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Eero Saarinen
Arquiteto finlandês naturalizado americano, Eero Saarinen nasceu em 1910, em Kirkkonumi, na Finlândia. Ganhou um concurso de design em 1922 quando tinha 12 anos de idade, talvez devido à sua sensibilidade artística educada em Hvitträsk, lugar onde seu pai, o arquiteto Eliel Saarinen, e os seus sócios construíram as suas casas e escritórios, sendo usualmente ponto de encontro de diversas pessoas ligadas à arte.
Em 1923, a sua família, composta por seu pai Eliel, sua mãe Loja Gesellius-Saarinen, escultora, designer têxtil, fotógrafa e maquetista, e sua irmã Pepsian Saarinen, mudou-se para os Estados Unidos, fixando-se em Bloomfield Hills, perto de Detroit, Michigan.
Eero Saarinen cresce num meio onde as artes desempenham um papel muito importante no seu quotidiano, aprendendo desde muito novo características como o empenho pela qualidade e profissionalismo e a noção de que um determinado "objeto" deveria ser usado de acordo com um contexto mais alargado: "uma cadeira para uma sala, uma sala para uma casa, uma casa para um lugar e um lugar para uma cidade".
Entre 1929 e 1930 estudou Escultura na Grande Chaumière, Paris, decidindo-se pela Arquitetura quando, em 1930, regressa aos Estados Unidos para estudar arquitetura na Universidade de Yale, concluindo o curso em 1934.
Após a conclusão do curso resolveu fazer uma viagem de dois anos pela Europa. Regressou a Bloomfield Hills em 1936, tendo iniciado a sua atividade como docente no Cranbrook Institute of Architecture and Design, do qual seu pai era diretor, tornando-se seu sócio e formando a "Saarinen and Saarinen", tendo desenvolvido em conjunto inúmeros projetos até à morte de Eliel Saarinen em 1950.
Ganhou em 1940 dois prémios de Design de Mobiliário juntamente com Charles Eames.
A sua obra começa a ser relevante a partir de 1947 quando ganha o concurso de arquitetura para o "Jefferson National Expansion Memorial" em St. Louis, tendo oportunidade de fazer um trabalho não só como homenagem a Jefferson e aos Estados Unidos mas também à era moderna. Para tal considerou que fazer um arco seria o mais adequado, tanto do ponto de vista formal como simbólico, à semelhança do projeto proposto pelo arquiteto italiano Adalberto Libera para a Exposição Universal de Roma, em 1942. O arco era constituído por uma curva parabólica com 162 m, tendo sido construído só em 1963.
De 1948 a 1956 projetou os laboratórios de Investigação General Motors em Warren, Michigan, cuja obra reflete uma austera regularidade de referência a Mies van der Rohe, quer na composição formal quer na utilização dos materiais.
Para Saarinen, os elementos que constituem a construção e composição arquitetónicas devem estar submetidos a um mesmo universo formal onde a estrutura se funde com os restantes elementos que definem os espaços. Este conceito, já ensaiado por Pier Luigi Nervi, permitia a Saarinen uma grande variedade e experimentação estrutural.
Mas é na década de 50 que Saarinen tem oportunidade de executar alguns projetos com um carácter manifestamente personalizado, como: o Auditório Kresge no Massachusetts Institute of Technology, entre 1953 e 1955, composto por uma cobertura curva apoiada apenas em três pontos; o Estádio de Hóquei da Universidade de Yale, cuja cobertura é composta por um arco central de dupla curvatura fazendo o vão longitudinal, enquanto que o transversal se desenvolve com uma superfície de revolução, também de dupla curvatura; o Terminal da Trans World Airlines (TWA) do Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova Iorque, entre 1956 e 1962, cuja cobertura é composta por duas grandes superfícies curvas com uma clara alusão a formas aladas, amarradas ao chão por apoios que se vão diluindo nas superfícies de contacto; e o Aeroporto de Dulles, em Washington, entre 1958 e 1962, cujo edifício era composto por uma superfície em forma de catenária apoiada por pilares oblíquos em relação ao solo, tendo resultado uma solução muito eficaz do ponto de vista compositivo, técnico e funcional, criando no seu interior um desenvolvimento lógico, tanto das áreas de circulação como das áreas de repouso. Integra também esta obra a Torre de Controlo, assemelhando-se a um pagode chinês, que, inserida nesse conjunto, evidencia a grande indecisão na síntese, que se manifesta na heterogeneidade de toda a sua obra.
Faleceu em 1961. Recebeu a medalha do American Institute of Architects, atribuída a título póstumo.
Em 1923, a sua família, composta por seu pai Eliel, sua mãe Loja Gesellius-Saarinen, escultora, designer têxtil, fotógrafa e maquetista, e sua irmã Pepsian Saarinen, mudou-se para os Estados Unidos, fixando-se em Bloomfield Hills, perto de Detroit, Michigan.
Eero Saarinen cresce num meio onde as artes desempenham um papel muito importante no seu quotidiano, aprendendo desde muito novo características como o empenho pela qualidade e profissionalismo e a noção de que um determinado "objeto" deveria ser usado de acordo com um contexto mais alargado: "uma cadeira para uma sala, uma sala para uma casa, uma casa para um lugar e um lugar para uma cidade".
Após a conclusão do curso resolveu fazer uma viagem de dois anos pela Europa. Regressou a Bloomfield Hills em 1936, tendo iniciado a sua atividade como docente no Cranbrook Institute of Architecture and Design, do qual seu pai era diretor, tornando-se seu sócio e formando a "Saarinen and Saarinen", tendo desenvolvido em conjunto inúmeros projetos até à morte de Eliel Saarinen em 1950.
Ganhou em 1940 dois prémios de Design de Mobiliário juntamente com Charles Eames.
A sua obra começa a ser relevante a partir de 1947 quando ganha o concurso de arquitetura para o "Jefferson National Expansion Memorial" em St. Louis, tendo oportunidade de fazer um trabalho não só como homenagem a Jefferson e aos Estados Unidos mas também à era moderna. Para tal considerou que fazer um arco seria o mais adequado, tanto do ponto de vista formal como simbólico, à semelhança do projeto proposto pelo arquiteto italiano Adalberto Libera para a Exposição Universal de Roma, em 1942. O arco era constituído por uma curva parabólica com 162 m, tendo sido construído só em 1963.
De 1948 a 1956 projetou os laboratórios de Investigação General Motors em Warren, Michigan, cuja obra reflete uma austera regularidade de referência a Mies van der Rohe, quer na composição formal quer na utilização dos materiais.
Para Saarinen, os elementos que constituem a construção e composição arquitetónicas devem estar submetidos a um mesmo universo formal onde a estrutura se funde com os restantes elementos que definem os espaços. Este conceito, já ensaiado por Pier Luigi Nervi, permitia a Saarinen uma grande variedade e experimentação estrutural.
Mas é na década de 50 que Saarinen tem oportunidade de executar alguns projetos com um carácter manifestamente personalizado, como: o Auditório Kresge no Massachusetts Institute of Technology, entre 1953 e 1955, composto por uma cobertura curva apoiada apenas em três pontos; o Estádio de Hóquei da Universidade de Yale, cuja cobertura é composta por um arco central de dupla curvatura fazendo o vão longitudinal, enquanto que o transversal se desenvolve com uma superfície de revolução, também de dupla curvatura; o Terminal da Trans World Airlines (TWA) do Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova Iorque, entre 1956 e 1962, cuja cobertura é composta por duas grandes superfícies curvas com uma clara alusão a formas aladas, amarradas ao chão por apoios que se vão diluindo nas superfícies de contacto; e o Aeroporto de Dulles, em Washington, entre 1958 e 1962, cujo edifício era composto por uma superfície em forma de catenária apoiada por pilares oblíquos em relação ao solo, tendo resultado uma solução muito eficaz do ponto de vista compositivo, técnico e funcional, criando no seu interior um desenvolvimento lógico, tanto das áreas de circulação como das áreas de repouso. Integra também esta obra a Torre de Controlo, assemelhando-se a um pagode chinês, que, inserida nesse conjunto, evidencia a grande indecisão na síntese, que se manifesta na heterogeneidade de toda a sua obra.
Faleceu em 1961. Recebeu a medalha do American Institute of Architects, atribuída a título póstumo.
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Como referenciar
Porto Editora – Eero Saarinen na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 05:39:43]. Disponível em
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