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Castelo de Penamacor
Penamacor é uma antiga povoação beirã, provavelmente habitada por povos pré-romanos e certamente romanizada pelos latinos. Literalmente, após a queda do Império Romano, Penamacor e a sua fortaleza são esquecidas e entram numa verdadeira Idade das Trevas. A vila ressurge reconstruída no tempo de D. Sancho I e o seu castelo guarnecido pelos monges-guerreiros templários de D. Gualdim Pais, encarregues de travar as incursões de árabes e castelhanos. A malha urbana estendia-se e com ela havia a necessidade de ampliar as defesas. D. Dinis procedeu à remodelação e reforço das muralhas anteriores, dotando-a de outra cintura protetora e de novas torres de vigia, tornando-se assim uma das mais importantes fortalezas da fronteira portuguesa.
Devido aos conflitos com Castela, D. Fernando e D. João I reforçaram-na ainda mais, erguendo-se nesse período a barbacã do castelo. Durante a crise de 1383-85, o alcaide-mor desta praça-forte colocou-se incondicionalmente ao lado do Mestre de Avis, sentimento patriótico que se haveria de manifestar em outras ocasiões da história nacional; como em 1584, ano em que a sua população haveria de acreditar na legitimidade de um impostor que se fez passar pelo malogrado rei D. Sebastião.
Seguindo uma política de reforço das defesas fronteiriças, D. Manuel I ordena o reforço do perímetro militar de Penamacor, construindo-se nessa altura a altiva e bela Torre da Vigia, ex-libris desta vila beirã. Após 1640, a Guerra da Restauração exigiu que as defesas de Penamacor fossem modernizadas, de acordo com as modernas técnicas da pirobalística. Assim, edificaram-se muralhas mais robustas, seis baluartes e reforço de mais três meios-baluartes. Desmilitarizado o seu perímetro defensivo, o tempo e os homens encarregaram-se de o destruir, restando alguns troços de muralha para lembrarem a antiga grandeza e poderio do Castelo de Penamacor. Entre as demais estruturas militares sobreviventes, o destaque vai para a sólida Torre de Vigia, de planta quandrangular e colocada num dos extremos da fortaleza. Num dos panos de pedra são visíveis os emblemas heráldicos de D. Manuel I. Superiormente, corre uma elegante cachorrada. Próximo da Misericórdia e do belo pelourinho concelhio abre-se a ogival Porta da Vila, sobre a qual se impõe a quinhentista Câmara Municipal de Penamacor, hoje transformada em museu local. Contíguo corre um extenso pano de muralha, flanqueado por uma estrutura ameada e por uma torre de vigia, transformada em campanário de igreja. Rodeando as escarpas do castelo medieval, notam-se ainda trechos das cortinas modernas dos antigos baluartes seiscentistas.
Seguindo uma política de reforço das defesas fronteiriças, D. Manuel I ordena o reforço do perímetro militar de Penamacor, construindo-se nessa altura a altiva e bela Torre da Vigia, ex-libris desta vila beirã. Após 1640, a Guerra da Restauração exigiu que as defesas de Penamacor fossem modernizadas, de acordo com as modernas técnicas da pirobalística. Assim, edificaram-se muralhas mais robustas, seis baluartes e reforço de mais três meios-baluartes. Desmilitarizado o seu perímetro defensivo, o tempo e os homens encarregaram-se de o destruir, restando alguns troços de muralha para lembrarem a antiga grandeza e poderio do Castelo de Penamacor. Entre as demais estruturas militares sobreviventes, o destaque vai para a sólida Torre de Vigia, de planta quandrangular e colocada num dos extremos da fortaleza. Num dos panos de pedra são visíveis os emblemas heráldicos de D. Manuel I. Superiormente, corre uma elegante cachorrada. Próximo da Misericórdia e do belo pelourinho concelhio abre-se a ogival Porta da Vila, sobre a qual se impõe a quinhentista Câmara Municipal de Penamacor, hoje transformada em museu local. Contíguo corre um extenso pano de muralha, flanqueado por uma estrutura ameada e por uma torre de vigia, transformada em campanário de igreja. Rodeando as escarpas do castelo medieval, notam-se ainda trechos das cortinas modernas dos antigos baluartes seiscentistas.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Penamacor na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 09:10:19]. Disponível em
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