o ilhéu à ilha.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, muito ligado à atividade turística, como o comércio e os serviços de hotelaria, logo seguidas pelas atividades do setor secundário. Neste último setor destacam-se as indústrias de extração do basalto, ligadas à construção civil, de tratamento de curtumes e de laticínios.
Na agricultura predomina o cultivo de batata, de culturas hortícolas extensivas e intensivas, de frutos frescos, de frutos subtropicais e da vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e caprinos. Mais de metade (51 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Câmara de Lobos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 23:38:52]. Disponível em
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