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Charlie Parker
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Saxofonista norte-americano, Charles Christopher Parker (Charlie "Bird" Parker) nasceu a 29 de agosto de 1920, em Kansas City, Kansas.
Desde muito novo mostrou uma clara vocação para a música. Grande influenciador foi a mudança da sua família para Kansas City, Missouri, quando ainda era criança. Nesta cidade, jazz, blues e gospel davam os primeiros passos.

Tocou na orquestra da escola e aos 15 anos optou pelo saxofone alto, começando por tocar em bandas locais, o que o levou a abandonar os estudos para aperfeiçoar a sua arte.

Em 1939 visitou pela primeira vez Nova Iorque, e por lá ficou durante um ano a trabalhar como músico profissional. A atmosfera nova-iorquina exerceria uma forte influência na sua música e na sua vida, influência esta que se viria a revelar como, negativa, pois começou aqui a dependência do álcool e drogas, e os seus sucessivos casamentos.

A sua passagem pela banda do pianista Jay McShann, interrompida pela morte do seu pai e retomada posteriormente, prolongou-se por quatro anos, durante os quais teve a oportunidade de fazer solos em vários discos da banda. Numa das suas atuações teve como espectador Dizzy Gillespie, que mais tarde o acompanharia em várias atuações, mas já com a sua própria banda, entretanto formada em 1945.

Em 1946, desaparece da cena musical devido a um esgotamento nervoso e consequente tratamento.

Em 1947, reapareceu com um quinteto, que o levaria a tocar até 1951 em clubes noturnos, rádios americanas e europeias.
A sua última atuação, e depois de duas tentativas de suicídio, foi a 5 de março de 1955, num clube nova-iorquino. Uma semana mais tarde viria a falecer vítima de paragem cardíaca, depois de detetadas outras doenças como pneumonia e cirrose. O seu funeral foi no Harlem, mas foi enterrado no cemitério Lincoln, em Kansas City. Nesta cidade existe, aliás, uma escultura em sua honra.

O seu jazz era inovador, intenso, complexo, sofisticado, exuberante, apaixonado, com muito improviso e grande qualidade técnica, dando uma maior profundidade ao jazz, o que o distinguia do estilo que se tocava na altura, o swing. De facto, Charlie Parker iniciou um novo estilo de jazz, o bebop.

Foi, sem dúvida alguma, um dos maiores saxofonistas de todos os tempos e um dos mais talentosos e influentes músicos de jazz de toda a história.

As suas inúmeras gravações pela editora Dial começaram em 1946 e representam um dos maiores legados musicais, compilados em seis volumes. Nesta sua obra completa, encontramos contribuições de músicos como Dizzy Gillespie, Miles Davis, Errol Garner, Duke Jordan, Bud Powell e J. J. Johnson, entre outros.

Dos seus temas, destacam-se, entre muitos outros: Koko, Biilie's Bounce (em F maior), Now's The Time (em F maior), Anthropology, Ornithology, Scrapple from the Apple e Parker's Mood.

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Como referenciar
Porto Editora – Charlie Parker na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-23 22:26:48]. Disponível em

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