As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

As Crianças Adormecidas

Anthony Passeron

2 min

Donald Sutherland
favoritos

Ator canadiano, Donald Sutherland nasceu a 17 de julho de 1935, em Saint John, no Canadá, e morreu a 20 de junho de 2024, aos 88 anos.

Ainda criança, viajou com a família para a Inglaterra.

Em 1955, inscreveu-se na Academia Musical e de Artes Dramáticas de Londres. Fez algum sucesso nos palcos da capital inglesa, antes de se estrear no cinema com o efémero The Castle of the Living Dead (1963).

No início da sua carreira cinematográfica, teve que contentar-se com papéis secundários em sucessivos filmes de terror da produtora Hammer, o mais célebre dos quais foi Dr. Terror's House of Horrors (O Comboio Fantasma, 1965).

O filme que marcou uma viragem na sua carreira foi The Dirty Dozen (Doze Indomáveis Patifes, 1967), de Robert Aldrich, em que encarnou um dos criminosos que alcança a redenção ao aceitar embarcar numa missão especial no decorrer da Segunda Grande Guerra. O sucesso do título abriu-lhe as portas duma carreira em Hollywood, hipótese que se solidificou com o êxito de MASH (1970), no qual personificou o cirurgião Hawkeye Pierce, papel que lhe conferiu bastante popularidade.

Apesar de fugir ao estereótipo clássico de galã, foi convidado a ser protagonista em filmes de sucesso como Kelly's Heroes (Heróis por Conta Própria, 1970) e o polémico Klute (1971), ao lado de Jane Fonda, com quem manteve uma breve ligação amorosa.

Com o filme Don't Look Now (Aquele Inverno em Veneza, 1973), escandalizou meio mundo, ao protagonizar cenas ousadas de sexo com Julie Christie.
Sutherland estava então no auge da sua carreira, sendo chamado a encabeçar elencos para filmes de guerra e thrillers como S.P.Y.S. (Espiões, 1974), The Day Of The Locust (O Dia dos Gafanhotos, 1975) e The Eagle Has Landed (O Voo das Águias, 1976). A partir daí, resolveu dedicar-se a projetos europeus: trabalhou sob a direção de Federico Fellini em Casanova (1976) e com Bernardo Bertolucci na saga 1900 (1976).

Na década de 80, a sua carreira entrou em declínio, devido a rumores de que o ator se debatia com graves problemas de alcoolismo.

Entre filmes pouco significativos, as exceções chamaram-se Revolution (Revolução, 1985), Lock Up (Prisioneiro, 1989) e o excelente A Dry White Season (Assassinato sob Custódia, 1989), em que arrancou os aplausos da crítica pela sua prestação de jornalista sul-africano anti-apartheid.

Na década de 90, Sutherland beneficiou do estatuto de "special guest star", credibilizando com a sua presença superproduções como JFK (1991), Disclosure (Revelação, 1994) e A Time To Kill (Tempo de Matar, 1996), onde curiosamente trabalhou com o filho, o também ator Kiefer Sutherland.

Continuando ativo, trabalhou em Space Cowboys (2000), onde formou com Tommy Lee Jones, Clint Eastwood e James Garner um quarteto de veteranos astronautas que são chamados para uma última missão no espaço.

Marcou também presença em The Italian Job (Um Golpe em Itália, 2003) e Cold Mountain (2003). 

Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Donald Sutherland na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-19 10:24:12]. Disponível em
Outros artigos
ver+
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Donald Sutherland na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-19 10:24:12]. Disponível em

As histórias que nos matam

Maria Isaac

O segredo de Tomar

Rui Miguel Pinto

As Crianças Adormecidas

Anthony Passeron