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crosta
Ao conjunto das camadas sísmicas graníticas-sedimentares e basálticas é dado o nome de crosta ou crusta terrestre.
A descontinuidade de Conrad separa a crosta continental (granítico-sedimentar) da crosta oceânica (basáltica).
O conhecimento direto que possuímos sobre a constituição do globo terrestre limita-se a alguns quilómetros de profundidade e deve-se ao facto de se encontrarem atualmente à superfície da crosta terrestre grandes zonas que a erosão e movimentos tectónicos colocaram a descoberto, às sondagens profundas e às minas. A mina mais profunda não ultrapassa os 3354 metros, estando situada na África do Sul, e o furo mais profundo, em Oklahoma, atinge os 9165 metros. Estas profundidades são ínfimas, relacionadas com o raio terrestre, 6378 quilómetros, e os dados diretos sobre a estrutura do globo são limitados.
A Terra é um planeta diferenciado, constituído por materiais separados e segregados em camadas, de acordo com a densidade. Os materiais mais densos estão concentrados próximo do centro e os de baixa densidade próximo da superfície.
Na parte superficial encontra-se uma cobertura de rochas sedimentares que pode atingir, nas bacias de sedimentação, a espessura de cerca de 15 quilómetros, diminuindo noutros pontos ou mesmo desaparecendo. Imediatamente por baixo desta cobertura existiria uma zona de rochas ácidas, principalmente granitos e gneisses, que podem atingir a profundidade de 15 a 36 quilómetros. Nas zonas montanhosas, como os Alpes, esta zona pode atingir uma espessura de 60 a 70 quilómetros. A cobertura sedimentar não existe, de maneira significativa, nos fundos oceânicos.
O conjunto destas duas camadas constituídas por materiais leves, sobretudo sílica e alumínio, representa o sial proposto por Suess em 1885 (Sial = Si e Al, símbolos químicos do silício e do alumínio).
Na zona granítica, a velocidade das ondas sísmicas longitudinais é de 5,5 a 6,0 km/seg., sendo mais elevada que na zona sedimentar.
Sob a camada siálica existem rochas básicas, com uma espessura de 10 a 25 quilómetros. Alguns autores consideram-nas formadas por gabros ou basaltos olivínicos, outros autores julgam tratar-se de rochas ultrabásicas do tipo do peridotito. Estas corresponderiam ao sima (de sílico e magnésio) propostos por Suess. Autores mais recentes dão-lhe o nome de camada basáltica. A propagação das ondas sísmicas longitudinais atinge nesta camada a velocidade de 6,2 a 6,9 km/seg.
Esta camada basáltica é a que se encontraria nos oceanos, recoberta junto dos continentes por uma espessura mais significativa de sedimentos. Essa espessura de sedimentos diminui à medida que se afasta dos bordos continentais.
Dentro da zona continental verifica-se uma descontinuidade sísmica - descontinuidade de Conrad - a uma profundidade média de 17 quilómetros, a partir da qual as ondas sísmicas aumentam de velocidade. Nos oceanos, onde não existem transformações graníticas, não se verifica a existência desta descontinuidade.
O limite inferior da crosta terrestre foi determinado por Mohorovicic, ao aperceber-se da alteração da velocidade de propagação das ondas sísmicas na superfície de descontinuidade que hoje tem o seu nome: descontinuidade Mohorovicic, descontinuidade Moho ou descontinuidade M.
A descontinuidade de Conrad separa a crosta continental (granítico-sedimentar) da crosta oceânica (basáltica).
O conhecimento direto que possuímos sobre a constituição do globo terrestre limita-se a alguns quilómetros de profundidade e deve-se ao facto de se encontrarem atualmente à superfície da crosta terrestre grandes zonas que a erosão e movimentos tectónicos colocaram a descoberto, às sondagens profundas e às minas. A mina mais profunda não ultrapassa os 3354 metros, estando situada na África do Sul, e o furo mais profundo, em Oklahoma, atinge os 9165 metros. Estas profundidades são ínfimas, relacionadas com o raio terrestre, 6378 quilómetros, e os dados diretos sobre a estrutura do globo são limitados.
A Terra é um planeta diferenciado, constituído por materiais separados e segregados em camadas, de acordo com a densidade. Os materiais mais densos estão concentrados próximo do centro e os de baixa densidade próximo da superfície.
Na parte superficial encontra-se uma cobertura de rochas sedimentares que pode atingir, nas bacias de sedimentação, a espessura de cerca de 15 quilómetros, diminuindo noutros pontos ou mesmo desaparecendo. Imediatamente por baixo desta cobertura existiria uma zona de rochas ácidas, principalmente granitos e gneisses, que podem atingir a profundidade de 15 a 36 quilómetros. Nas zonas montanhosas, como os Alpes, esta zona pode atingir uma espessura de 60 a 70 quilómetros. A cobertura sedimentar não existe, de maneira significativa, nos fundos oceânicos.
O conjunto destas duas camadas constituídas por materiais leves, sobretudo sílica e alumínio, representa o sial proposto por Suess em 1885 (Sial = Si e Al, símbolos químicos do silício e do alumínio).
Na zona granítica, a velocidade das ondas sísmicas longitudinais é de 5,5 a 6,0 km/seg., sendo mais elevada que na zona sedimentar.
Sob a camada siálica existem rochas básicas, com uma espessura de 10 a 25 quilómetros. Alguns autores consideram-nas formadas por gabros ou basaltos olivínicos, outros autores julgam tratar-se de rochas ultrabásicas do tipo do peridotito. Estas corresponderiam ao sima (de sílico e magnésio) propostos por Suess. Autores mais recentes dão-lhe o nome de camada basáltica. A propagação das ondas sísmicas longitudinais atinge nesta camada a velocidade de 6,2 a 6,9 km/seg.
Esta camada basáltica é a que se encontraria nos oceanos, recoberta junto dos continentes por uma espessura mais significativa de sedimentos. Essa espessura de sedimentos diminui à medida que se afasta dos bordos continentais.
Dentro da zona continental verifica-se uma descontinuidade sísmica - descontinuidade de Conrad - a uma profundidade média de 17 quilómetros, a partir da qual as ondas sísmicas aumentam de velocidade. Nos oceanos, onde não existem transformações graníticas, não se verifica a existência desta descontinuidade.
O limite inferior da crosta terrestre foi determinado por Mohorovicic, ao aperceber-se da alteração da velocidade de propagação das ondas sísmicas na superfície de descontinuidade que hoje tem o seu nome: descontinuidade Mohorovicic, descontinuidade Moho ou descontinuidade M.
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Como referenciar
Porto Editora – crosta na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 07:35:18]. Disponível em
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