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Congo
Os reinos da savana no Norte do Congo são mal conhecidos. O reino de Tyo, designado frequentemente pelo nome do seu rei, o Makoko, remonta ao século XV. No século seguinte, os portugueses chegam a este território, apoderando-se rapidamente do monopólio do tráfico de escravos. Pratica-se um importante comércio de escravos na costa de Loango, do cabo Lopez até à embocadura do rio, que no século XIX foi substituído pelo comércio do marfim.
O rei, chefe religioso e senhor da chuva, é reconhecido por todas as aldeias e pelo conjunto de chefes, mas que não intervêm na sua existência, se bem que podemos considerar a sociedade teké como uma estrutura segmentária. O reino de Loango, cuja estrutura é muito próxima da do Kongo, é uma monarquia de direito divino fortemente hierarquizada. O resto do país é ocupado pela grande floresta.
O Congo entra na dependência francesa por intermédio de Savorgnan de Brazza, que explora este país a partir de 1875. A assinatura do tratado de Makoko (1880) e a sua ratificação pelo Parlamento francês, em 1882, dão origem à criação da colónia em 1886. A organização administrativa desta conhece algumas vicissitudes. Em 1903, o território obtém a sua autonomia administrativa e financeira. Em 1910 é criado o governo-geral da Associação Empresarial Francesa, cuja sede é em Brazzaville.
Em 1940, o Congo, conduzido pelo governador-geral Éboué, junta-se aos Aliados, depois do apelo do general De Gaulle. O desenvolvimento de Brazzaville encontra-se bem encaminhado, mas o país está ainda em desvantagem depois dos esforços de guerra que lhe foram pedidos. Após a conferência de Brazzaville (1944) e da criação da União francesa (1946), o Congo torna-se território ultramar.
Em 1945, o primeiro deputado congolês, Jean Félix Tchicaya, é eleito para a Assembleia Constituinte; líder do partido progressista congolês (PPC), concentra-se na Reunião Democrática Africana (RDA). Face a este e ao líder socialista, J. Opangault, o abade Fulbert Youlou, vencido nas eleições legislativas de 1956, cria a União Democrática de Defesa dos Interesses Africanos (UDDIA), secção local do RDA e, apoiada pelos Kongos, alcança um sucesso brilhante nas eleições municipais de novembro de 1956.
Em janeiro de 1959 tiveram lugar em Brazzaville confrontos sangrentos que opuseram a UDDIA ao PPC, levando à intervenção das tropas francesas.
Em 15 de agosto de 1960, a República do Congo obtém a sua completa independência. O Abbé Fulbert Youlou, um sacerdote católico, foi eleito primeiro Presidente e guiou o Congo no sentido do unipartidarismo, de acordo com a tendência da época em todo o continente africano.
Uma série de governos militares esquerdistas governaram o país até às eleições para a presidência em 1979, sendo eleito o coronel Denis Sassou-Nguesso. Seguindo a orientação política dos seus predecessores, Sassou-Nguesso seguiu o caminho socialista do desenvolvimento. A sua posição debilitou-se gradualmente a partir de meados dos anos 80, com a introdução de medidas de austeridade, tendo ocorrido uma tentativa de golpe de Estado em julho de 1987.
Durante vários anos houve tensões, por vezes graves, entre as várias fações do exército, que acabaram por levar à deposição de Sassou-Nguesso. A política exterior do governo, desde 1989, distanciou-se da ex-União Soviética, da qual era um aliado firme, para se aproximar da França e dos países de expressão francesa da África oriental.
O rei, chefe religioso e senhor da chuva, é reconhecido por todas as aldeias e pelo conjunto de chefes, mas que não intervêm na sua existência, se bem que podemos considerar a sociedade teké como uma estrutura segmentária. O reino de Loango, cuja estrutura é muito próxima da do Kongo, é uma monarquia de direito divino fortemente hierarquizada. O resto do país é ocupado pela grande floresta.
O Congo entra na dependência francesa por intermédio de Savorgnan de Brazza, que explora este país a partir de 1875. A assinatura do tratado de Makoko (1880) e a sua ratificação pelo Parlamento francês, em 1882, dão origem à criação da colónia em 1886. A organização administrativa desta conhece algumas vicissitudes. Em 1903, o território obtém a sua autonomia administrativa e financeira. Em 1910 é criado o governo-geral da Associação Empresarial Francesa, cuja sede é em Brazzaville.
Em 1945, o primeiro deputado congolês, Jean Félix Tchicaya, é eleito para a Assembleia Constituinte; líder do partido progressista congolês (PPC), concentra-se na Reunião Democrática Africana (RDA). Face a este e ao líder socialista, J. Opangault, o abade Fulbert Youlou, vencido nas eleições legislativas de 1956, cria a União Democrática de Defesa dos Interesses Africanos (UDDIA), secção local do RDA e, apoiada pelos Kongos, alcança um sucesso brilhante nas eleições municipais de novembro de 1956.
Em janeiro de 1959 tiveram lugar em Brazzaville confrontos sangrentos que opuseram a UDDIA ao PPC, levando à intervenção das tropas francesas.
Em 15 de agosto de 1960, a República do Congo obtém a sua completa independência. O Abbé Fulbert Youlou, um sacerdote católico, foi eleito primeiro Presidente e guiou o Congo no sentido do unipartidarismo, de acordo com a tendência da época em todo o continente africano.
Uma série de governos militares esquerdistas governaram o país até às eleições para a presidência em 1979, sendo eleito o coronel Denis Sassou-Nguesso. Seguindo a orientação política dos seus predecessores, Sassou-Nguesso seguiu o caminho socialista do desenvolvimento. A sua posição debilitou-se gradualmente a partir de meados dos anos 80, com a introdução de medidas de austeridade, tendo ocorrido uma tentativa de golpe de Estado em julho de 1987.
Durante vários anos houve tensões, por vezes graves, entre as várias fações do exército, que acabaram por levar à deposição de Sassou-Nguesso. A política exterior do governo, desde 1989, distanciou-se da ex-União Soviética, da qual era um aliado firme, para se aproximar da França e dos países de expressão francesa da África oriental.
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Como referenciar
Porto Editora – Congo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 03:12:33]. Disponível em
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