Cormac
Com este nome aparecem três personagens: um deles, Cormac mac Art, foi um dos reis da Irlanda e o seu nome significa "Cormac filho de Art". Grainne, sua filha, era mulher do chefe do seu exército, da sua guarda, dos seus caçadores e dos seus mercenários, Finn mac Cumhail.
O seu nascimento é relatado em Silva Gaelica por O' Grady: Art, seu pai e filho de Conn Cet Chatach ("Conn das Cem Vitórias") ficou uma noite hospedado em casa de um ferreiro, Olc Acha, antes da batalha contra Lugaid mac Com. O ferreiro propôs que passasse a noite com a sua filha, Étain, concretizando a profecia que tinha sido feita na qual se dizia que Olc Acha iria providenciar uma grande honra. Art sabia de antemão que iria morrer na batalha contra Lugaid, e disse a Étain que chamasse ao filho Cormac e o levasse a Connacht para que fosse adotado pelo seu amigo Lugna. Étain pôs-se a caminho quando o tempo de conceção estava a chegar ao fim, tencionando dar à luz em casa de Lugna; no entanto, mal entrou no reino de Connacht sentiu-se contorcer com as dores de parto e Cormac nasceu ali mesmo, em cima de uma cama feita de ramos pela criada de Étain. Lugna, ao ouvir o trovão, apercebeu-se do nascimento de Cormac, uma vez que o som do trovão anunciava o nascimento dos reis. Pôs-se então a caminho para encontrar a criança, mas quando chegou ao pé de Étain esta disse-lhe que tinha adormecido, exausta, deixando o filho à guarda da criada. Esta também adormeceu, e Cormac foi roubado por uma loba que depois o criou como um dos seus filhotes. Lugna levou então Étain para sua casa e ofereceu uma recompensa a quem trouxesse notícias da criança desaparecida. Finalmente um homem chamado Grec encontrou-a numa caverna a brincar com crias de loba e levou-a a Lugna, que designou então Cormac sucessor de Conn Cet Chatach.
Foi-lhe dado o ramo prateado de Manannan, deus dos mares, quando visitou Tir Tairngire e também lá encontrou a taça da Verdade, que se partia se fossem ditas três mentiras mas cujos pedaços se voltavam a reunir se se dissessem três verdades.
Ao comer um salmão sufocou com uma espinha e morreu.
Crê-se que teria conhecido e seguido a doutrina cristã muito antes de ter sido divulgada na Irlanda e que se recusou a ser sepultado no local habitual, Bruig na Boinne (cemitério no rio Boyne) pedindo que o queimassem com a cara virada para Este, origem do cristianismo.
A sua sabedoria e habilidade para resolver disputas valeram-lhe o título de Salomão Irlandês. Este rei é o herói de uma obra moralizante da Idade Média feita de uma coleção de narrativas intitulada "As aventuras de Cormac na Terra da Promissão".
O segundo rei com o nome de Cormac é o avô de Conaire Mor e filho de Lactighe. Reinou no Ulster no ano 48 d. C. e casou-se com Etain Oig, que repudiou depois porque não lhe podia dar filhos.
Finalmente aparece Cormac Cond Longes, filho de Conor mac Nessa (ou Conchobar). Foi exilado por ter participado no massacre dos filhos de Usnach com Fergus mac Roich, voltando ao reino para cumprir a última vontade de seu pai e se tornar rei, apesar de saber por uma profecia que corria um grande risco. Acabou por ser aprisionado por soldados quando o som suavíssimo da harpa de Craiftine o adormeceu.
O seu nascimento é relatado em Silva Gaelica por O' Grady: Art, seu pai e filho de Conn Cet Chatach ("Conn das Cem Vitórias") ficou uma noite hospedado em casa de um ferreiro, Olc Acha, antes da batalha contra Lugaid mac Com. O ferreiro propôs que passasse a noite com a sua filha, Étain, concretizando a profecia que tinha sido feita na qual se dizia que Olc Acha iria providenciar uma grande honra. Art sabia de antemão que iria morrer na batalha contra Lugaid, e disse a Étain que chamasse ao filho Cormac e o levasse a Connacht para que fosse adotado pelo seu amigo Lugna. Étain pôs-se a caminho quando o tempo de conceção estava a chegar ao fim, tencionando dar à luz em casa de Lugna; no entanto, mal entrou no reino de Connacht sentiu-se contorcer com as dores de parto e Cormac nasceu ali mesmo, em cima de uma cama feita de ramos pela criada de Étain. Lugna, ao ouvir o trovão, apercebeu-se do nascimento de Cormac, uma vez que o som do trovão anunciava o nascimento dos reis. Pôs-se então a caminho para encontrar a criança, mas quando chegou ao pé de Étain esta disse-lhe que tinha adormecido, exausta, deixando o filho à guarda da criada. Esta também adormeceu, e Cormac foi roubado por uma loba que depois o criou como um dos seus filhotes. Lugna levou então Étain para sua casa e ofereceu uma recompensa a quem trouxesse notícias da criança desaparecida. Finalmente um homem chamado Grec encontrou-a numa caverna a brincar com crias de loba e levou-a a Lugna, que designou então Cormac sucessor de Conn Cet Chatach.
Foi-lhe dado o ramo prateado de Manannan, deus dos mares, quando visitou Tir Tairngire e também lá encontrou a taça da Verdade, que se partia se fossem ditas três mentiras mas cujos pedaços se voltavam a reunir se se dissessem três verdades.
Ao comer um salmão sufocou com uma espinha e morreu.
Crê-se que teria conhecido e seguido a doutrina cristã muito antes de ter sido divulgada na Irlanda e que se recusou a ser sepultado no local habitual, Bruig na Boinne (cemitério no rio Boyne) pedindo que o queimassem com a cara virada para Este, origem do cristianismo.
A sua sabedoria e habilidade para resolver disputas valeram-lhe o título de Salomão Irlandês. Este rei é o herói de uma obra moralizante da Idade Média feita de uma coleção de narrativas intitulada "As aventuras de Cormac na Terra da Promissão".
O segundo rei com o nome de Cormac é o avô de Conaire Mor e filho de Lactighe. Reinou no Ulster no ano 48 d. C. e casou-se com Etain Oig, que repudiou depois porque não lhe podia dar filhos.
Finalmente aparece Cormac Cond Longes, filho de Conor mac Nessa (ou Conchobar). Foi exilado por ter participado no massacre dos filhos de Usnach com Fergus mac Roich, voltando ao reino para cumprir a última vontade de seu pai e se tornar rei, apesar de saber por uma profecia que corria um grande risco. Acabou por ser aprisionado por soldados quando o som suavíssimo da harpa de Craiftine o adormeceu.
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Como referenciar
Porto Editora – Cormac na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-19 18:37:33]. Disponível em
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