Castelo de Mourão
Palco de diversas guerras entre cristãos e muçulmanos, conheceu despovoamento até à instalação dos freires da Ordem de S. João de Jerusalém. Deve-se ao prior Gonçalo Egas a primeira ação de repovoamento bem como a construção ou reconstrução da fortaleza. Julga-se ainda ter este prior outorgado o primeiro foral de Mourão, em 1226.
Não sabemos em que estado estaria esta fortaleza em finais do século, mas terá sido o monarca D. Dinis quem, em 1298, dois anos corridos após a confirmação do foral, aí teria construído um castelo com três torres.
Durante a crise de 1383-1385 o castelo, ponto avançado na defesa da fronteira, desempenha um papel de destaque ao lado do Mestre de Avis.
A sua posição de charneira, no extremo oriental português e ocidental espanhol, justificariam as avultadas verbas despendidas nas obras de restauro e remodelação que el-rei D. Manuel encomendou aos arquitetos Diogo e Francisco de Arruda, mestres das obras régias da comarca de Antre-Tejo e Odiana.
Mourão adere a Filipe II de Espanha em 1580, atitude redimida por Pedro Mendonça Furtado durante a Guerra da Restauração, mas que custaria graves prejuízos à população e ao castelo pelos sucessivos ataques de que foi alvo.
Traçou-se então uma nova linha de fortificações da autoria do francês Nicolau de Langres. Da fortificação seiscentista, que englobava quatro baluartes, revelins, fosso, alçapões e atalaias, restam poucos vestígios.
A muralha medieval é construída num curioso aparelho que reúne três materiais diferentes - o xisto, o mármore e o granito. As portas, flanqueadas ou abertas em poderosos torreões, são, por vezes, de arco ogival e apresentam decoração gótica. As remodelações do século XVII dizem respeito aos baluartes, nos quatro ângulos da muralha, e aos revelins, em frente das cortinas.
No interior da cerca subsistem ainda vestígios da antiga vila, da Casa do Guarda e dos velhos Paços do Concelho.
O castelo é cintado por seis torres quadrangulares, dentre as quais sobressai a torre de menagem com porta a abrir para o pátio da praça, de construção gótica.
No século XVI foi ainda edificada, no recinto amuralhado, com traça de grande simplicidade, a igreja matriz.
Não sabemos em que estado estaria esta fortaleza em finais do século, mas terá sido o monarca D. Dinis quem, em 1298, dois anos corridos após a confirmação do foral, aí teria construído um castelo com três torres.
Durante a crise de 1383-1385 o castelo, ponto avançado na defesa da fronteira, desempenha um papel de destaque ao lado do Mestre de Avis.
Mourão adere a Filipe II de Espanha em 1580, atitude redimida por Pedro Mendonça Furtado durante a Guerra da Restauração, mas que custaria graves prejuízos à população e ao castelo pelos sucessivos ataques de que foi alvo.
Traçou-se então uma nova linha de fortificações da autoria do francês Nicolau de Langres. Da fortificação seiscentista, que englobava quatro baluartes, revelins, fosso, alçapões e atalaias, restam poucos vestígios.
A muralha medieval é construída num curioso aparelho que reúne três materiais diferentes - o xisto, o mármore e o granito. As portas, flanqueadas ou abertas em poderosos torreões, são, por vezes, de arco ogival e apresentam decoração gótica. As remodelações do século XVII dizem respeito aos baluartes, nos quatro ângulos da muralha, e aos revelins, em frente das cortinas.
No interior da cerca subsistem ainda vestígios da antiga vila, da Casa do Guarda e dos velhos Paços do Concelho.
O castelo é cintado por seis torres quadrangulares, dentre as quais sobressai a torre de menagem com porta a abrir para o pátio da praça, de construção gótica.
No século XVI foi ainda edificada, no recinto amuralhado, com traça de grande simplicidade, a igreja matriz.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Mourão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 03:28:55]. Disponível em
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