Convento de S. Marcos
Mandado erguer,em Coimbra, por D. Brites de Meneses, viúva de D. Aires Gomes da Silva, cavaleiro do infante D. Pedro, este mosteiro de S. Marcos foi começado a erguer no ano de 1452 pelo arquiteto Gil de Sousa, acolhendo uma comunidade religiosa de frades da Ordem de S. Jerónimo.
A igreja foi reformada no século XVI por Diogo de Castilho, renovações que continuaram até ao século XVIII. Espoliado nas guerras napoleónicas e extintas as ordens religiosas após 1834, este mosteiro entra em decadência. Parte das dependências conventuais foram queimadas num incêndio, mas a igreja salvou-se. Adaptado durante algum tempo como residência palaciana dos Duques de Bragança, S. Marcos pertence atualmente à Universidade de Coimbra.
O antigo cenóbio dos frades jerónimos é vasto, adossando-se a um dos flancos da igreja o Palácio de S. Marcos, que aproveita parte das antigas dependências conventuais.
O templo foi reformado no século XVIII, como o demonstra a sua frontaria. Esta é marcada no piso térreo por uma galilé de três arcos plenos sobre pilares retangulares. No interior está resguardado o portal manuelino da igreja, de cariz vegetalista. Sobre a galilé rasga-se uma elevada janela com frontão mistilíneo, ladeada por dois nichos barrocos vazios. A empena é formada por movimentada composição barroca mistilínea e encimada por cruz de dupla travessa. Lateralmente eleva-se a torre sineira, marcada por fogaréus e cúpula bolbosa.
A cobertura da nave da igreja foi reformada no século XVII, contendo este espaço alguma da melhor tumulária nacional dos séculos XV-XVI. Logo à entrada são visíveis os túmulos de dois alcaides de Montemor-o-Velho, Gonçalo Aires da Silva e o neto Aires Gomes da Silva, marido da fundadora e morto na Batalha de Alfarrobeira. Surge depois o mais emblemático túmulo do século XV, obra de Diogo Pires-o-Velho realizada em 1481. Trata-se do túmulo de Fernão Teles de Meneses e o seu tranquilo jacente está sob um baldaquino gótico, cujo cortinado é afastado por duas figuras selvagens. Na face frontal da arca tumular podem observar-se os brasões dos Silva e dos Meneses. Frontal a este magnífico túmulo quatrocentista está o não menos elegante púlpito do século XVI, obra do escultor Diogo Pires-o-Moço.
A capela-mor é um espaço igualmente soberbo, concebido por Diogo de Castilho e coberto por uma abóbada ogival polinervurada. O seu retábulo-mor em pedra calcário policromada é uma obra superlativa do escultor francês Nicolau Chanterene. Nele se narra o Descimento da Cruz, tendo lateralmente as figuras dos doadores com S. Jerónimo e S. Marcos. Na predela observam-se quatro episódios da vida de S. Jerónimo.
No lado direito do retábulo situa-se o túmulo renascentista do cavaleiro João da Silva (1559). Depois pode-se ver o túmulo da fundadora e de dois outros cavaleiros desta família, onde os jacentes manuelinos se combinam harmoniosamente com a arquitetura renascentista., ambos obra do escultor Diogo Pires-o-Moço.
No espaço da ousia pode-se ainda admirar a Capela dos Reis Magos, notável espaço do maneirismo quinhentista e com prováveis influências da oficina de João de Ruão, em que a sala quadrada da capela, transposta por elegante portal de arco pleno, é coberta por uma cúpula hemisférica. Neste espaço de harmonia e recolhimento estão alguns túmulos, com destaque para o do cavaleiro Diogo da Silva.
O Convento de S. Marcos foi classificado em 1910 como Monumento Nacional (M.N.).
A igreja foi reformada no século XVI por Diogo de Castilho, renovações que continuaram até ao século XVIII. Espoliado nas guerras napoleónicas e extintas as ordens religiosas após 1834, este mosteiro entra em decadência. Parte das dependências conventuais foram queimadas num incêndio, mas a igreja salvou-se. Adaptado durante algum tempo como residência palaciana dos Duques de Bragança, S. Marcos pertence atualmente à Universidade de Coimbra.
O antigo cenóbio dos frades jerónimos é vasto, adossando-se a um dos flancos da igreja o Palácio de S. Marcos, que aproveita parte das antigas dependências conventuais.
O templo foi reformado no século XVIII, como o demonstra a sua frontaria. Esta é marcada no piso térreo por uma galilé de três arcos plenos sobre pilares retangulares. No interior está resguardado o portal manuelino da igreja, de cariz vegetalista. Sobre a galilé rasga-se uma elevada janela com frontão mistilíneo, ladeada por dois nichos barrocos vazios. A empena é formada por movimentada composição barroca mistilínea e encimada por cruz de dupla travessa. Lateralmente eleva-se a torre sineira, marcada por fogaréus e cúpula bolbosa.
A cobertura da nave da igreja foi reformada no século XVII, contendo este espaço alguma da melhor tumulária nacional dos séculos XV-XVI. Logo à entrada são visíveis os túmulos de dois alcaides de Montemor-o-Velho, Gonçalo Aires da Silva e o neto Aires Gomes da Silva, marido da fundadora e morto na Batalha de Alfarrobeira. Surge depois o mais emblemático túmulo do século XV, obra de Diogo Pires-o-Velho realizada em 1481. Trata-se do túmulo de Fernão Teles de Meneses e o seu tranquilo jacente está sob um baldaquino gótico, cujo cortinado é afastado por duas figuras selvagens. Na face frontal da arca tumular podem observar-se os brasões dos Silva e dos Meneses. Frontal a este magnífico túmulo quatrocentista está o não menos elegante púlpito do século XVI, obra do escultor Diogo Pires-o-Moço.
A capela-mor é um espaço igualmente soberbo, concebido por Diogo de Castilho e coberto por uma abóbada ogival polinervurada. O seu retábulo-mor em pedra calcário policromada é uma obra superlativa do escultor francês Nicolau Chanterene. Nele se narra o Descimento da Cruz, tendo lateralmente as figuras dos doadores com S. Jerónimo e S. Marcos. Na predela observam-se quatro episódios da vida de S. Jerónimo.
No lado direito do retábulo situa-se o túmulo renascentista do cavaleiro João da Silva (1559). Depois pode-se ver o túmulo da fundadora e de dois outros cavaleiros desta família, onde os jacentes manuelinos se combinam harmoniosamente com a arquitetura renascentista., ambos obra do escultor Diogo Pires-o-Moço.
No espaço da ousia pode-se ainda admirar a Capela dos Reis Magos, notável espaço do maneirismo quinhentista e com prováveis influências da oficina de João de Ruão, em que a sala quadrada da capela, transposta por elegante portal de arco pleno, é coberta por uma cúpula hemisférica. Neste espaço de harmonia e recolhimento estão alguns túmulos, com destaque para o do cavaleiro Diogo da Silva.
O Convento de S. Marcos foi classificado em 1910 como Monumento Nacional (M.N.).
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Como referenciar
Porto Editora – Convento de S. Marcos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-18 02:02:28]. Disponível em
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