Chauabtis
Do egípcio antigo ushabti ou shawabti, as "chauabtis" eram estatuetas ou figurinhas funerárias, normalmente de aparência mumiforme, usadas no Império Antigo (c. 2660-c. 2180 a. C.). Desconhece-se a etimologia da palavra, como da variante shawabti, embora na Época Baixa (664-332 a. C.) o termo ushabti significasse "o que responde".
A sua função era simbólica, a de poupar o seu senhor ou proprietário do trabalho doméstico na "outra vida", obtendo a comida para o morto, servindo-o bem como aos seus criados. Muitas chauabtis não possuem inscrições mas muitas outras surgem decoradas com passagens do cap. VI do Livro dos Mortos, conhecido, por isso, como "capítulo das chauabtis".
"Ó chauabti, se [nome do defunto] te convocar para fazer algum trabalho lá no reino dos mortos, como arar os campos, irrigar as terras ou levar areia de leste para oeste, tu deverás dizer Aqui estou, eu o farei!"
(trad. livre de FAULKNER, Raymond - The Ancient Egyptian Book of the Dead, Londres: British Museum Publications, 1985)
Muitas chauabtis dos começos do Império Novo (c. 1560-1070 a. C.) eram acompanhadas de miniaturas de enxadas e cestos e, do Terceiro Período Intermédio (1070-664 a. C.) em diante, muitas "estatuetas de superintendentes" traziam um chicote. No Império Novo, as chauabtis traziam vestes egípcias normais, embora algumas estivessem tipo múmia.
Durante muito tempo, apenas vinha uma chauabti com o defunto, a partir do Império Novo muitas mais eram, chegando a 365, uma para cada dia do ano, além de 36 capatazes ou supervisores, o que fazia 401 estatuetas. Mas no túmulo de Seti I (1294-1279 a. C.) foram descobertas 700 chauabtis! O aumento do uso destas estatuetas levou a que se fizessem desde esse período caixas de chauabtis.
A qualidade e materiais das chauabtis variavam muito. Em madeira, pedra, cera, barro, bronze, faiança e até vidro, eram estes os materiais em que se faziam estas estatuetas servis. As mais comuns eram em faiança. As menos valiosas eram as das XVII dinastia (1650-1550 a. C.), mais não sendo que quase uns "tacos" de madeira pintados. A partir do Período Ptolemaico, ou Grego (332- 30 a. C.), o uso das chauabtis desapareceu.
A sua função era simbólica, a de poupar o seu senhor ou proprietário do trabalho doméstico na "outra vida", obtendo a comida para o morto, servindo-o bem como aos seus criados. Muitas chauabtis não possuem inscrições mas muitas outras surgem decoradas com passagens do cap. VI do Livro dos Mortos, conhecido, por isso, como "capítulo das chauabtis".
"Ó chauabti, se [nome do defunto] te convocar para fazer algum trabalho lá no reino dos mortos, como arar os campos, irrigar as terras ou levar areia de leste para oeste, tu deverás dizer Aqui estou, eu o farei!"
(trad. livre de FAULKNER, Raymond - The Ancient Egyptian Book of the Dead, Londres: British Museum Publications, 1985)
Muitas chauabtis dos começos do Império Novo (c. 1560-1070 a. C.) eram acompanhadas de miniaturas de enxadas e cestos e, do Terceiro Período Intermédio (1070-664 a. C.) em diante, muitas "estatuetas de superintendentes" traziam um chicote. No Império Novo, as chauabtis traziam vestes egípcias normais, embora algumas estivessem tipo múmia.
Durante muito tempo, apenas vinha uma chauabti com o defunto, a partir do Império Novo muitas mais eram, chegando a 365, uma para cada dia do ano, além de 36 capatazes ou supervisores, o que fazia 401 estatuetas. Mas no túmulo de Seti I (1294-1279 a. C.) foram descobertas 700 chauabtis! O aumento do uso destas estatuetas levou a que se fizessem desde esse período caixas de chauabtis.
A qualidade e materiais das chauabtis variavam muito. Em madeira, pedra, cera, barro, bronze, faiança e até vidro, eram estes os materiais em que se faziam estas estatuetas servis. As mais comuns eram em faiança. As menos valiosas eram as das XVII dinastia (1650-1550 a. C.), mais não sendo que quase uns "tacos" de madeira pintados. A partir do Período Ptolemaico, ou Grego (332- 30 a. C.), o uso das chauabtis desapareceu.
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Como referenciar
Porto Editora – Chauabtis na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-21 07:57:17]. Disponível em
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