Crescimento da Economia de Direção Central Pós II Guerra
A força militar que a União Soviética dispunha no final da Segunda Guerra Mundial permitiu que implantasse o regime comunista nos países invadidos, o mesmo acontecendo naqueles que adotaram esta política por livre escolha. Como dizia Jdanov, "o poder pertence ao povo", e é neste contexto que se inserem algumas nacionalizações e expropriações. A base da economia nos países socialistas é a propriedade dos meios produtivos. Ramificando-se em dois modelos, os Estados possuiriam por um lado os equipamentos sociais, o solo e o subsolo, as florestas, os meios de transporte, as fábricas, os sovkohz ou empresas agrícolas estatais, as fábricas e as casas em perímetros urbanos. Dono de vastos territórios que expropriaram muitas vezes a imigrantes ou outros latifundiários, controlam os Estados socialistas toda a produção industrial de base, outorgando aos operários o direito de gerir as empresas nas quais trabalham. A partir de 1948, com a ascensão comunista, na maioria dos países os empresários privados foram substituídos pelo Estado ou pelas empresas consideradas como "propriedade social", se geridas por operários, e houve um crescer das nacionalizações. Um outro modelo foi o das cooperativas ou kolkhoz, em que se assistiu a uma coletivização de camponeses que usufruíam vitaliciamente e gratuitamente do solo. Os governos das denominadas "democracias populares" em países como a Checoslováquia, a Polónia e a Alemanha Oriental, tal como noutros países comunistas da Europa de Leste (entre 1949 e 1952), optaram por proporcionar a estes agricultores as terras expropriadas, criando-se um sistema de parcelas de reduzidas dimensões que, no entanto, acabou por não propiciar os almejados níveis produtivos nem um desenvolvimento significativo em termos agrícolas. As nações de regime comunista chegaram a retirar o usufruto do solo, nas cooperativas superiores, passando também pelo modelo da propriedade comum do trabalho e dos utensílios agrícolas. Este esquema coletivista foi implantado à força (sobretudo na URSS), muitas vezes contrariando a vontade dos camponeses e não sem passar por uma série de recuos, como aconteceu na Hungria em 1953, para se dar uma nova fase de fixação três anos depois. O modelo de planificação centralizado, de característica estalinista e autoritária, sobreviveu até 1965 na União Soviética, emanado pelo Comité de Estado do Plano (Gosplan). Este fiscaliza toda a economia e todos os meios de produção, estipulando os salários, preços, maquinaria a utilizar, seleção de operários, clientes e fornecedores, colocando os objetivos a atingir (que usualmente eram desproporcionados) e os mínimos de produção (também normalmente falseados pelas empresas). Estas condições geram uma situação irrealista e um profundo desequilíbrio económico. O Banco de Estado superintende estreitamente os investimentos do Orçamento de Estado. Com Khrouchtchev, entre 1957 e 1965, surgem os conselhos de economia nacional ou sovnarkhoz, controlando mais apertadamente o Partido Comunista, em teoria, a produção. Como consequência deste regime de economia centralizada a qualidade decresceu, as quantidades declaradas eram irrealistas e acumulavam-se maquinaria e matéria-prima aos quais não era dado o uso adequado. A força militar que a União Soviética dispunha no final da Segunda Guerra Mundial permitiu que implantasse o regime comunista nos países invadidos, o mesmo acontecendo naqueles que adotaram esta política por livre escolha. Como dizia Jdanov, "o poder pertence ao povo", e é neste contexto que se inserem algumas nacionalizações e expropriações. A base da economia nos países socialistas é a propriedade dos meios produtivos. Ramificando-se em dois modelos, os Estados possuiriam por um lado os equipamentos sociais, o solo e o subsolo, as florestas, os meios de transporte, as fábricas, os sovkohz ou empresas agrícolas estatais, as fábricas e as casas em perímetros urbanos. Dono de vastos territórios que expropriaram muitas vezes a imigrantes ou outros latifundiários, controlam os Estados socialistas toda a produção industrial de base, outorgando aos operários o direito de gerir as empresas nas quais trabalham. A partir de 1948, com a ascensão comunista, na maioria dos países os empresários privados foram substituídos pelo Estado ou pelas empresas consideradas como "propriedade social", se geridas por operários, e houve um crescer das nacionalizações. Um outro modelo foi o das cooperativas ou kolkhoz, em que se assistiu a uma coletivização de camponeses que usufruíam vitaliciamente e gratuitamente do solo. Os governos das denominadas "democracias populares" em países como a Checoslováquia, a Polónia e a Alemanha Oriental, tal como noutros países comunistas da Europa de Leste (entre 1949 e 1952), optaram por proporcionar a estes agricultores as terras expropriadas, criando-se um sistema de parcelas de reduzidas dimensões que, no entanto, acabou por não propiciar os almejados níveis produtivos nem um desenvolvimento significativo em termos agrícolas. As nações de regime comunista chegaram a retirar o usufruto do solo, nas cooperativas superiores, passando também pelo modelo da propriedade comum do trabalho e dos utensílios agrícolas. Este esquema coletivista foi implantado à força (sobretudo na URSS), muitas vezes contrariando a vontade dos camponeses e não sem passar por uma série de recuos, como aconteceu na Hungria em 1953, para se dar uma nova fase de fixação três anos depois. O modelo de planificação centralizado, de característica estalinista e autoritária, sobreviveu até 1965 na União Soviética, emanado pelo Comité de Estado do Plano (Gosplan). Este fiscaliza toda a economia e todos os meios de produção, estipulando os salários, preços, maquinaria a utilizar, seleção de operários, clientes e fornecedores, colocando os objetivos a atingir (que usualmente eram desproporcionados) e os mínimos de produção (também normalmente falseados pelas empresas). Estas condições geram uma situação irrealista e um profundo desequilíbrio económico. O Banco de Estado superintende estreitamente os investimentos do Orçamento de Estado. Com Khrouchtchev, entre 1957 e 1965, surgem os conselhos de economia nacional ou sovnarkhoz, controlando mais apertadamente o Partido Comunista, em teoria, a produção. Como consequência deste regime de economia centralizada a qualidade decresceu, as quantidades declaradas eram irrealistas e acumulavam-se maquinaria e matéria-prima aos quais não era dado o uso adequado.
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Como referenciar
Porto Editora – Crescimento da Economia de Direção Central Pós II Guerra na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-19 09:38:17]. Disponível em
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