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Castelo Branco
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Aspetos geográficos
Cidade, capital de distrito e sede de concelho, localiza-se na Beira Baixa, na Região Centro (NUT II), e na Beira Interior Sul (NUT III). Elevada à categoria de cidade em 1771, é um importante centro industrial, comercial e de serviços.
O concelho de Castelo Branco abrange uma área de 1438 km2 e divide-se em 19 freguesias: Alcains, Almaceda, Benquerenças, Castelo Branco, Cebolais de Cima e Retaxo, Escalos de Baixo e Mata, Escalos de Cima e Lousa, Freixial e Juncal do Campo, Lardosa, Louriçal do Campo, Malpica do Tejo, Monforte da Beira, Ninho do Açor e Sobral do Campo, Póvoa de Rio de Moinhos e Cafede, Salgueiro do Campo, Santo André das Tojeiras, São Vicente da Beira, Sarzedas e Tinalhas.
Em 2021, o concelho apresentava 52 272 habitantes. O natural ou habitante de Castelo Branco denomina-se albicastrense.
O distrito ocupa a maior parte da província tradicional da Beira Baixa, sendo limitado pela Espanha a leste e a sudeste, e pelos distritos de Portalegre a sul, de Santarém a sudoeste, de Leiria a oeste, de Coimbra a noroeste e da Guarda a norte. Possui uma superfície de 6617 km2 e compreende 11 concelhos: Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão.
O relevo do distrito é bastante acidentado, em especial na sua parte norte, onde se encontram as serras da Estrela, da Gardunha, da Lousã e da Malcata. A parte meridional do concelho apresenta vastas áreas planálticas, interrompidas pelos vales encaixados de vários afluentes da margem direita do Tejo, como os rios Erges, Ponsul, Ocreza e Zêzere.

 

 

Convento da Graça, em Castelo Branco
Brasão do concelho de Castelo Branco
Paisagem da serra da Gardunha, no distrito de Castelo Branco
Escadaria dos jardins do Paço Episcopal
Fonte em Castelo Branco
Vista panorâmica de Castelo Branco
Igreja de São Miguel, dos séculos XIII e XIV, também conhecida por Sé de Castelo Branco
Vista sobre Vila Velha de Ródão
 
 
História e Monumentos
A origem de Castelo Branco parece ter sido um castro edificado no cima do monte, em cuja encosta assentou mais tarde a vila. Após a reconquista desta região por D. Afonso Henriques, o território compreendido entre o Erges, o Zêzere e o Tejo foi dado aos Templários, que, passado algum tempo, construíram o castelo e edificaram as muralhas. Convencidos de que no local existira a povoação romana de Castro Leuco, puseram-lhe o nome de Castelo Branco.
Dentro dos muros da fortaleza residiram os cavaleiros templários e, mais tarde, os comendadores de Cristo. O local de reunião dos "homens bons" era no adro da Igreja da Santa Maria do Castelo e o centro da atividade económica situava-se na encosta de S. Gens (Rua do Mercado). A vila conservou o seu aspeto medieval até finais do século XVIII, mas a primitiva cintura de muralhas foi ultrapassada quando D. Dinis visitou Castelo Branco, em 1285, e reconheceu que a povoação estava espartilhada, ordenando o alargamento da primeira cintura de muralhas, passando de quatro para sete o número de portas principais e abrindo mais três portas secundárias.
A 15 de abril de 1771, durante o ministério do Marquês de Pombal, D. José elevou a vila à categoria de cidade e, com autorização do Papa Clemente XIV, criou a Diocese de Castelo Branco. Mas o grande desenvolvimento da cidade verificou-se em 1936, com o abastecimento de água proveniente da barragem de Ocreza e a sua distribuição domiciliária.
Entre os monumentos existentes em Castelo Branco, salientam-se a Capela de Nossa Senhora da Piedade (século VI), revestida de azulejos do estilo joanino; o chafariz de S. Marcos (século XVI), de estilo maneirista, em que a pedra regista a esfera armilar; o Convento (século XV) e a Igreja de Nossa Senhora da Graça (século XVI), ambos de estilo manuelino; o Domus Municipalis (século XVI), alvo de várias intervenções que o descaracterizaram; o Solar dos Viscondes de Oleiros, do século XVIII (onde está a Câmara Municipal), de influência estética italiana; o Cruzeiro de S. João (séc. XVI), de estilo gótico; o jardim do Paço Episcopal (séc. XVIII), com traçado italiano, e a Igreja de S. Miguel (Sé), edificada entre os séculos XIII e XIV e que veio a sofrer várias alterações, principalmente na época renascentista.

 

 

 

 
Tradições, Lendas e Curiosidades
Tem como feriado municipal o terceiro dia da romaria de Nossa Senhora de Mércoles, na segunda semana após a Páscoa. Em Castelo Branco realizam-se as seguintes festas: o Enterro do Senhor, na quarta semana da Quaresma; a Procissão das Lanterninhas; a feira anual dos Reis, a 6 de janeiro, ligada à atividade agropecuária; a feira franca, anual, a 30 de agosto, e a feira do gado suíno, a 4 de outubro e 18 de dezembro.
Nos restantes concelhos do distrito registam-se várias festividades, entre elas: a festa de Santo Antão, a 28 de maio, e as feiras, a 25 de março, 13 de junho, 2 de setembro e 8 de dezembro, em Belmonte; as feiras no domingo da Paixão e de Sant'Iago, a 1 de agosto, na Covilhã; as feiras de S. Marcos, na quarta segunda-feira de abril, e de S. Mateus, na terceira segunda-feira de outubro, no Fundão; a romaria de Nossa Senhora do Almortão, a 1 de maio, em Idanha-a-Nova; a Festa da Senhora dos Remédios, a 14 e 15 de agosto, na Sertã; a Festa de Nossa Senhora da Guia, a 8 e 9 de setembro, as Festas da Rainha, no terceiro domingo de maio, em que cada povoação participa com um andor, em Vila de Rei; a Festa de Nossa Senhora do Castelo, a 15 de agosto, em Vila Velha de Ródão.
Pelo Natal, é costume, em alguns locais do distrito, fazerem-se fogueiras à porta da igreja para aquecer o Menino Jesus e para que ninguém tenha frio. Na noite de Ano Novo, em algumas povoações, é tradicional recordar o "milagre das portas". Diz-se que algum tempo depois do nascimento de Cristo, um soldado descobriu a casa onde estava Jesus e marcou a porta com farinha. Quando voltou lá mais tarde verificou que as portas de todas as casas estavam marcadas com farinha, não tendo conseguido distinguir a que ele próprio tinha marcado. Simbolizando este acontecimento, é tradição em algumas localidades do distrito de Castelo Branco colocar farinha nas portas.
É costume na freguesia de Alcains, concelho de Castelo Branco, as pessoas oferecerem uma telha roubada a S. Domingos quando querem curar qualquer doença ou preocupação. Este facto, ajuda a que o telhado da capela do Espírito Santo esteja sempre como novo.
Na freguesia de Escalos de Baixo, do concelho de Castelo Branco, a devoção a S. Sebastião é grande. Segundo consta, o santo, que ouviu as preces dos crentes, livrou a povoação do confronto com o exército francês por volta de 1807. Pouco antes de o exército passar, abateu-se sobre a zona um denso nevoeiro que, devido à pouca visibilidade, fez com que os soldados não se apercebessem que ali existia a localidade e passassem ao largo.
A freguesia de Malpica do Tejo, do concelho de Castelo Branco, viu nascer o nome da sua povoação da seguinte forma: reza a lenda que a primitiva aldeia se situava perto da Ermida de Nossa Senhora das Neves. No entanto, sendo um local sem defesa e por diversas vezes atacado, os moradores decidiram mudar-se para um lugar mais protegido. Não chegando a acordo quanto à localização, decidiram pela sorte: combinaram soltar uma manada de vacas e construir a nova aldeia no local onde elas parassem. Assim se fez e as vacas pararam no local onde hoje é o largo da aldeia. O povo não gostou do sítio, mas conformou-se com a sua sorte e à medida que se foi erigindo a aldeia, a povoação murmurava: "mal fica, mal fica...". Com o tempo este dizer alterou-se para Malpica.

 

 

 

 

 
Economia
Os solos férteis da Cova da Beira e da bacia do Zêzere produzem cereais, frutos, legumes e azeite. Cria-se gado bovino, ovino e caprino. O distrito possui pinhais, eucaliptais, sobreirais e vinhas, e estão bem desenvolvidas as indústrias de lanifícios, celulose e madeira. O subsolo é rico em volfrâmio, estanho e urânio. Há águas termais em Unhais da Serra, em Monfortinho e na Sertã. No seu artesanato típico, encontram-se as colchas de linho bordadas a linha de seda (com motivos seculares), as calçadas de pedra em basalto e calcário, os adufes, as rocas, os painéis de bordados, as mantas de trapos e as colchas de bilros.
O turismo é uma atividade em crescimento, face às condições físicas do distrito. Estão em expansão a prática de desportos radicais e de desportos ligados à neve, à caça e à pesca.
Castelo Branco e a Covilhã, sede da Universidade da Beira Interior, são importantes centros de ensino universitário, o que contribui para o desenvolvimento da região.

 

 

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Porto Editora – Castelo Branco na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 03:57:21]. Disponível em
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