Demóstenes
Orador grego, nasceu na Ática em 383 a. C. e morreu em 322 a. C.
O pai, um rico fabricante de armas, faleceu quando Demóstenes tinha apenas sete anos e os seus tutores dissiparam-lhe toda a fortuna.
Logo que a lei lho permitiu, por volta dos vinte anos, desencadeou contra eles um processo que ele próprio advogou e que venceu.
Mas a sua dicção era desagradável e não permitia augurar-lhe grande futuro como tribuno.
Disposto a eliminar este defeito, sujeitou-se a vários exercícios, que se tornaram lendários, para melhorar a voz, ao mesmo tempo que estudava as técnicas de Isócrates e Iseu e o estilo de Tucídides.
Quando entrou na política, por volta dos trinta anos, Filipe ameaçava a independência da Grécia, e Demóstenes tornou-se, em Atenas, o chefe do partido de resistência à Macedónia, enquanto o seu rival, Ésquines, era o defensor de Filipe. Com a derrota dos Atenienses em Queroneia, a sua influência perdeu-se durante alguns anos.
Após a morte de Filipe (336), levantou os seus concidadãos, juntamente com os Tebanos, contra Alexandre. Mas esta coligação desfez-se e Demóstenes seria entregue ao vencedor. Foi o alvo das acusações dos adversários durante as campanhas de Alexandre na Ásia. Triunfou num processo em que Ésquines atacava toda a sua vida política. Acusado de ter facilitado, a troco de dinheiro, a fuga de um intendente infiel a Alexandre, teve de exilar-se.
Após a morte de Alexandre, regressa à pátria como grande triunfador; mas de novo Atenas foi vencida pelos generais macedónios e Demóstenes, em fuga, envenenou-se para não cair nas mãos dos inimigos.
Dos perto de sessenta discursos que nos ficaram, atribuídos a Demóstenes, cerca de metade são tidos como duvidosos.
Os mais célebres são: Filípicas, Olintíacas, Das Prevaricações da Embaixada e Da Coroa.
Demóstenes é um orador que subordina a sua arte às suas convicções e ao seu temperamento.
Foram estas convicções que levaram Demóstenes à resistência, embora vã, à Macedónia, pois uma nação deve sacrificar tudo à sua independência.
Este temperamento, voluntarioso e tenaz, é já notório na defesa do processo que moveu contra os seus tutores, e manifesta-se nas interpelações aos seus ouvintes, interrogando-os e fazendo-os ouvir duras verdades.
Demóstenes é senhor de narrativas vivas, de raciocínios brilhantes, baseados no bom senso, e de tiradas de espírito que são sarcasmos de profundo efeito.
A reputação de Demóstenes como orador não sofre contestação e diz-se mesmo que o próprio Ésquines, no exílio, apontava os seus discursos como modelos.
O pai, um rico fabricante de armas, faleceu quando Demóstenes tinha apenas sete anos e os seus tutores dissiparam-lhe toda a fortuna.
Logo que a lei lho permitiu, por volta dos vinte anos, desencadeou contra eles um processo que ele próprio advogou e que venceu.
Disposto a eliminar este defeito, sujeitou-se a vários exercícios, que se tornaram lendários, para melhorar a voz, ao mesmo tempo que estudava as técnicas de Isócrates e Iseu e o estilo de Tucídides.
Quando entrou na política, por volta dos trinta anos, Filipe ameaçava a independência da Grécia, e Demóstenes tornou-se, em Atenas, o chefe do partido de resistência à Macedónia, enquanto o seu rival, Ésquines, era o defensor de Filipe. Com a derrota dos Atenienses em Queroneia, a sua influência perdeu-se durante alguns anos.
Após a morte de Filipe (336), levantou os seus concidadãos, juntamente com os Tebanos, contra Alexandre. Mas esta coligação desfez-se e Demóstenes seria entregue ao vencedor. Foi o alvo das acusações dos adversários durante as campanhas de Alexandre na Ásia. Triunfou num processo em que Ésquines atacava toda a sua vida política. Acusado de ter facilitado, a troco de dinheiro, a fuga de um intendente infiel a Alexandre, teve de exilar-se.
Após a morte de Alexandre, regressa à pátria como grande triunfador; mas de novo Atenas foi vencida pelos generais macedónios e Demóstenes, em fuga, envenenou-se para não cair nas mãos dos inimigos.
Dos perto de sessenta discursos que nos ficaram, atribuídos a Demóstenes, cerca de metade são tidos como duvidosos.
Os mais célebres são: Filípicas, Olintíacas, Das Prevaricações da Embaixada e Da Coroa.
Demóstenes é um orador que subordina a sua arte às suas convicções e ao seu temperamento.
Foram estas convicções que levaram Demóstenes à resistência, embora vã, à Macedónia, pois uma nação deve sacrificar tudo à sua independência.
Este temperamento, voluntarioso e tenaz, é já notório na defesa do processo que moveu contra os seus tutores, e manifesta-se nas interpelações aos seus ouvintes, interrogando-os e fazendo-os ouvir duras verdades.
Demóstenes é senhor de narrativas vivas, de raciocínios brilhantes, baseados no bom senso, e de tiradas de espírito que são sarcasmos de profundo efeito.
A reputação de Demóstenes como orador não sofre contestação e diz-se mesmo que o próprio Ésquines, no exílio, apontava os seus discursos como modelos.
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Como referenciar
Porto Editora – Demóstenes na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-20 11:47:20]. Disponível em
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