Cidade de Deus
Drama brasileiro realizado em 2002 por Fernando Meirelles, com a colaboração de Kátia Lund, Cidade de Deus foi um dos maiores sucessos da história do cinema brasileiro, especialmente a nível internacional.
O filme relata o quotidiano de uma das mais perigosas favelas do Rio de Janeiro - que dá o título ao filme, acompanhando diversas personagens ao longo de três décadas distintas: os anos 60, 70 e 80. A história é filtrada pelos olhos de Busca-Pé (o narrador), interpretado por Alexandre Rodrigues, que não tem estofo de criminoso, mas também não se resigna à miséria de uma vida sem perspetivas. Nos anos 60, assistimos à precoce iniciação ao crime na Cidade de Deus - o "Trio Ternura" assalta motéis e camiões de combustível, enquanto os mais novos vão aprendendo rapidamente a viver à margem da lei. Nos anos 70, Zé Pequeno (Leandro Firmino) torna-se o maior e mais temido líder da Cidade de Deus. Busca-Pé assiste à ascensão, mas torna-se fotógrafo e mantém-se fora do mundo do crime. É na década de 80 que a violência se exponencia através da luta pelo controlo do crime entre os dois gangs rivais. É a perspetiva artística de Busca-Pé, tornado fotógrafo de talento reconhecido, que vai dar a conhecer ao exterior um mundo aparentemente condenado à violência, de onde ele escapa como feliz exceção.
O argumento de Bráulio Mantovani foi adaptado de um livro de 700 páginas de Paulo Lins que, por sua vez, se inspirou em histórias verídicas daquela favela de nome irónico. Apesar de creditada como co-realizadora, Kátia Lund trabalhou especialmente no "casting" do filme: primeiro, gravou os testes com cerca de 2000 miúdos de rua potencialmente perigosos e, depois, ajudou Meirelles a treinar cerca de 100 num "workshop" que durou cerca de 8 meses. Dessa forma, foi possível extrair o maior realismo possível do elenco quase exclusivamente composto por atores amadores, que acabaram por representar muito da sua própria realidade. Aliás, o filme foi rodado em condições precárias de segurança, uma vez que o local vivia um quotidiano muito semelhante ao filme - cheio de violência, tráfico de armas, de droga, etc.
Entre muitos outros prémios, Cidade de Deus obteve quatro nomeações para os Óscares: Melhor Realização, Argumento Adaptado, Fotografia e Montagem; ganhou o Globo de Ouro para o Melhor Filme em Língua Estrangeira e ainda o BAFTA de Melhor Montagem.
O filme relata o quotidiano de uma das mais perigosas favelas do Rio de Janeiro - que dá o título ao filme, acompanhando diversas personagens ao longo de três décadas distintas: os anos 60, 70 e 80. A história é filtrada pelos olhos de Busca-Pé (o narrador), interpretado por Alexandre Rodrigues, que não tem estofo de criminoso, mas também não se resigna à miséria de uma vida sem perspetivas. Nos anos 60, assistimos à precoce iniciação ao crime na Cidade de Deus - o "Trio Ternura" assalta motéis e camiões de combustível, enquanto os mais novos vão aprendendo rapidamente a viver à margem da lei. Nos anos 70, Zé Pequeno (Leandro Firmino) torna-se o maior e mais temido líder da Cidade de Deus. Busca-Pé assiste à ascensão, mas torna-se fotógrafo e mantém-se fora do mundo do crime. É na década de 80 que a violência se exponencia através da luta pelo controlo do crime entre os dois gangs rivais. É a perspetiva artística de Busca-Pé, tornado fotógrafo de talento reconhecido, que vai dar a conhecer ao exterior um mundo aparentemente condenado à violência, de onde ele escapa como feliz exceção.
O argumento de Bráulio Mantovani foi adaptado de um livro de 700 páginas de Paulo Lins que, por sua vez, se inspirou em histórias verídicas daquela favela de nome irónico. Apesar de creditada como co-realizadora, Kátia Lund trabalhou especialmente no "casting" do filme: primeiro, gravou os testes com cerca de 2000 miúdos de rua potencialmente perigosos e, depois, ajudou Meirelles a treinar cerca de 100 num "workshop" que durou cerca de 8 meses. Dessa forma, foi possível extrair o maior realismo possível do elenco quase exclusivamente composto por atores amadores, que acabaram por representar muito da sua própria realidade. Aliás, o filme foi rodado em condições precárias de segurança, uma vez que o local vivia um quotidiano muito semelhante ao filme - cheio de violência, tráfico de armas, de droga, etc.
Entre muitos outros prémios, Cidade de Deus obteve quatro nomeações para os Óscares: Melhor Realização, Argumento Adaptado, Fotografia e Montagem; ganhou o Globo de Ouro para o Melhor Filme em Língua Estrangeira e ainda o BAFTA de Melhor Montagem.
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Como referenciar
Porto Editora – Cidade de Deus na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-24 00:15:37]. Disponível em
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