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Rui Miguel Pinto

1 min

D. João da Câmara
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Formado em Engenharia pelo Instituto Industrial, trabalhou na Administração dos Caminhos de Ferro.

Consagrou-se como autor dramático, numa profícua carreira literária que, contando mais de quarenta títulos, reflete os géneros dramáticos cultivados e as tendências estéticas desenvolvidas na viragem do século XIX para o século XX. Entre a comédia de costumes, o drama histórico, o drama simbolista, a ópera cómica; entre a formação romântica e as práticas naturalista e simbolista, o dramaturgo produziu uma obra multifacetada, "onde o psicologismo simples e linear de uns Velhos alterna com as complexidades nebulosas de um Pântano; onde a lídima seiva popular daqueles mesmos Velhos vizinha com o populismo melodramático da Rosa Enjeitada; onde a banalidade de um Ganha-Perde confina com o lirismo requintado de uma Meia-Noite; onde os dramas históricos e poemas de intenção simbolista se encontram lado a lado com comédias regionais, e aqueles e estas emparceiram com farsas, operetas e revistas do ano. Irmanando todas estas obras, apenas um traço de união: uma conceção essencialmente romântica, subjetiva e idealista do Homem e da vida, do mundo e do destino, vazada, porém, em moldes de seguro sentido teatral" (REBELLO, Luís Francisco, 1962, p. 35).

Num conjunto de qualidade variável, ressaltam algumas peças fundamentais na história do teatro português: D. Afonso VI, onde se consubstancia a tentativa de elevação do drama histórico; Os Velhos, que ocupa um papel fundador relativamente ao teatro realista; e O Pântano, considerado, sob a influência de Ibsen e Maeterlinck, o primeiro drama simbolista nacional. Concebeu ainda, de parceria com autores dramáticos como Gervásio Lobato, Henrique Lopes de Mendonça, Júlio Dantas, entre outros, numerosos textos teatrais.

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Como referenciar
Porto Editora – D. João da Câmara na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 16:31:27]. Disponível em

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