Chiquinha Gonzaga
Compositora e maestrina brasileira, Chiquinha Gonzaga, nome artístico de Francisca Edwiges Neves Gonzaga, nasceu a 17 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro, no Brasil.
Filha de uma família ilustre, Chiquinha Gonzaga foi educada pelo Cónego Trindade e pelo Maestro Elias Lobo. Aos 16 anos, casou-se com um oficial da Marinha Mercante, Jacinto Ribeiro Amaral, com quem teve cinco filhos. Ciumento, o marido obrigou-a a acompanhá-lo nas suas viagens marítimas durante a guerra de Solano Lopes e proibiu a esposa de cultivar o seu gosto musical. Chiquinha abandonou o marido, o que na altura era bastante vergonhoso, e assumiu-se como mulher independente, dado que não tinha vocação para o casamento.
Trabalhou como professora de piano e compôs várias polcas, valsas, tangos e cançonetas que obtiveram grande sucesso. Nessa ocasião, frequentou os ambientes dos músicos de choro (ou seja, de música urbana, tipicamente brasileira, que se tornava conhecida a partir da segunda metade do século XIX), com quem tocou, adaptando o som do piano ao gosto popular. Tornou-se grande amiga do flautista e compositor Calado e relacionou-se amorosamente com o engenheiro boémio João Batista, com quem teve uma filha.
Em 1877, imprimiu a polca Atraente que provocou um grande sucesso em torno da compositora, que decidiu compor para o teatro de variedades.
Participou ativamente, na década de 1880, em movimentos que inflamavam a sociedade da época, como na revolta contra o imposto do vintém nas passagens dos bondes (transportes públicos) e em movimentos a favor da abolição da escravatura e da implantação da República.
Em 1885, estreou a opereta A corte na Roça e tornou-se a primeira compositora brasileira a conseguir encenações para as suas peças, assim como a primeira maestrina. Em 1899, compôs, para o Cordão Rosa de Ouro, a marcha Ó Abre Alas, considerada a primeira peça de música escrita para o Carnaval.
Em 1899, aos 52 anos de idade, Chiquinha Gonzaga envolveu-se numa relação amorosa com outro João Batista, um jovem de 16 anos, que foi apresentado à sociedade como seu filho para evitar constrangimentos, assumindo, mais tarde, publicamente essa relação.
Veio a Portugal pela primeira vez em 1902, voltou em 1904, e finalmente em 1906, permanecendo em Portugal até 1909, o que lhe permitiu desenvolver a sua atividade sobretudo no teatro de revista português.
De regresso ao Brasil, Chiquinha retomou o seu trabalho no teatro brasileiro, alcançando, em 1912, o seu maior êxito com a farsa Forrobodó. O seu popular tango Corta-Jaca, estreado em 1914, no Palácio do Catete, obteve também um grande sucesso.
Em 1917, Chiquinha Gonzaga era a única mulher entre os vinte e um fundadores da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais que lutava pela defesa dos direitos de autores. Em 1933, foi levada ao palco, no Teatro Recreio, a sua última obra original Maria.
A artista compôs músicas para 77 peças de teatro e cerca de 2000 composições. A 28 de fevereiro de 1935, Chiquinha Gonzaga, com 87 anos, faleceu no Rio de Janeiro.
Filha de uma família ilustre, Chiquinha Gonzaga foi educada pelo Cónego Trindade e pelo Maestro Elias Lobo. Aos 16 anos, casou-se com um oficial da Marinha Mercante, Jacinto Ribeiro Amaral, com quem teve cinco filhos. Ciumento, o marido obrigou-a a acompanhá-lo nas suas viagens marítimas durante a guerra de Solano Lopes e proibiu a esposa de cultivar o seu gosto musical. Chiquinha abandonou o marido, o que na altura era bastante vergonhoso, e assumiu-se como mulher independente, dado que não tinha vocação para o casamento.
Trabalhou como professora de piano e compôs várias polcas, valsas, tangos e cançonetas que obtiveram grande sucesso. Nessa ocasião, frequentou os ambientes dos músicos de choro (ou seja, de música urbana, tipicamente brasileira, que se tornava conhecida a partir da segunda metade do século XIX), com quem tocou, adaptando o som do piano ao gosto popular. Tornou-se grande amiga do flautista e compositor Calado e relacionou-se amorosamente com o engenheiro boémio João Batista, com quem teve uma filha.
Em 1877, imprimiu a polca Atraente que provocou um grande sucesso em torno da compositora, que decidiu compor para o teatro de variedades.
Participou ativamente, na década de 1880, em movimentos que inflamavam a sociedade da época, como na revolta contra o imposto do vintém nas passagens dos bondes (transportes públicos) e em movimentos a favor da abolição da escravatura e da implantação da República.
Em 1885, estreou a opereta A corte na Roça e tornou-se a primeira compositora brasileira a conseguir encenações para as suas peças, assim como a primeira maestrina. Em 1899, compôs, para o Cordão Rosa de Ouro, a marcha Ó Abre Alas, considerada a primeira peça de música escrita para o Carnaval.
Em 1899, aos 52 anos de idade, Chiquinha Gonzaga envolveu-se numa relação amorosa com outro João Batista, um jovem de 16 anos, que foi apresentado à sociedade como seu filho para evitar constrangimentos, assumindo, mais tarde, publicamente essa relação.
Veio a Portugal pela primeira vez em 1902, voltou em 1904, e finalmente em 1906, permanecendo em Portugal até 1909, o que lhe permitiu desenvolver a sua atividade sobretudo no teatro de revista português.
De regresso ao Brasil, Chiquinha retomou o seu trabalho no teatro brasileiro, alcançando, em 1912, o seu maior êxito com a farsa Forrobodó. O seu popular tango Corta-Jaca, estreado em 1914, no Palácio do Catete, obteve também um grande sucesso.
Em 1917, Chiquinha Gonzaga era a única mulher entre os vinte e um fundadores da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais que lutava pela defesa dos direitos de autores. Em 1933, foi levada ao palco, no Teatro Recreio, a sua última obra original Maria.
A artista compôs músicas para 77 peças de teatro e cerca de 2000 composições. A 28 de fevereiro de 1935, Chiquinha Gonzaga, com 87 anos, faleceu no Rio de Janeiro.
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Como referenciar
Chiquinha Gonzaga na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$chiquinha-gonzaga [visualizado em 2025-06-18 22:29:10].
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