cataplasma (farmácia)
Os cataplasmas são um tipo de aplicação curativa usada na medicina tradicional e, ainda hoje, em práticas médicas homeopáticas. Consistem na aplicação, sobre a pele, de uma substância pastosa, frequentemente quente, entre dois panos finos. A composição e temperatura podem variar muito, dependendo do tipo de manifestação clínica.
Na forma mais comum, são feitos a partir de uma farinha ou pó, ao qual podem ser adicionadas diversas plantas com poderes curativos, misturando-se com óleos vegetais, óleos minerais ou água até se formar uma pasta que é aquecida e depois aplicada. No entanto, existem inúmeras variantes deste processo de preparação.
O cataplasma de ervas pode ser feito com recurso a erva fresca, sendo colocado sobre o local atingido pelo padecimento as folhas, diretamente, ou um seu extrato, obtido por esmagamento. A erva pode ainda ser colocada dentro de pequenos sacos de tecido, humedecida com água fria ou quente, consoante os sintomas, e aplicada na superfície corporal. Outra forma possível é a obtenção de uma pasta, por esmagamento, com mistura de álcool ou água.
Existem diversos cuidados a ter na preparação e aplicação dos cataplasmas.
A sua elaboração é simples e relativamente rápida, sendo que apenas devem ser preparados com material de vidro, porcelana ou madeira e com materiais cuidadosamente selecionados.
A sua aplicação, salvo raras exceções (cataplasmas cicatrizantes), não deve ser realizada sobre ferimentos da pele, devendo a temperatura ser cuidadosamente controlada, a fim de evitar queimaduras pelo frio ou calor. O tempo de utilização é variável, mas, nos casos em que a temperatura é uma variável com interferência no tratamento, o cataplasma deve ser substituído sempre que esta se afaste do grau térmico desejável.
A sua ação foca-se na eliminação de dores, espasmos musculares, suavização de processos inflamatórios e traumáticos, remoção de calosidades e verrugas, entre muitas outras aplicações possíveis.
O mecanismo de atuação pode ser considerado a diversos níveis: térmico, químico e revulsivo.
A ação térmica, originada pela temperatura do cataplasma, facilita os processos curativos do próprio corpo. Por exemplo, a aplicação de um cataplasma frio sobre uma zona inflamada incrementa a vasoconstrição periférica, abrandando o inchaço e a dor típica dos edemas inflamatórios.
A ação química é devida à absorção cutânea de determinados elementos químicos presentes nos extratos de ervas, óleos e outras substâncias presentes no cataplasma. Este tipo de ação dos cataplasmas pode ser compreendida, se considerarmos que a epiderme é permeável a determinadas substâncias, estando assente numa camada dérmica, altamente inervada e vascularizada. A abundante irrigação sanguínea desta zona da pele permite que determinadas substâncias ativas do cataplasma atuem, disseminando-as no organismo.
A ação revulsiva dos cataplasmas é a menos utilizada e a que mais cuidados requer. Baseia-se na aplicação, estritamente controlada, de um cataplasma com substâncias irritantes (por exemplo, mostarda), por forma a desencadear uma ação inflamatória local que aumente o aporte sanguíneo, auxiliando a debelar uma dada patologia localizada na zona de aplicação. Atuam como um estímulo do sistema imunitário.
Um tipo particular de cataplasmas são os utilizados na designada geoterapia, cuja origem remonta às civilizações da Antiguidade. São utilizadas aplicações de minerais, sob forma pastosa (argila, por exemplo), que podem, ou não, ser aquecidos.
Alguns exemplos de cataplasmas e suas aplicações são o cataplasma de cenoura para a garganta irritada, de argila para pruridos e eczemas, limão ou cebola para laringites e faringites e compressas quentes para dores musculares e articulares. Os cataplasmas frios são recomendados para acalmar inflamações, dor, edemas e hemorragias
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