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Carlos V
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Monarca da família dos Habsburgos, foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (como Carlos V) e rei de Espanha (como Carlos I). Nasceu em Gand em 1500, filho de Filipe, duque da Borgonha, senhor da Flandres e arquiduque da Áustria, falecido em 1506. Nesta data, herda os Países Baixos e o Franco Condado. Quando, em 1516, morre Fernando de Aragão, o seu neto Carlos (V) torna-se Carlos I de Espanha. Devido à incapacidade de reinar de Joana, a Louca, sua mãe e filha dos Reis Católicos, Carlos tomou posse de Castela e suas dependências na América, de Aragão, do reino de Napóles e da Sicília, para além de portos-chave no Norte de África (Trípoli, Oran, Bougie)
Em 1519, é eleito Imperador Germânico, ganhando a Francisco I, que chegou a fazer prisioneiro, e a Carlos de Espanha. Teve depois que dominar inúmeras revoltas no interior dos seus vastos Estados (os comuneros em Castela, 1520-22; o povo de Gand, 1539-40; os príncipes alemães protestantes, 1546-1555), para além de estar constantemente em guerra com a França de Francisco I e contra o avanço do Império Otomano.
Devido à dimensões do seu império, Carlos V foi um soberano itinerante: quando abdica, em Bruxelas, em outubro de 1555, afirma que, no seu reinado, fizera 9 viagens à Alemanha, 16 a Espanha, 4 a França, 2 a África, 2 a Inglaterra, 7 a Itália e 10 aos Países Baixos. Vários foram os seus êxitos maiores para a construção da sua monarquia imperial: vitória de Pavia, em 1525, que lhe rende o Milanês (região de Milão), em detrimento da França; eleição do seu irmão Fernando como rei da Boémia e da Hungria, em 1526 (a quem, aliás, já a partir de 1522, cedia o governo dos territórios austríacos e dos legados Habsburgos); conquista de Tunes, em 1535; vitória de Mühlberg, em 1547, que ataca em cheio a liga protestante alemã; por último, a mais importante, a conquista de imensos territórios na América. Aqui, residia a força e o poder universal de Carlos V, baseados não no título imperial, mas no facto de ser senhor efetivo de importantes territórios exteriores ao Império Germânico. Há, no fundo, um império dito de Carlos V, o "Império onde o sol nunca se punha".Na América, base do Siglo de oro de Espanha e das riquezas do séc. XVI, Carlos V criou os vice-reinos do México (1535) e de Lima (1542). No seu reinado, os Espanhóis exploram o Panamá (1513) e atingem o Iucatão. Fernão de Magalhães e Del Cano circum-navegam o Mundo. Conquistam o Império Inca a partir de 1524; atingem a Florida (1528), Buenos Aires e o Mississípi (1538). Coronado chega à Califórnia (1539). Em 1545 abrem-se as Minas de Potosí (Bolívia), um dos pilares da economia de Carlos V.
Retrato de Carlos V por Anónimo (cópia de um original de Ticiano)
Teve 3 derrotas no seu império: não recuperou a Borgonha à França; não destruiu o Império Otomano; não reconstituiu a unidade católica na Alemanha. Senhor de grande parte da Europa e de quase toda a América, possuidor de intermináveis riquezas, abdicou em 1555 do senhorio da Borgonha para Filipe II (seu filho e de D. Isabel de Portugal, com quem teve também D. Joana, mãe de D. Sebastião) e, em 1556, também lhe dá a coroa espanhola e suas dependências. No mesmo ano, entregou a Fernando a coroa imperial e retirou-se para o mosteiro jerónimo de Yuste, onde morreu em 1558, depois de ter construído o maior império da Terra.
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Como referenciar
Porto Editora – Carlos V na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-11 15:19:44]. Disponível em
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