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COMECON
Organização de cooperação económica, científica e técnica entre os países do Bloco de Leste que foi fundada em 1949, em resposta ao Plano Marshall. A libertação dos países da Europa de Leste do domínio nazi e a consequente derrota alemã na frente oriental, durante a Segunda Grande Guerra, deveram-se, quase exclusivamente, à ação dos exércitos da URSS. Assim, a URSS estava em condições de exercer pressão sobre os governos desses países (Checoslováquia, Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, República Democrática Alemã, Jugoslávia e Albânia).
Em resposta ao Plano Marshall, de ajuda (norte-americana) à Europa, a URSS lançou o Plano Molotov: uma série de acordos bilaterais, entre o estado soviético e cada uma das democracias populares, que estipulavam, a longo prazo, ajuda técnica e financeira, e intercâmbio de produtos e matérias-primas. Para a coordenação conjunta da planificação económica, criou-se em 1949 o COMECON, o Conselho de Ajuda Económica Mútua, organização de cooperação económica, científica e técnica fundada pela URSS, Polónia, Checoslováquia, Bulgária e Albânia.
A Albânia viria a abandonar a organização em 1961, aderindo entretanto a República Democrática Alemã (1950), a Mongólia (1962), Cuba (1972) e o Vietname (1978). A Jugoslávia tornou-se país associado em 1964. Foram celebrados acordos de cooperação com outros estados, como a Finlândia.
Embora não se trate de um mercado comum, nem sequer de uma zona de trocas livres, o COMECON iniciou em 1971 um "Programa geral para extensão e aperfeiçoamento da cooperação e para o progresso da integração económica socialista entre os países-membros", a aplicar a longo prazo (20 anos). A coordenação dos planos dos países do grupo é considerada um instrumento privilegiado dessa integração. Nesse âmbito, tem vindo a ser dada grande importância à definição de estratégias de desenvolvimento comum de diferentes ramos da atividade económica (eletricidade, combustíveis e matérias-primas, agricultura, indústria química, construções mecânicas, transportes, etc.), prevendo a especialização em certas produções específicas e investimentos conjuntos.
São órgãos do sistema o Conselho propriamente dito e, subordinados a este, as Comissões Executiva, de Planeamento e para a Ciência e Tecnologia, e o Secretariado, com sede em Moscovo, ao qual prestam apoio várias comissões especializadas. Organizações e associações inter-estados e inter-empresas ou instituições científicas têm sido criadas em áreas de ação específica.
No campo financeiro, integram o COMECON duas instituições sediadas em Moscovo: o Banco Internacional de Cooperação Económica e o Banco Internacional de Investimento. O primeiro administra as contas bilaterais, de compensação de pagamentos e os créditos a curto prazo para regularização de desequilíbrios temporários entre os estados-membros. O segundo assegura o financiamento multilateral dos investimentos e gere um fundo especial de ajuda económica aos países em desenvolvimento.
A unidade de conta utilizada é o chamado "rublo transferível", moeda coletiva com taxas de câmbio, relativamente às moedas nacionais dos estados-membros, fixadas por acordo.
Em resposta ao Plano Marshall, de ajuda (norte-americana) à Europa, a URSS lançou o Plano Molotov: uma série de acordos bilaterais, entre o estado soviético e cada uma das democracias populares, que estipulavam, a longo prazo, ajuda técnica e financeira, e intercâmbio de produtos e matérias-primas. Para a coordenação conjunta da planificação económica, criou-se em 1949 o COMECON, o Conselho de Ajuda Económica Mútua, organização de cooperação económica, científica e técnica fundada pela URSS, Polónia, Checoslováquia, Bulgária e Albânia.
A Albânia viria a abandonar a organização em 1961, aderindo entretanto a República Democrática Alemã (1950), a Mongólia (1962), Cuba (1972) e o Vietname (1978). A Jugoslávia tornou-se país associado em 1964. Foram celebrados acordos de cooperação com outros estados, como a Finlândia.
Embora não se trate de um mercado comum, nem sequer de uma zona de trocas livres, o COMECON iniciou em 1971 um "Programa geral para extensão e aperfeiçoamento da cooperação e para o progresso da integração económica socialista entre os países-membros", a aplicar a longo prazo (20 anos). A coordenação dos planos dos países do grupo é considerada um instrumento privilegiado dessa integração. Nesse âmbito, tem vindo a ser dada grande importância à definição de estratégias de desenvolvimento comum de diferentes ramos da atividade económica (eletricidade, combustíveis e matérias-primas, agricultura, indústria química, construções mecânicas, transportes, etc.), prevendo a especialização em certas produções específicas e investimentos conjuntos.
São órgãos do sistema o Conselho propriamente dito e, subordinados a este, as Comissões Executiva, de Planeamento e para a Ciência e Tecnologia, e o Secretariado, com sede em Moscovo, ao qual prestam apoio várias comissões especializadas. Organizações e associações inter-estados e inter-empresas ou instituições científicas têm sido criadas em áreas de ação específica.
No campo financeiro, integram o COMECON duas instituições sediadas em Moscovo: o Banco Internacional de Cooperação Económica e o Banco Internacional de Investimento. O primeiro administra as contas bilaterais, de compensação de pagamentos e os créditos a curto prazo para regularização de desequilíbrios temporários entre os estados-membros. O segundo assegura o financiamento multilateral dos investimentos e gere um fundo especial de ajuda económica aos países em desenvolvimento.
A unidade de conta utilizada é o chamado "rublo transferível", moeda coletiva com taxas de câmbio, relativamente às moedas nacionais dos estados-membros, fixadas por acordo.
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Como referenciar
Porto Editora – COMECON na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 13:39:34]. Disponível em
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