Crescimento económico e tecnológico do Japão
O início do extraordinário desenvolvimento do Japão deu-se no princípio do século XX, tendo-se posto rapidamente a par das inovações tecnológicas ocidentais após a abertura ao comércio e às relações internacionais (1853).
De facto, com a derrota da Rússia em 1905, que então detinha uma das mais poderosas forças armadas a nível mundial, o Japão começou a afirmar-se militarmente.
De facto, em 1931 tinha já anexado a Manchúria e em 1937 iniciou a invasão da China, enquanto que entre 1940 e 1945 controlava as zonas mais prósperas da China. Desde o século XIX que o desenvolvimento industrial foi orientado pelo Estado, tendo-se criado a longo prazo uma sólida estrutura económica concorrencial, além do Japão se embeber da tecnologia e da cultura da China e assim criar bases sólidas para a estrutura interna do país (no que diz respeito à administração pública e criação de infraestruturas de transportes e energia).
Estas realizações revelaram-se valiosas para o sucesso do país aquando da abertura ao comércio externo e sobretudo após a participação na Segunda Guerra Mundial, em que o Japão foi arrasado pelos bombardeios dos Estados Unidos (particularmente com as bombas atómicas caídas em Hiroshima e Nagasáki).
Após a derrota sofrida na Segunda Guerra Mundial, tornou-se a segunda maior potência a nível mundial, enchendo os mercados americano e europeu com os seus produtos.
Para tal contribuiu também a elevada capacidade de absorção e compreensão das novas tecnologias e a existências de infraestruturas que tornaram possível o aperfeiçoamento e a produção de tecnologia autóctone.
As empresas adotaram igualmente um sistema de estímulo dos seus trabalhadores que passou por atribuir um conjunto de vantagens como a garantia de trabalho vitalício, participação na gestão da empresa e aumento de salário, incentivando a lealdade e a produtividade e criando estruturas extremamente absorventes que proporcionam realização pessoal e estimulam o mercado ao acicatar a competição inter-empresarial. Também se deve considerar a necessidade do Japão em criar uma organização económica que permitisse o pagamento das indemnizações exigidas pelos Aliados.
Contudo, estes pagamentos acabaram por não ser cobrados, uma vez que, com a Guerra da Coreia, o Japão se tornou um importante fornecedor de armas dos Estados Unidos da América.
Mencione-se ainda que a crise do petróleo de 1973 estimulou uma característica que já tinha começado a ser praticada anteriormente e contribuiu sobremaneira para a forte implantação externa da indústria japonesa: a da produção com um elevado grau de excelência e baixo custo, coordenada com uma sólida reestruturação industrial.
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