Celso Furtado

Economista brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras, Celso Monteiro Furtado nasceu a 26 de julho de 1920, em Pombal, no estado de Paraíba e faleceu a 20 de novembro de 2004, no Rio de Janeiro.

Estudou Direito no Rio de Janeiro e em 1944, terminado o curso ingressa na Força Expedicionária Brasileira. De 1946 a 1948 está em Paris a estudar para o doutoramento em economia. Volta um ano para o Brasil e em 1949 viaja para Santiago do Chile, onde integra a Comissão Económica Para a América Latina, um órgão das Nações Unidas. Nos anos seguintes, viaja por toda a América Latina.

Dez anos depois, desliga-se da organização e, já no Brasil, toma diversas iniciativas de carácter economicista durante o governo do presidente Kubitschek e depois, mais tarde, em 1962, elabora o Plano trienal para o governo do Presidente João Goulart, com o objetivo de combater a inflação. Com o golpe militar de 31 de maio de 1964, que levou os militares ao poder até 1985, Celso Furtado exila-se nos Estados Unidos e depois em França onde leciona na Sorbonne durante vinte anos.

Visita o Brasil, pela primeira vez depois do exílio, em 1968 e durante a década de 70 viaja, como membro das Nações Unidas, por diversos países de África, Ásia e América Latina. Após 1979, com a Lei da Amnistia, retorna ao Brasil com frequência e, em 1985, Trancredo Neves convida-o para colaborar com o governo. É nomeado embaixador do Brasil, em Bruxelas, mas em 1988 volta ao Brasil. A carreira de Celso Furtado nos anos 90 reparte-se por diversos organismos internacionais, sempre ligado ao desenvolvimento económico dos países do Terceiro Mundo.

Em 1997 entra para a Academia Brasileira de Letras.

Durante a sua vida escreveu vários artigos e livros, como a Formação Económica do Brasil (1954), Desenvolvimento e Subdesenvolvimento (1961) e O Crescimento Económico do Brasil (1963), que constituem uma referência obrigatória na área económica.