Condillac
Filósofo francês, nasceu a 30 de setembro de 1715, em Grenoble, e morreu a 30 de agosto de 1780, em Beaugency. Entrou no Seminário de Paris e foi ordenado padre aos 25 anos. Estudou Teologia na Sorbonne. É primo do filósofo D'Alembert. Foi precetor de Fernando de Parma, neto de Luís XV.
Este filósofo parece ter-se inspirado quer em John Locke, quer em Descartes. A sua preocupação com a fidelidade à verdade, leva-o sobretudo a procurar descobrir os meios pelos quais ela pode ser alcançada de modo rigoroso. Na sequência desta preocupação dirige, mais para o fim da sua vida, a sua investigação no sentido de descobrir uma língua adequada para expressar a verdade: é o que encontramos na sua obra inacabada Língua dos Cálculos, em que se identifica a língua com a análise, na tentativa de expurgar a linguagem filosófica que, segundo ele, encobre a verdade, mais do que a desvela. Esta identificação entre língua e análise tem como modelo a Matemática, ou mais propriamente, a Álgebra. Ao contrário do que poderia ser-se levado a pensar, para Condillac, a Álgebra não é entendida como uma construção meramente humana, mas antes um reflexo da própria natureza. O que aqui parece implícito é a ideia de que se o homem se soubesse manter num estado natural, seria capaz de, naturalmente, encontrar a verdade.
A arte de bem pensar é uma arte analítica que deve, portanto, partir do todo complexo para as suas partes simples, através de um esforço de decomposição. É através deste método analítico que Condillac pode afirmar que a razão é apenas o resultado de uma edificação que parte dos dados dos sentidos - a única fonte do conhecimento - para operações gradualmente mais abstratas.
Para melhor pôr em prática o método analítico, Condillac imagina uma estátua, à qual gradualmente fossem dados os sentidos, que iria passo a passo formando todas as ideias e noções sucessivamente mais abstratas e complexas.
Este filósofo parece ter-se inspirado quer em John Locke, quer em Descartes. A sua preocupação com a fidelidade à verdade, leva-o sobretudo a procurar descobrir os meios pelos quais ela pode ser alcançada de modo rigoroso. Na sequência desta preocupação dirige, mais para o fim da sua vida, a sua investigação no sentido de descobrir uma língua adequada para expressar a verdade: é o que encontramos na sua obra inacabada Língua dos Cálculos, em que se identifica a língua com a análise, na tentativa de expurgar a linguagem filosófica que, segundo ele, encobre a verdade, mais do que a desvela. Esta identificação entre língua e análise tem como modelo a Matemática, ou mais propriamente, a Álgebra. Ao contrário do que poderia ser-se levado a pensar, para Condillac, a Álgebra não é entendida como uma construção meramente humana, mas antes um reflexo da própria natureza. O que aqui parece implícito é a ideia de que se o homem se soubesse manter num estado natural, seria capaz de, naturalmente, encontrar a verdade.
A arte de bem pensar é uma arte analítica que deve, portanto, partir do todo complexo para as suas partes simples, através de um esforço de decomposição. É através deste método analítico que Condillac pode afirmar que a razão é apenas o resultado de uma edificação que parte dos dados dos sentidos - a única fonte do conhecimento - para operações gradualmente mais abstratas.
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Como referenciar
Porto Editora – Condillac na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 09:03:53]. Disponível em
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