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Claude Chabrol
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Um dos mais célebres realizadores franceses, Claude Chabrol nasceu em 24 de junho de 1930, em Paris. Depois de ter tirado o curso de Farmácia, desenvolveu o gosto pela cinematografia, chegando mesmo a escrever artigos para a célebre revista Cahiers du Cinema. Estreou-se na realização com um filme de baixo orçamento intitulado Le Beau Serge (1958), que impressionou a crítica francesa. O seu filme seguinte, Les Cousins (1959), marcou uma nova forma de filme urbano, retratando de forma crítica a juventude burguesa francesa e foi o primeiro filme em que dirigiu a atriz Stephane Audran com quem viria a contrair matrimónio em 1964. Depois de alguns insucessos, Chabrol dedicou-se a obras de cariz mais comercial como Les Biches (1968), um dos primeiros filmes a versar o tema do lesbianismo e do voyeurismo, o thriller Que La Bête Meure (1969) e o policial Le Boucher (1969), uma história de amor entre uma professora e um talhante que descobre ser assassino. Na década de 70, Chabrol continuou a explorar o filão do filme policial em Just Avant la Nuit (1971) e Les Noces Rouges (1973). O filme que conferiu maior notoriedade internacional a Chabrol foi Nada (1974), uma obra de cariz político em que é narrado o rapto de um embaixador americano por um grupo de anarquistas que mais tarde terá de lidar com uma polícia extremamente dura que durante o resgate utiliza a violência sem se importar com a vida do embaixador. O filme causou alguma polémica entre os meios governamentais franceses, mas reforçou a posição de destaque de Chabrol no meio cinematográfico. Posteriormente, Chabrol filmou a biografia de uma das mais célebres homicidas francesas em Violette Nozière (1978), protagonizada magistralmente por Isabelle Huppert, e experimentou a sátira às ciências ocultas com Masques (1987). De seguida, realizou um dos maiores êxitos comerciais do cinema francês da década de 80: Une Affaire de Femmes (Uma Questão de Mulheres, 1988), um drama pessimista sobre a vida de uma mulher que ganhava a vida a fazer abortos na França ocupada pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial. O filme valeu a Isabelle Huppert o Prémio de Melhor Atriz no Festival de Veneza. Ainda com a mesma atriz no papel principal, realizou em 1991 um filme baseado num clássico da literatura, Madame Bovary do escritor Gustave Flaubert. Em 1993, Chabrol assumiu a faceta de documentarista com L'Oeil de Vichy (1993), um relato duma das páginas mais negras da História de França, o governo colaboracionista de Vichy liderado pelo Marechal Pétain. Continuou a filmar regularmente, dirigindo títulos como La Cérémonie (A Cerimónia, 1995) e La Fleur du Mal (2003).
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Como referenciar
Porto Editora – Claude Chabrol na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-09 01:07:08]. Disponível em

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