Castelo de Silves
A origem do Castelo de Silves remonta ao século VIII altura em que iniciou o despertar de uma opulenta cidade que as crónicas de Xelbe descrevem como fervilhante centro urbano, comercial e cultural do mundo islâmico de então.
A partir do século X em diante foi palco de inúmeras disputas entre príncipes muçulmanos, situação que os cristãos tão bem souberam aproveitar. Sofreu inúmeros cercos, nomeadamente ao longo dos séculos XII e XIII, cuja violência destrutiva nos dá conta a narrativa de um cruzado vindo do Norte que acompanhava a empresa de D. Sancho I. Empregaram torres de madeira, catapultas, máquinas de guerra e um ouriço (máquina alemã armada de pontas de ferro) destruindo várias torres e trechos de muralha.
A investida muçulmana, anos mais tarde, culminou com a queda cristã do território a Sul do Tejo, à exceção da cidade de Évora.
No ano de 1242, os cristãos realizam, com D. Paio Peres Correia, uma nova tentativa de ocupação do Castelo de Silves mas o êxito definitivo ocorreria com D. Afonso III que lhe concede foral de repovoamento tentando, desta forma, provir aos danos materiais e sociais que as sucessivas guerras teriam provocado.
O Castelo deve ter sofrido algumas obras e modificações no tempo de D. Manuel I que lhe concedeu foral novo em 1504 pois datam dessa altura as obras da Sé e da Misericórdia.
O correr dos tempos, as catástrofes naturais e a incúria humana contribuíram para a deflagração do património que este castelo albergava.
Subsistem os vestígios da alcáçova do último rei mouro, torres albarrãs com passadiços, sobre arcos, de ligação às muralhas, bem como panos de muralha junto à Torre das Portas da Cidade, abertas em cotovelo como era costume muçulmano.
Resquício desses tempos primordiais é ainda a monumental cisterna abobadada, constituída por cinco arcos de volta inteira assentes em pilares quadrados com capacidade, segundo consta, para abastecer a cidade ao longo de um ano. Uma outra cisterna, a Cisterna dos Cães, com cerca de 70 metros de profundidade, e, ao que parece, aproveitamento de um antigo poço de exploração cuprífera romana bem como as ruínas de um forno nas suas imediações ou os inúmeros silos subterrâneos testemunham, igualmente, a vivência de tempos mais remotos desta fortificação.
O material utilizado na construção desta proeminente fortificação é a taipa revestida pela pedra ruiva, assim denominado o grés da região de Silves, conferindo-lhe uma interessantíssima tonalidade avermelhada.
A partir do século X em diante foi palco de inúmeras disputas entre príncipes muçulmanos, situação que os cristãos tão bem souberam aproveitar. Sofreu inúmeros cercos, nomeadamente ao longo dos séculos XII e XIII, cuja violência destrutiva nos dá conta a narrativa de um cruzado vindo do Norte que acompanhava a empresa de D. Sancho I. Empregaram torres de madeira, catapultas, máquinas de guerra e um ouriço (máquina alemã armada de pontas de ferro) destruindo várias torres e trechos de muralha.
A investida muçulmana, anos mais tarde, culminou com a queda cristã do território a Sul do Tejo, à exceção da cidade de Évora.
O Castelo deve ter sofrido algumas obras e modificações no tempo de D. Manuel I que lhe concedeu foral novo em 1504 pois datam dessa altura as obras da Sé e da Misericórdia.
O correr dos tempos, as catástrofes naturais e a incúria humana contribuíram para a deflagração do património que este castelo albergava.
Subsistem os vestígios da alcáçova do último rei mouro, torres albarrãs com passadiços, sobre arcos, de ligação às muralhas, bem como panos de muralha junto à Torre das Portas da Cidade, abertas em cotovelo como era costume muçulmano.
Resquício desses tempos primordiais é ainda a monumental cisterna abobadada, constituída por cinco arcos de volta inteira assentes em pilares quadrados com capacidade, segundo consta, para abastecer a cidade ao longo de um ano. Uma outra cisterna, a Cisterna dos Cães, com cerca de 70 metros de profundidade, e, ao que parece, aproveitamento de um antigo poço de exploração cuprífera romana bem como as ruínas de um forno nas suas imediações ou os inúmeros silos subterrâneos testemunham, igualmente, a vivência de tempos mais remotos desta fortificação.
O material utilizado na construção desta proeminente fortificação é a taipa revestida pela pedra ruiva, assim denominado o grés da região de Silves, conferindo-lhe uma interessantíssima tonalidade avermelhada.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Silves na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 09:39:22]. Disponível em
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