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Crash Bolsista
Acabavam os loucos anos 20, numa sexta-feira que se tornou "negra" nos anais da história americana e universal, por arrastamento. É talvez a primeira manifestação dos riscos potenciais da globalização económica à escala planetária. De há muito se notavam alguns sinais, desde pelo menos 1923, ano em que se evidenciaram os primeiros laivos de hiperinflação na Europa (Alemanha, Inglaterra...), ou então desde 1926, quando se assiste a um crescimento do desemprego agrícola nos Estados Unidos. Começava a diluir-se o estado de graça do pós-I Guerra nas principais economias mundiais.
1927 foi o ano em que tudo se começou a precipitar para algo que não foi nunca previsto. Assim, as empresas americanas começaram a reinvestir os seus capitais no fulgurante mercado financeiro de Nova Iorque, capitais esses que eram retirados de investimentos no estrangeiro para serem canalizados para a especulação bolsista. Situação que atraíu grande número de especuladores e agentes bolsistas, que capitalizariam, sem escrúpulos, com o crescente afluxo de inúmeras poupanças de famílias americanas, gerando cada vez mais lucros na bolsa nova-iorquina de Wall Street. O mercado mostrava-se cada vez mais sobrevalorizado, embora não se tenha feito muito para contrariar tal tendência, apesar do governo federal ter produzido alguma legislação relativa a lucros e recomendado aos bancos que controlassem a concessão de créditos para efeitos de investimentos bolsistas. Pouco adiantou, a tendência de alta descontrolada era impercetivelmente irreversível em 1929. A situação ganhou contornos ainda mais perigosos quando um crescente número de investidores decidiu retirar lucros da sua especulação bolsista, com a venda das suas carteiras de ações. A 23 de outubro daquele ano, uma quarta-feira, foram vendidos mais de seis milhões de títulos, uma transação que mais que duplicaria no dia seguinte (13 milhões de títulos), a célebre "quinta-feira negra". A tendência manteve-se na semana seguinte, com um "pico" a 29 de outubro, a quarta-feira mais trágica de Wall Street, quando foram transacionados mais de dezasseis milhões de títulos e com perdas que ascendiam a mais de uma dezena de milhar de milhões de dólares, criando um efeito de "dominó" noutras bolsas americanas logo de imediato. A Bolsa e o sistema financeiro americanos "desabavam", era o crash.
Falências intermináveis, ruína de um sem número de pequenos investidores, desemprego maciço, miséria, colapso económico da economia americana, tantas foram as consequências nefastas destes trágicos dias do crash de Wall Street, que arrastaram as economias ocidentais para uma espiral de crise aguda, a mais grave do século XX, a par da crise petrolífera de 1973.
Depósitos bancários são retirados, o crédito e decorrente capacidade de investimento económico colapsam, com mais de quinze milhões de americanos e quase outros tantos na Europa a engrossarem repentinamente as fileiras de desempregados sem solução laboral à vista. A agricultura americana, já depauperada por maus anos climatéricos sucessivos e graves problemas económicos fica, bruscamente, na pior crise de que há memória na história dos Estados Unidos da América do Norte.
1927 foi o ano em que tudo se começou a precipitar para algo que não foi nunca previsto. Assim, as empresas americanas começaram a reinvestir os seus capitais no fulgurante mercado financeiro de Nova Iorque, capitais esses que eram retirados de investimentos no estrangeiro para serem canalizados para a especulação bolsista. Situação que atraíu grande número de especuladores e agentes bolsistas, que capitalizariam, sem escrúpulos, com o crescente afluxo de inúmeras poupanças de famílias americanas, gerando cada vez mais lucros na bolsa nova-iorquina de Wall Street. O mercado mostrava-se cada vez mais sobrevalorizado, embora não se tenha feito muito para contrariar tal tendência, apesar do governo federal ter produzido alguma legislação relativa a lucros e recomendado aos bancos que controlassem a concessão de créditos para efeitos de investimentos bolsistas. Pouco adiantou, a tendência de alta descontrolada era impercetivelmente irreversível em 1929. A situação ganhou contornos ainda mais perigosos quando um crescente número de investidores decidiu retirar lucros da sua especulação bolsista, com a venda das suas carteiras de ações. A 23 de outubro daquele ano, uma quarta-feira, foram vendidos mais de seis milhões de títulos, uma transação que mais que duplicaria no dia seguinte (13 milhões de títulos), a célebre "quinta-feira negra". A tendência manteve-se na semana seguinte, com um "pico" a 29 de outubro, a quarta-feira mais trágica de Wall Street, quando foram transacionados mais de dezasseis milhões de títulos e com perdas que ascendiam a mais de uma dezena de milhar de milhões de dólares, criando um efeito de "dominó" noutras bolsas americanas logo de imediato. A Bolsa e o sistema financeiro americanos "desabavam", era o crash.
Falências intermináveis, ruína de um sem número de pequenos investidores, desemprego maciço, miséria, colapso económico da economia americana, tantas foram as consequências nefastas destes trágicos dias do crash de Wall Street, que arrastaram as economias ocidentais para uma espiral de crise aguda, a mais grave do século XX, a par da crise petrolífera de 1973.
Depósitos bancários são retirados, o crédito e decorrente capacidade de investimento económico colapsam, com mais de quinze milhões de americanos e quase outros tantos na Europa a engrossarem repentinamente as fileiras de desempregados sem solução laboral à vista. A agricultura americana, já depauperada por maus anos climatéricos sucessivos e graves problemas económicos fica, bruscamente, na pior crise de que há memória na história dos Estados Unidos da América do Norte.
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Como referenciar
Porto Editora – Crash Bolsista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-15 23:07:50]. Disponível em
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