2 min
Denis Diderot
Pensador e homem de Letras francês, foi, em virtude sobretudo do seu trabalho de publicista, um dos vultos mais influentes do Iluminismo.
Nascido em 1713, Diderot estudou primeiro num colégio de Jesuítas e depois na Universidade de Paris, pela qual se licenciou em 1732. Para fazer face a dificuldades financeiras recorrentes, ensinou, praticou advocacia, fez traduções e escreveu textos pagos. Entretanto, o produto do seu próprio pensamento ia vindo a lume. Em 1746 publicou os Pensamentos Filosóficos, obra enformada por uma ideologia fortemente anti-cristã. Três anos mais tarde daria à estampa a sua Epístola sobre a Cegueira, em que propunha que se ensinasse aos cegos a leitura através do tato (no que antecipava o método implementado por Braille no século seguinte) e avançava ideias que prenunciavam já as teorias darwinianas da evolução das espécies. Os Pensamentos sobre a Interpretação da Natureza, de 1754, refletiam sobre as virtualidades do método experimental, enquanto os Elementos de Fisiologia, publicados entre 1774 e 1780, desafiavam as verdades estabelecidas e sugeriam, uma vez mais, uma origem puramente material para a natureza, que se teria desenvolvido historicamente sem qualquer tipo de intervenção providencial ou divina.
A extrema versatilidade criativa e reflexiva de Diderot levou-o ainda à produção de obras no domínio da literatura, das quais a mais interessante é porventura Jacques o Fatalista, que escreveu em 1773 mas só viria a público postumamente.
O seu maior legado intelectual, contudo, residiria na magnífica Enciclopédia que, com a colaboração de D' Alembert numa primeira fase, dirigiria entre 1751 e 1772. Esta realização ambiciosa marcou verdadeiramente a sua época. Órgão que pretendia fomentar o progresso intelectual de acordo com uma filosofia racionalista abrangente, a Enciclopédia congregou os esforços de cientistas e pensadores de todas as áreas do saber na feitura da grande síntese da cultura avançada da época. Tão avançado era o empreendimento, no seu contexto histórico, que a publicação houve de confrontar-se com críticas acerbas e os próprios mecanismos da censura foram ativados, tendo os volumes derradeiros sido publicados clandestinamente.
Após a conclusão da Enciclopédia, Diderot passou a contar com o patrocínio - inestimável, para fazer face às suas dificuldades económicas - da imperatriz Catarina da Rússia. Chegou, aliás, a visitar este país em 1773. A sua intensa atividade intelectual não pararia até à data da sua morte, em 1784.
Nascido em 1713, Diderot estudou primeiro num colégio de Jesuítas e depois na Universidade de Paris, pela qual se licenciou em 1732. Para fazer face a dificuldades financeiras recorrentes, ensinou, praticou advocacia, fez traduções e escreveu textos pagos. Entretanto, o produto do seu próprio pensamento ia vindo a lume. Em 1746 publicou os Pensamentos Filosóficos, obra enformada por uma ideologia fortemente anti-cristã. Três anos mais tarde daria à estampa a sua Epístola sobre a Cegueira, em que propunha que se ensinasse aos cegos a leitura através do tato (no que antecipava o método implementado por Braille no século seguinte) e avançava ideias que prenunciavam já as teorias darwinianas da evolução das espécies. Os Pensamentos sobre a Interpretação da Natureza, de 1754, refletiam sobre as virtualidades do método experimental, enquanto os Elementos de Fisiologia, publicados entre 1774 e 1780, desafiavam as verdades estabelecidas e sugeriam, uma vez mais, uma origem puramente material para a natureza, que se teria desenvolvido historicamente sem qualquer tipo de intervenção providencial ou divina.
A extrema versatilidade criativa e reflexiva de Diderot levou-o ainda à produção de obras no domínio da literatura, das quais a mais interessante é porventura Jacques o Fatalista, que escreveu em 1773 mas só viria a público postumamente.
Após a conclusão da Enciclopédia, Diderot passou a contar com o patrocínio - inestimável, para fazer face às suas dificuldades económicas - da imperatriz Catarina da Rússia. Chegou, aliás, a visitar este país em 1773. A sua intensa atividade intelectual não pararia até à data da sua morte, em 1784.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Denis Diderot na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-03 20:25:43]. Disponível em
Outros artigos
-
BrailleMétodo universal de escrita e leitura para cegos, inventado por Louis Braille, um pedagogo francês n...
-
ParisAspetos Geográficos Cidade do Norte de França e capital do país, está situada a 370 km da foz do rio...
-
IluminismoNos meados do século XVIII, a França, que se afundaria na Revolução, pontifica na Europa, quer polít...
-
Tales de MiletoUm dos lendários sete sábios da Grécia, viveu entre os séculos VII e VI a. C. na cidade de Mileto, i
-
Gilles DeleuzeFilósofo francês, nasceu a 18 de janeiro de 1925, em Paris, e morreu a 4 de novembro de 1995, também
-
Zenão de ÉleaNatural de Élea, cidade grega no sul da Itália, conterrâneo e discípulo de Parménides, viveu entre 4
-
Santo Isidoro de SevilhaDoutor da Igreja, conhecido como o Santo Padroeiro da Internet, nasceu em Cartagena, Espanha, no ano
-
Donald DavidsonFilósofo americano, de nome completo Donald Herbert Davidson, nascido em 1917 e falecido em 2003. Es
-
Parménides de ÉleaDe ascendência aristocrática, nasceu em Élea, cidade grega no sul da Península Itálica, por volta de
-
Hipódamo de MiletoHipódamo viveu em Mileto na Jónia (atual Turquia) no séc. VI a. C. Sócrates refere-se-lhe como o fun
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Denis Diderot na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-03 20:25:43]. Disponível em