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CAPM - Capital Asset Pricing Model
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A relação entre risco e rendibilidade é um dos assuntos mais importantes e complexos a nível das finanças empresariais. Embora seja ponto assente que, relativamente a um ativo em geral, quanto maior for o risco a ele associado, maior será a rendibilidade exigida pelos potenciais investidores, há muitos aspetos envolvidos neste tipo de análise que se mostram de difícil mensuração e avaliação. Desde logo se coloca a questão da medida do risco dos ativos, designadamente dos títulos transacionados nos mercados de valores mobiliários (ações, obrigações, etc.). Paralelamente, entra na análise, entre outros aspetos importantes, o perfil de risco dos investidores.
O CAPM - Capital Asset Pricing Model é um modelo que estuda a atitude em termos de risco e rendibilidade dos investidores em ativos, designadamente ações, e que permite aos gestores de uma determinada empresa avaliar a taxa de retorno mínima dos investimentos que essa empresa deverá apresentar por forma a satisfazer as expectativas dos investidores.
Antes de mais, e tal como muitos outros modelos de carácter económico e financeiro, o CAPM parte de um conjunto de pressupostos, dos quais se devem destacar os seguintes: os investidores são racionais e estão dispostos a aceitar taxas de retorno esperadas como medidas de compensação do risco; os investidores são avessos ao risco, ou seja, desejam que este seja o mínimo possível; os mercados são competitivos; há um grande número de vendedores e compradores que não têm poder para influenciar individualmente o mercado; o horizonte normal dos investimentos é de um ano.
Ao mesmo tempo, o CAPM parte da definição de um conjunto de conceitos, dos quais se devem destacar os seguintes: a taxa de retorno isenta de risco (correspondente genericamente à dos títulos da dívida pública); a taxa de risco do mercado (avaliação da taxa média de risco dos ativos do mercado); o prémio de risco do mercado (diferença entre a taxa de risco do mercado e a taxa isenta de risco); o beta, considerado o coeficiente de avaliação da sensibilidade da empresa ao risco, que relaciona o retorno dos valores individuais com o do portefólio do mercado.
Assim, um beta de 1 corresponde a uma empresa com volatilidade média face ao mercado. Quanto menor o beta, menor o risco da empresa e menor o retorno esperado dos investidores, pelo que, em última instância, o custo dos seus capitais próprios (compostos por ações) também será menor. Pelo contrário, se o beta é superior a 1, o risco da empresa é maior, pelo que os investidores exigirão um retorno também superior, passando o custo dos capitais próprios a ser também maior.
Segundo o CAPM, a taxa de retorno requerida pelos investidores (que corresponderá ao custo dos capitais próprios) deve ser igual à soma da taxa isenta de risco com o beta multiplicado pelo prémio de risco do mercado.
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Como referenciar
Porto Editora – CAPM - Capital Asset Pricing Model na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 04:12:47]. Disponível em

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