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comunismo
Documento doutrinário fundamental na consolidação e divulgação dos pontos de vista do comunismo foi o Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, redigido em 1848. O Manifesto continha um incitamento explícito à unidade e à luta do proletariado, que era, segundo os autores, a classe que haveria de operar a revolução. Ao mesmo tempo, expunha com clareza exemplar os pressupostos ideológicos do movimento comunista.
Premissa comum a todas as ramificações deste movimento é a propriedade coletiva dos meios de produção, geridos pelo Estado de modo a garantir o bem-estar de todos os cidadãos (e não apenas de alguns) e a evitar a exploração do homem pelo homem, apontada como característica do sistema capitalista.
Ainda no decurso do século XIX, o movimento comunista fez-se notar nos países industrializados, em ações de propaganda e defesa da classe operária. Ao mesmo tempo, tinha lugar a sua organização, tanto a nível interno dos diversos países como na Internacional.
Em alturas diversas, o comunismo foi capaz de tomar o poder em vários países. A Revolução Russa de 1917 foi o momento mais significativo, quer por ter sido a primeira revolução comunista da História, quer pelo carácter exemplar dos seus desenvolvimentos. Depois da Segunda Guerra Mundial, a esfera de influência soviética estendeu-se a todo o Leste Europeu, passando a existir fortes interdependências a nível político, económico (com a criação do COMECON em 1949) e militar (com a assinatura do Pacto de Varsóvia em 1955). Assim, o comunismo constituía-se num bloco político e estratégico tão homogéneo quanto possível. O capitalismo, que, como sistema social, sempre combateu, era agora uma unidade à parte, inimiga tácita, com os Estados Unidos da América à cabeça.
Entretanto, Mao Tsé-Tung vencia a guerra civil e instaurava, em 1949, um regime de tipo comunista na China; o cubano Fidel Castro levava a cabo uma revolução com sentido semelhante no seu país; e várias nações asiáticas, sob inspiração soviética ou chinesa, adotavam regimes análogos ao emancipar-se das potências coloniais europeias.
Veio a verificar-se, porém, que o chamado comunismo real se caracterizava pela instauração de regimes autoritários em que os direitos cívicos e individuais eram sistematicamente limitados; que o desenvolvimento económico dos países comunistas ficava aquém do desenvolvimento dos países em que imperava a livre iniciativa, a isso correspondendo uma notória desigualdade de níveis de vida; que a própria oposição geopolítica que caracterizou a Guerra Fria, sob a ameaça constante de uma catástrofe nuclear, era insustentável. Assim, ao mesmo tempo que se iniciava um desanuviamento das tensões internacionais, muitos países comunistas encetaram reformas profundas. O processo foi impulsionado pelo estadista soviético Mikhail Gorbachev. Seguiu-se um conjunto de transformações nos países que a URSS controlava. A China é um caso diferente mas também de grande interesse e expectativa: o país vem tentando adotar uma fórmula mista, conciliadora do sistema comunista com o capitalista, em matéria económica, mas no que diz respeito aos direitos humanos o regime não tem dado grandes sinais de abertura.
Premissa comum a todas as ramificações deste movimento é a propriedade coletiva dos meios de produção, geridos pelo Estado de modo a garantir o bem-estar de todos os cidadãos (e não apenas de alguns) e a evitar a exploração do homem pelo homem, apontada como característica do sistema capitalista.
Ainda no decurso do século XIX, o movimento comunista fez-se notar nos países industrializados, em ações de propaganda e defesa da classe operária. Ao mesmo tempo, tinha lugar a sua organização, tanto a nível interno dos diversos países como na Internacional.
Em alturas diversas, o comunismo foi capaz de tomar o poder em vários países. A Revolução Russa de 1917 foi o momento mais significativo, quer por ter sido a primeira revolução comunista da História, quer pelo carácter exemplar dos seus desenvolvimentos. Depois da Segunda Guerra Mundial, a esfera de influência soviética estendeu-se a todo o Leste Europeu, passando a existir fortes interdependências a nível político, económico (com a criação do COMECON em 1949) e militar (com a assinatura do Pacto de Varsóvia em 1955). Assim, o comunismo constituía-se num bloco político e estratégico tão homogéneo quanto possível. O capitalismo, que, como sistema social, sempre combateu, era agora uma unidade à parte, inimiga tácita, com os Estados Unidos da América à cabeça.
Entretanto, Mao Tsé-Tung vencia a guerra civil e instaurava, em 1949, um regime de tipo comunista na China; o cubano Fidel Castro levava a cabo uma revolução com sentido semelhante no seu país; e várias nações asiáticas, sob inspiração soviética ou chinesa, adotavam regimes análogos ao emancipar-se das potências coloniais europeias.
Veio a verificar-se, porém, que o chamado comunismo real se caracterizava pela instauração de regimes autoritários em que os direitos cívicos e individuais eram sistematicamente limitados; que o desenvolvimento económico dos países comunistas ficava aquém do desenvolvimento dos países em que imperava a livre iniciativa, a isso correspondendo uma notória desigualdade de níveis de vida; que a própria oposição geopolítica que caracterizou a Guerra Fria, sob a ameaça constante de uma catástrofe nuclear, era insustentável. Assim, ao mesmo tempo que se iniciava um desanuviamento das tensões internacionais, muitos países comunistas encetaram reformas profundas. O processo foi impulsionado pelo estadista soviético Mikhail Gorbachev. Seguiu-se um conjunto de transformações nos países que a URSS controlava. A China é um caso diferente mas também de grande interesse e expectativa: o país vem tentando adotar uma fórmula mista, conciliadora do sistema comunista com o capitalista, em matéria económica, mas no que diz respeito aos direitos humanos o regime não tem dado grandes sinais de abertura.
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Como referenciar
Porto Editora – comunismo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-11 00:51:43]. Disponível em
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