Morro da Pena Ventosa

Rui Couceiro

Pedra e Sombra

Burhan Sönmez

Geração D

Carlos de Matos Gomes

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diglossia
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Situação linguística em que uma comunidade utiliza duas línguas distintas na mesma área geográfica, sendo que cada língua é frequentemente vocacionada para um uso concreto.
Por exemplo, durante o período colonial, era frequente que a língua do país colonizador fosse utilizada com objetivos institucionais, como o ensino, a escrita, a legislação e a religião, enquanto que as línguas autóctones eram mantidas dentro dos circuitos familiares.
A diglossia é visível ainda nos nossos dias, por exemplo em países de língua oficial portuguesa ex-coloniais, como Moçambique ou Timor, em que o português é a língua da educação, da governação, da ligação ao mundo ocidental, enquanto que as línguas nativas são mantidas vivas na esfera familiar e em circuitos informais.

Este conceito foi alargado à experiência linguística vivida pelo falante que domina duas variantes dialetais, ocorrendo o mesmo fenómeno de especialização de cada uma delas. Ou seja, a variante de prestígio é utilizada com fins institucionais e em situações formais, ao passo que a variedade da sua região é usada em contextos familiares. Por exemplo, um madeirense que habite em Lisboa tem tendência a adotar a variedade falada em Lisboa, apesar de retomar a sua variante sempre que contacte com madeirenses. Neste caso a diglossia é mais visível em questões fonéticas e prosódicas.

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Como referenciar
Porto Editora – diglossia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-08 08:24:30]. Disponível em

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