Convento da Graça
Fora das muralhas da cidade de Castelo Branco, na zona norte dos seus arrabaldes, em frente do Paço Episcopal, foi fundada a Igreja do Convento da Graça, obra que se encontrava pronta em 1519, e que foi patrocinada pelos herdeiros de D. Rodrigo Rebelo.
Esta casa religiosa esteve na posse dos franciscanos até 1526, ano em que transitou para a Ordem de Santo Agostinho. Quer pela sua volumetria, quer pela extensão e número das suas propriedades, o Convento da Graça foi o mais rico da zona de Castelo Branco.
Uma reforma estrutural e decorativa ocorreu no século XVIII, que alterou decisivamente a igreja e demais dependências conventuais quinhentistas. Da época inicial, apenas subsistiu o seu belo portal manuelino e uma lápide com a data da sua conclusão.
Com a liberal extinção das ordens religiosas em território nacional, ocorrida em 1834, este edifício conventual seria readaptado para funções hospitalares - instalando-se aqui, a partir de 1835, a Misericórdia.
Abertas para uma ampla praça e desenhando um "L", as fachadas da igreja e das instalações conventuais são marcadas pela depurada linguagem monástica do barroco setecentista. A frontaria do templo apresenta um nártex formado por três arcos abatidos (um deles embebido na parede interna), sobrepujado por janela retangular e empena triangular, encimada por cruz latina e marcada nos cantos por pináculos com esferas.
O nártex abriga o antigo portal manuelino, formado por um arco trilobado com decoração de alcachofras e com as armas de Rodrigo Rebelo. Este arco repousa em finos colunelos com capitéis vegetalistas.
Lateralmente, incorporando-se na fachada do antigo convento, destaca-se a torre sineira de cobertura piramidal. Esta fachada é rasgada por vários portais no piso térreo, enquanto o segundo andar é ritmado por janelas de sacada gradeadas e sobrepujadas por frontão curvilíneo.
O interior da igreja é austero, constituído por corpo de uma só nave coberto por teto de madeira, rasgando-se nas suas paredes simples altares laterais. Sem menção artística relevante, a capela-mor é precedida por arco triunfal repousando sobre pilastras de molduração retangular, possuindo no fecho do seu arco um motivo de concheado.
A Misericórdia albicastrense tem um museu instalado em salas contíguas à sacristia, sendo parte substancial da sua coleção de arte sacra proveniente da Misericórdia Velha, a Igreja de Santa Isabel. Deste notável espólio artístico, a menção recai sobre duas peças de marfim, um Cristo do século XVI e um outro do século seguinte. Na escultura setecentista de madeira policromada, o destaque vai para as imagens de Santa Isabel e de S. João de Deus. No capítulo da pintura, podem admirar-se diversas bandeiras e estandartes da Misericórdia com representações marianas e ainda episódios da Paixão de Cristo.
Igualmente obra da reforma setecentista é o claustro conventual, disposto em dois pisos, com o primeiro formado por galerias de arcos abatidos, repousando em pilares quadrangulares. O andar superior é fechado e ritmado por pilastras adossadas que delimitam as janelas. O pátio do claustro apresenta um tanque central envolto por agradáveis canteiros.
Esta casa religiosa esteve na posse dos franciscanos até 1526, ano em que transitou para a Ordem de Santo Agostinho. Quer pela sua volumetria, quer pela extensão e número das suas propriedades, o Convento da Graça foi o mais rico da zona de Castelo Branco.
Uma reforma estrutural e decorativa ocorreu no século XVIII, que alterou decisivamente a igreja e demais dependências conventuais quinhentistas. Da época inicial, apenas subsistiu o seu belo portal manuelino e uma lápide com a data da sua conclusão.
Abertas para uma ampla praça e desenhando um "L", as fachadas da igreja e das instalações conventuais são marcadas pela depurada linguagem monástica do barroco setecentista. A frontaria do templo apresenta um nártex formado por três arcos abatidos (um deles embebido na parede interna), sobrepujado por janela retangular e empena triangular, encimada por cruz latina e marcada nos cantos por pináculos com esferas.
O nártex abriga o antigo portal manuelino, formado por um arco trilobado com decoração de alcachofras e com as armas de Rodrigo Rebelo. Este arco repousa em finos colunelos com capitéis vegetalistas.
Lateralmente, incorporando-se na fachada do antigo convento, destaca-se a torre sineira de cobertura piramidal. Esta fachada é rasgada por vários portais no piso térreo, enquanto o segundo andar é ritmado por janelas de sacada gradeadas e sobrepujadas por frontão curvilíneo.
O interior da igreja é austero, constituído por corpo de uma só nave coberto por teto de madeira, rasgando-se nas suas paredes simples altares laterais. Sem menção artística relevante, a capela-mor é precedida por arco triunfal repousando sobre pilastras de molduração retangular, possuindo no fecho do seu arco um motivo de concheado.
A Misericórdia albicastrense tem um museu instalado em salas contíguas à sacristia, sendo parte substancial da sua coleção de arte sacra proveniente da Misericórdia Velha, a Igreja de Santa Isabel. Deste notável espólio artístico, a menção recai sobre duas peças de marfim, um Cristo do século XVI e um outro do século seguinte. Na escultura setecentista de madeira policromada, o destaque vai para as imagens de Santa Isabel e de S. João de Deus. No capítulo da pintura, podem admirar-se diversas bandeiras e estandartes da Misericórdia com representações marianas e ainda episódios da Paixão de Cristo.
Igualmente obra da reforma setecentista é o claustro conventual, disposto em dois pisos, com o primeiro formado por galerias de arcos abatidos, repousando em pilares quadrangulares. O andar superior é fechado e ritmado por pilastras adossadas que delimitam as janelas. O pátio do claustro apresenta um tanque central envolto por agradáveis canteiros.
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Como referenciar
Porto Editora – Convento da Graça na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-13 23:12:00]. Disponível em
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