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D. Frei Amador Arrais
Religioso e escritor português do século XVI, pensa-se que terá nascido cerca de 1530, em Beja, e falecido a 1 de agosto de 1600, em Coimbra, tendo sido sepultado na igreja do Colégio do Carmo. Doutorado em Teologia pela Universidade de Coimbra, foi um orador muito famoso. Eleito bispo de Portalegre em 1581, teve papel de relevo na construção da Sé Catedral e contribuiu para o resgate dos prisioneiros de Alcácer Quibir. Devido a um litígio que manteve com o cabido da Diocese, resignou ao bispado de Portalegre e retirou-se, em 1596, para o Colégio do Carmo de Coimbra.
Sendo considerado um dos nossos prosadores clássicos mais significativos, escreveu uma vasta obra, de onde se destacam os Diálogos (1589), começados pelo seu irmão, o doutor Jerónimo Arrais, que morreu sem os concluir. Aqueles consistem em simples conversas ao pé de um doente, que é sucessivamente visitado por dez amigos (um médico, um pregador, um fidalgo, legistas, etc.). As personagens discursam sobre assuntos históricos e preocupações políticas, ao longo dos quais, por vezes, os interlocutores se limitam a reforçar entre si as opiniões comuns.
Frei Amador Arrais optou por escrever estes Diálogos em português para que pudessem ser bem divulgados entre os naturais. No diálogo Da Gente Judaica refere: "E tenho por melhor linguagem a nossa portuguesa que a de Itália, porque em menos palavras contém mais conceitos e com menos rodeios e mais graves termos descobre o que se pretende, além de conservar manifestos vestígios da antiga língua latina, que foi uma das três do mundo mais esclarecidas".
Recorrendo a um estilo equilibrado e sóbrio, encontramos, no entanto, na obra de Frei Amador Arrais as comparações, as citações, as imagens e as referências a personagens bíblicas que revelam uma vasta erudição. Manifesta uma grande preocupação na construção do período, na arrumação das ideias e das palavras, tendo um grande domínio da linguagem.
Sendo considerado um dos nossos prosadores clássicos mais significativos, escreveu uma vasta obra, de onde se destacam os Diálogos (1589), começados pelo seu irmão, o doutor Jerónimo Arrais, que morreu sem os concluir. Aqueles consistem em simples conversas ao pé de um doente, que é sucessivamente visitado por dez amigos (um médico, um pregador, um fidalgo, legistas, etc.). As personagens discursam sobre assuntos históricos e preocupações políticas, ao longo dos quais, por vezes, os interlocutores se limitam a reforçar entre si as opiniões comuns.
Frei Amador Arrais optou por escrever estes Diálogos em português para que pudessem ser bem divulgados entre os naturais. No diálogo Da Gente Judaica refere: "E tenho por melhor linguagem a nossa portuguesa que a de Itália, porque em menos palavras contém mais conceitos e com menos rodeios e mais graves termos descobre o que se pretende, além de conservar manifestos vestígios da antiga língua latina, que foi uma das três do mundo mais esclarecidas".
Recorrendo a um estilo equilibrado e sóbrio, encontramos, no entanto, na obra de Frei Amador Arrais as comparações, as citações, as imagens e as referências a personagens bíblicas que revelam uma vasta erudição. Manifesta uma grande preocupação na construção do período, na arrumação das ideias e das palavras, tendo um grande domínio da linguagem.
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Porto Editora – D. Frei Amador Arrais na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 10:16:36]. Disponível em
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