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Cancioneiros Medievais
As primeiras manifestações da literatura portuguesa são textos em verso, as chamadas «cantigas», compostas na maior parte por cultos trovadores que estavam radicados no Noroeste da Península. As suas composições circularam dispersas durante muitos anos até que homens apaixonados da poesia as compilaram, organizando coleções, mais ou menos completas, a que se dá o nome de «cancioneiros».
Chegaram até nós o Cancioneiro da Ajuda, o Cancioneiro da Vaticana, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro das Cantigas de Santa Maria de Afonso X.
O «Cancioneiro da Ajuda» ou do «Real Colégio dos Nobres», também conhecido como o «Livro de Cantigas do Conde de Barcelos», é anónimo e o mais antigo, provavelmente compilado na Corte portuguesa em fins do século XII. Contém 310 composições, quase todas de amor, anteriores a D. Dinis. É extremamente valioso pela grafia e pela decoração, o que demonstra o carácter cantado, instrumentado e mesmo coreográfico de parte das cantigas.
O Cancioneiro da Vaticana encontra-se na Biblioteca do Vaticano. Tem 1205 composições, de todos os tipos, e é um apócrifo ou cópia, realizada em Itália no século XVI sobre o original que data provavelmente do século XIV. Foi descoberto no século XIX.
O Cancioneiro da Biblioteca Nacional (antigo Colocci-Brancutti) tem 1647 composições, de todos os tipos; engloba trovadores dos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis. É o mais completo, contendo fragmentos de um Tratado de Poética.
D. Afonso X, o Sábio (1221-1284), além de rei de Castela e de Leão, interessa-nos como trovador, autor de cantigas de amor e de notáveis cantigas de escárnio e maldizer, e como organizador do único cancioneiro religioso medieval, conhecido pelo nome de Cantigas de Santa Maria.
As cantigas são o núcleo fundamental das 420 composições que se encontram nesta coletânea, havendo ainda poemas dedicados às festas de Cristo e de Santa Maria.
As cantigas, na versão definitiva do Cancioneiro, encontram-se, com a respetiva música,em dois manuscritos da Biblioteca do Mosteiro do Escorial e num códice guardado na Biblioteca de Florença. Têm um especial interesse como documento sobre a vida, os costumes e a cultura da época e como documento linguístico.
Chegaram até nós o Cancioneiro da Ajuda, o Cancioneiro da Vaticana, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro das Cantigas de Santa Maria de Afonso X.
O Cancioneiro da Vaticana encontra-se na Biblioteca do Vaticano. Tem 1205 composições, de todos os tipos, e é um apócrifo ou cópia, realizada em Itália no século XVI sobre o original que data provavelmente do século XIV. Foi descoberto no século XIX.
O Cancioneiro da Biblioteca Nacional (antigo Colocci-Brancutti) tem 1647 composições, de todos os tipos; engloba trovadores dos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis. É o mais completo, contendo fragmentos de um Tratado de Poética.
D. Afonso X, o Sábio (1221-1284), além de rei de Castela e de Leão, interessa-nos como trovador, autor de cantigas de amor e de notáveis cantigas de escárnio e maldizer, e como organizador do único cancioneiro religioso medieval, conhecido pelo nome de Cantigas de Santa Maria.
As cantigas são o núcleo fundamental das 420 composições que se encontram nesta coletânea, havendo ainda poemas dedicados às festas de Cristo e de Santa Maria.
As cantigas, na versão definitiva do Cancioneiro, encontram-se, com a respetiva música,em dois manuscritos da Biblioteca do Mosteiro do Escorial e num códice guardado na Biblioteca de Florença. Têm um especial interesse como documento sobre a vida, os costumes e a cultura da época e como documento linguístico.
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Como referenciar
Porto Editora – Cancioneiros Medievais na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 23:41:21]. Disponível em
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