Cinfães
Aspetos Geográficos
O concelho de Cinfães, do distrito de Viseu, ocupa uma área de 241,3 km2 e abrange 17 freguesias: Alhões, Bustelo, Cinfães, Espadanedo, Ferreiros de Tendais, Fornelos, Gralheira, Moimenta, Nespereira, Oliveira do Douro, Ramires, Santiago de Piães, São Cristóvão de Nogueira, Souselo, Tarouquela, Tendais e Travanca.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 17 747 habitantes.
O natural ou habitante de Cinfães denomina-se cinfanense.
O concelho encontra-se limitado a norte pelos concelhos de Marco de Canaveses e Baião, ambos no distrito do Porto, a este por Resende, a oeste pelo concelho de Castelo de Paiva (distrito de Aveiro), a sudeste por Castro Daire e a sul por Arouca (distrito de Aveiro) e Castro de Aire.
Possui um clima marítimo de transição, em que a disposição dos maciços montanhosos permite a penetração de ar marítimo, sendo estas áreas geralmente mais chuvosas e amenas que as mais interiores.
A sua morfologia é acidentada, destacando-se como área de maior altitude a serra de Montemuro, que se estende progressivamente no sentido nascente-poente, num comprimento total de 40 quilómetros, atingindo uma altitude máxima de 1332 metros. Desta elevação de terreno erguem-se outras elevações montanhosas, como o Mosteiro (601 m), Castro Daire (799 m) e a Fraga da Venda (1222 m), e vales profundos, deixando a descoberto cabeços e píncaros.
Como recursos hídricos, possui o rio Paiva, o rio Bestança, o rio Cabrum, o rio Mau, o rio Douro, o ribeiro de Sampaio e a ribeira de Enxedrou. História e Monumentos
Os documentos relativos a estas terras reportam ao século X. Recentemente Cinfães terá visto crescer a sua importância arquelógica devido a vestígios abundantes da Pré e da Proto-História.
Terá sido o centro das Terras de Ribadouro, das quais Egas Moniz tinha o senhorio.
Recebeu foral, em 1513, outorgado por D. Manuel.
Ao nível do património arquitetónico destacam-se a Igreja e o Convento de Santa Maria Maior, em Tarouquela. Neste convento, do século XII, guarda-se a regra de Santo Agostinho, de Egas Moniz e de D. Teresa Afonso. O convento pertenceu à para a Ordem de S. Bento, tendo sido no século XVI transferido para o Porto, subsistindo apenas a igreja, do século XII. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Natividade, em Escamarão, é também um monumento que merece referência: é românico-gótica, em que se evidenciam as cantarias lavradas dos portais, do arco triunfal e da fresta de iluminação da cabeceira, apresentando num altar lateral azulejos e restos de frescos.
Destaca-se ainda o Santuário do Senhor dos Enfermos, que é de devoção mariana e centro de promessas. O conjunto é formado por capela, cemitério, casa de irmandade e casa das esmolas. Podem observar-se imagens de santos e no adro possui dois coretos. Neste santuário realizam-se romarias e procissões no sábado e no domingo de Pentecostes.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Das manifestações culturais e populares, são de destacar a feira de Cinfães, realizada nos dias 10 e 26 de cada mês; a festa de S. João, a 24 de junho; a festa de Nossa Senhora de Todos os Remédios, no último domingo de agosto; a feira do Couto, a 14 e 28 de cada mês; a feira franca de Nespereira, a 6 de agosto, e a feira das Portas de Montemuro, realizada anualmente, no terceiro domingo de agosto.
No artesanato, saliemtam-se as croças, as caroças, as palhoças ou capuchas, que são abrigos feitos em junco para a proteção das chuvas, os trabalhos de tamancaria e as miniaturas em madeira.
Como instalação cultural destaca-se o Museu Serpa Pinto.
Como curiosidade, referência para a aldeia de Gralheira, uma das mais pitorescas aldeias serranas do concelho e do distrito. Localizada na serra de Montemuro, o seu isolamento durante séculos manteve-a, por isso, impermeável às modificações dos seus hábitos comunitários, imbuídos de extrema ruralidade.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguidas pelas do secundário, tendo o primário um peso relativamente mais baixo, apesar de ser nestas terras que se produz o famoso vinho do Porto.
Na agricultura, as culturas de maior importância são as ligadas aos cultivos de cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários, culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e ovinos. Cerca de 28,7% (1056 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta.
O concelho de Cinfães, do distrito de Viseu, ocupa uma área de 241,3 km2 e abrange 17 freguesias: Alhões, Bustelo, Cinfães, Espadanedo, Ferreiros de Tendais, Fornelos, Gralheira, Moimenta, Nespereira, Oliveira do Douro, Ramires, Santiago de Piães, São Cristóvão de Nogueira, Souselo, Tarouquela, Tendais e Travanca.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 17 747 habitantes.
O natural ou habitante de Cinfães denomina-se cinfanense.
O concelho encontra-se limitado a norte pelos concelhos de Marco de Canaveses e Baião, ambos no distrito do Porto, a este por Resende, a oeste pelo concelho de Castelo de Paiva (distrito de Aveiro), a sudeste por Castro Daire e a sul por Arouca (distrito de Aveiro) e Castro de Aire.
Possui um clima marítimo de transição, em que a disposição dos maciços montanhosos permite a penetração de ar marítimo, sendo estas áreas geralmente mais chuvosas e amenas que as mais interiores.
A sua morfologia é acidentada, destacando-se como área de maior altitude a serra de Montemuro, que se estende progressivamente no sentido nascente-poente, num comprimento total de 40 quilómetros, atingindo uma altitude máxima de 1332 metros. Desta elevação de terreno erguem-se outras elevações montanhosas, como o Mosteiro (601 m), Castro Daire (799 m) e a Fraga da Venda (1222 m), e vales profundos, deixando a descoberto cabeços e píncaros.
Como recursos hídricos, possui o rio Paiva, o rio Bestança, o rio Cabrum, o rio Mau, o rio Douro, o ribeiro de Sampaio e a ribeira de Enxedrou. História e Monumentos
Os documentos relativos a estas terras reportam ao século X. Recentemente Cinfães terá visto crescer a sua importância arquelógica devido a vestígios abundantes da Pré e da Proto-História.
Terá sido o centro das Terras de Ribadouro, das quais Egas Moniz tinha o senhorio.
Recebeu foral, em 1513, outorgado por D. Manuel.
Ao nível do património arquitetónico destacam-se a Igreja e o Convento de Santa Maria Maior, em Tarouquela. Neste convento, do século XII, guarda-se a regra de Santo Agostinho, de Egas Moniz e de D. Teresa Afonso. O convento pertenceu à para a Ordem de S. Bento, tendo sido no século XVI transferido para o Porto, subsistindo apenas a igreja, do século XII. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Natividade, em Escamarão, é também um monumento que merece referência: é românico-gótica, em que se evidenciam as cantarias lavradas dos portais, do arco triunfal e da fresta de iluminação da cabeceira, apresentando num altar lateral azulejos e restos de frescos.
Destaca-se ainda o Santuário do Senhor dos Enfermos, que é de devoção mariana e centro de promessas. O conjunto é formado por capela, cemitério, casa de irmandade e casa das esmolas. Podem observar-se imagens de santos e no adro possui dois coretos. Neste santuário realizam-se romarias e procissões no sábado e no domingo de Pentecostes.
Das manifestações culturais e populares, são de destacar a feira de Cinfães, realizada nos dias 10 e 26 de cada mês; a festa de S. João, a 24 de junho; a festa de Nossa Senhora de Todos os Remédios, no último domingo de agosto; a feira do Couto, a 14 e 28 de cada mês; a feira franca de Nespereira, a 6 de agosto, e a feira das Portas de Montemuro, realizada anualmente, no terceiro domingo de agosto.
No artesanato, saliemtam-se as croças, as caroças, as palhoças ou capuchas, que são abrigos feitos em junco para a proteção das chuvas, os trabalhos de tamancaria e as miniaturas em madeira.
Como instalação cultural destaca-se o Museu Serpa Pinto.
Como curiosidade, referência para a aldeia de Gralheira, uma das mais pitorescas aldeias serranas do concelho e do distrito. Localizada na serra de Montemuro, o seu isolamento durante séculos manteve-a, por isso, impermeável às modificações dos seus hábitos comunitários, imbuídos de extrema ruralidade.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguidas pelas do secundário, tendo o primário um peso relativamente mais baixo, apesar de ser nestas terras que se produz o famoso vinho do Porto.
Na agricultura, as culturas de maior importância são as ligadas aos cultivos de cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários, culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e ovinos. Cerca de 28,7% (1056 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Cinfães na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 15:22:04]. Disponível em
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