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Castelo de Pinhel
O vetusto e sólido castelo granítico da cidade de Pinhel é uma fortaleza da raia beirã que, com toda a probabilidade, remontará ao tempo dos povos pré-romanos peninsulares. Contudo, o protetor castelo da Serra da Marofa teve uma importância estratégica de relevo na época romana, dado que parte da rede viária imperial cruzava as terras de Pinhel.
A fortaleza beirã entra num período obscuro após a queda do Império Romano, por convulsões que duraram cerca de 700 anos, sucessivamente ocupada por povos de origem germânica e árabes provenientes do Norte de África. Decorrido que foi este tempo, Pinhel e a sua fortaleza ressurgem das trevas com D. Afonso Henriques, monarca que procede ao seu povoamento a ao reforço das suas defesas, política que iria ser prosseguida pelo seu filho D. Sancho I e por D. Afonso II.
No reinado de D. Dinis, o castelo de Pinhel foi ampliado, estendendo-se o seu manto protetor até à malha urbana da antiga vila. Ao longo dos conflitos que assolaram a história portuguesa, Pinhel alinhou sempre pela causa nacionalista, o que lhe causou alguns dissabores, quer fosse durante a crise de 1383-85, tomando o partido pelo Mestre de Avis, quer posteriormente em 1640, na época da Guerra da Restauração, altura em que sofreu alterações estruturais e foi um dos núcleos do forte dispositivo defensivo da fronteira nacional.
O seu perfil arquitetónico anelar deve-se, em grande medida, à reforma dionisiana. A cidadela ergue-se no alto de um outeiro, dominando a malha urbana e os vastos terrenos em seu redor. A Porta de Santiago, de arco pleno, marca uma das entradas do castelo, estando protegida por um robusto cubelo quadrangular. Para além desta, o sistema de acesso ao recinto do castelo de Pinhel compreendia mais cinco entradas - respetivamente a da Vila, a de S. João, a de Marrocos, a de Alvacar e a de Marialva -, sendo as suas poderosas cortinas de granito aparelhado reforçadas por seis torres defensivas.
No interior da praça de armas elevam-se duas independentes e altivas torres ameadas, obra erguida em tempo de D. Dinis, correspondendo a mais elevada à de Menagem, e reformulada em tempo de D. Manuel I. Esta apresenta gárgulas salientes, belos balcões sutentados por mísulas, com sistema de mata-cães. Sob estes foram rasgadas janelas, uma das quais é geminada e ostenta uma profusa decoração naturalista na curvilínea verga manuelina. O interior da torre apresenta um salão coberto por uma abóbada nervurada, obra igualmente reformulada no reinado de D. Manuel I.
A fortaleza beirã entra num período obscuro após a queda do Império Romano, por convulsões que duraram cerca de 700 anos, sucessivamente ocupada por povos de origem germânica e árabes provenientes do Norte de África. Decorrido que foi este tempo, Pinhel e a sua fortaleza ressurgem das trevas com D. Afonso Henriques, monarca que procede ao seu povoamento a ao reforço das suas defesas, política que iria ser prosseguida pelo seu filho D. Sancho I e por D. Afonso II.
No reinado de D. Dinis, o castelo de Pinhel foi ampliado, estendendo-se o seu manto protetor até à malha urbana da antiga vila. Ao longo dos conflitos que assolaram a história portuguesa, Pinhel alinhou sempre pela causa nacionalista, o que lhe causou alguns dissabores, quer fosse durante a crise de 1383-85, tomando o partido pelo Mestre de Avis, quer posteriormente em 1640, na época da Guerra da Restauração, altura em que sofreu alterações estruturais e foi um dos núcleos do forte dispositivo defensivo da fronteira nacional.
O seu perfil arquitetónico anelar deve-se, em grande medida, à reforma dionisiana. A cidadela ergue-se no alto de um outeiro, dominando a malha urbana e os vastos terrenos em seu redor. A Porta de Santiago, de arco pleno, marca uma das entradas do castelo, estando protegida por um robusto cubelo quadrangular. Para além desta, o sistema de acesso ao recinto do castelo de Pinhel compreendia mais cinco entradas - respetivamente a da Vila, a de S. João, a de Marrocos, a de Alvacar e a de Marialva -, sendo as suas poderosas cortinas de granito aparelhado reforçadas por seis torres defensivas.
No interior da praça de armas elevam-se duas independentes e altivas torres ameadas, obra erguida em tempo de D. Dinis, correspondendo a mais elevada à de Menagem, e reformulada em tempo de D. Manuel I. Esta apresenta gárgulas salientes, belos balcões sutentados por mísulas, com sistema de mata-cães. Sob estes foram rasgadas janelas, uma das quais é geminada e ostenta uma profusa decoração naturalista na curvilínea verga manuelina. O interior da torre apresenta um salão coberto por uma abóbada nervurada, obra igualmente reformulada no reinado de D. Manuel I.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Pinhel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-05 10:25:59]. Disponível em
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