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CEI
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O acordo assinado a 8 de dezembro de 1991 entre as repúblicas da Rússia, da Ucrânia e da Bielorrússia estabeleceu a Comunidade de Estados Independentes (CEI). Este novo acordo de união política teve como principal impulsionador o presidente russo Boris Ieltsin e marcou a dissolução do império soviético.
As três repúblicas fundadoras da CEI concordaram num certo número de pontos fundamentais, nomeadamente nos seguintes: cada estado-membro mantinha a sua independência; as outras repúblicas da antiga União Soviética seriam bem-vindas como novos membros da Comunidade; qualquer república seria livre de abandonar a CEI após ter anunciado essa intenção com um ano de antecedência; os membros deveriam trabalhar em conjunto para o estabelecimento de economias de mercado; o antigo rublo soviético seria a moeda comum dos estados-membros; a Comunidade ficava sediada em Minsk.
Numa tentativa de apoiar as economias debilitadas dos estados-membros da CEI, a União Europeia estabeleceu acordos de parceria que preveem ajuda e apoio económico a esses países.
Ao longo dos anos, a Rússia foi-se tornando a república dominante da CEI. Estabeleceu-se como guardiã das fronteiras, tendo os estados da Ásia Central, Arménia e Geórgia aceitado o policiamento das tropas russas nas suas fronteiras, em conjunto com as forças locais. Ainda sob controlo russo, foi assinado um pacto de segurança e criado um exército coletivo composto por contingentes militares dos vários estados-membros. No ano de 1994, a Rússia deixou de entregar petróleo e gás natural à Ucrânia, o que veio a originar conflitos periódicos com esta república da CEI.
Apesar de esta nova comunidade política ter realizado progressos com vista a uma maior integração dos estados-membros, de ter entretanto integrado a Geórgia e o Azerbaijão (1993), de ter sido acordada a formação de um comité económico interestados, a situação nas antigas repúblicas soviéticas está longe de se encontrar pacificada.
Desde 1985, data da subida ao poder de Mikhail Gorbachev, que foi sentida a necessidade de reformas profundas em vários setores da sociedade, como a economia, a política externa e de segurança e dos direitos do homem. A Perestroika e o aumento da liberdade política que dela decorreu fizeram irromper a vontade de afirmação nacional. Durante o ano de 1990 e nos princípios de 1991, os nacionalismos assumiram uma outra amplitude. Não se tratava apenas de lutas inter-étnicas, mas de lutas pela independência nacional. O desejo de independência afirmou-se de forma inequívoca, em primeiro lugar nas três repúblicas bálticas (Letónia, Estónia e Lituânia), estendendo-se depois às restantes. A crise económica foi outro elemento motivador dos nacionalismos: o declínio do nível de vida provocou um desejo radical de mudança de regime.
Além dos nacionalismos que eclodiram após o colapso do sistema comunista, tiveram lugar uma série de conflitos latentes, com o exército russo e a força aérea estacionados no Tajiquistão e a sua participação em lutas contra forças rebeldes. No Azerbaijão, a Frente Popular acusou os militares russos de apoiarem a oposição. Junto à fronteira iraniana as lutas persistem entre as forças azeris e arménias, e a longa disputa entre a Rússia e a Ucrânia pela baía do Mar Negro ainda não está resolvida.
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Porto Editora – CEI na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 03:55:09]. Disponível em
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