Cáucaso
É um sistema montanhoso situado na parte meridional da Rússia, entre o mar Negro e o mar Cáspio.
Os países do Cáucaso estendem-se pelas depressões do Kouban e de Terek, pela cadeia montanhosa - o Grande Cáucaso - e pelos territórios compostos pela Tanscaucásia, que incluem o Pequeno Cáucaso. Este maciço montanhoso atravessa a Caucásia, estendendo-se ao longo de 1250 quilómetros. É uma alta barreira, onde a altitude raramente é inferior a 2000 metros e que alcança 5633 metros no monte Elbruz e 5047 metros no monte Karbek. A região é rica em petróleo e metais não ferrosos.
Como centro metalúrgico, desempenhou um importante papel, desde tempos recuados, em conjunto com os povos da Mesopotâmia, da Fenícia e, a partir do século VII a. C., com as colónias gregas do mar Negro. Devido à sua localização estratégica foi alvo da cobiça de vários povos, nomeadamente de Persas e de Bizantinos. Sofreu também a invasão dos Árabes a partir de 642.
É destes tempos conturbados que nascerão os reinos da Geórgia e da Arménia, tornando-se muito prósperos. Seria a partir do século XI, com a invasão turca, que estes reinos conheceriam o declínio e a divisão interna. Durante um longo período que se estende do século XV ao século XVIII, na Transcaucásia decorreram as lutas entre os Turcos Otomanos e os Persas. Seria no século XVIII que a Rússia tentaria conquistar o território, pela mão de Pedro, o Grande, que em 1722 encetaria uma série de conflitos visando derrotar os impérios turco e persa, iniciando um extenso programa de colonização.
Como o poder tsarista cresceu, os partidos nacionais opuseram-se-lhe, acolhendo as revoluções russas de 1905 e 1917.
Em outubro deste último ano a Rússia abandona militarmente o território caucasiano, cedendo à Turquia as nações transcaucasianas. Seria em maio de 1918 que a Geórgia, a Arménia e o Azerbaijão proclamariam a sua independência, tornando-se repúblicas socialistas.
As guerras civis sucedem-se e em 1922 foi criada uma federação soviética do Transcáucaso, fazendo parte da URSS. A partir da década de 90 do século XX, com a independência da Geórgia, da Arménia e do Azerbaijão, reacenderam-se os conflitos étnicos e políticos entre estes países ou entre as comunidades residentes. Os separatismos cresceram e a instabilidade aumentou, agudizada fortemente pelos conflitos na Tchetchénia, região de imolação russa, no Daguestão, na Ossétia, na Abkházia e no enclave de Nagorno-Karabakh. O fundamentalismo islâmico e a riqueza petrolífera são as duas molas acionadoras destes graves conflitos.
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