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Émile Erckmann
Escritor francês, Émile Erckmann nasceu a 20 de maio de 1822, na cidade de Phalsbourg, enclave na disputa alemã pela Alsácia-Lorena. Oriundo de uma família de protestantes, liberais e cultos, era filho de um encadernador e livreiro.
Estudou no Colégio de Phalsbourg até 1841, altura em que rumou a Paris para frequentar o curso de Direito, que concluiu. Regressando à sua terra natal, passou a dirigir um jornal que o seu irmão mais velho havia fundado pouco tempo antes, o Le Républicain Alsacien que, mais tarde, mudaria o nome para Le Démocrate Du Rhin.
Em 1847 conheceu Alexandre Chatrian, professor de Filosofia e Retórica no colégio que Erckmann havia frequentado. Desse encontro nasceu uma amizade duradoura, e que iria resultar em quarenta e dois anos de colaboração. Reconhecendo as qualidades intelectuais de Erckmann, Chatrian encorajou-o a escrever contos ao estilo de Hoffmann, dirigindo o seu ímpeto criativo.
Assim, a partir de 1849, começaram a aparecer no Le Démocrate Du Rhin contos assinados pela dupla Erckmann-Chatrian, como Vin Rouge Et Vin Blanc e Rembrandt, contos esses que foram compilados no volume Histoires Et Contes Fantastiques (1849). Entusiasmados com o sucesso conseguido, não tardaram a publicar o seu primeiro romance de costumes, com o título L'Illustre Docteur Mathéus (1859). Seguiram-se Madame Thérèse (1863), L'Ami Fritz (1864), Waterloo (1865) e Le Blocus (1867), entre muitos outros.
Despretensiosas e simples, as histórias de Erckmann-Chatrian primavam pelo seu poder descritivo, tanto nas cenas de guerra, como nas da relativa paz dos camponeses alsacianos. Lidando com a realidade bilingue da Alsácia, as obras da dupla começaram no entanto a revelar um certo ódio pelos alemães em 1870, altura em que deflagrou a Guerra Franco-Prussiana.
Em outubro de 1884, Émile Erckmann, já consagrado como escritor, muda-se para Lunéville, onde entrou em conflito com Chatrian por razões financeiras. Chatrian não só fornecia os documentos indispensáveis ao trabalho de redação de Erckmann, como se encarregava do aspeto comercial e promocional da obra.
A rutura entre ambos os amigos tornou-se irremediável e Erckmann optou por regressar à sua Phalsbourg natal, que na altura se encontrava ocupada pelos alemães. Foi por isso mesmo apodado de "prussiano", termo pejorativo e mesmo insultuoso, por parte de Chatrian.
Émile Erckmann faleceu em Lunéville no dia 14 de março de 1899.
Estudou no Colégio de Phalsbourg até 1841, altura em que rumou a Paris para frequentar o curso de Direito, que concluiu. Regressando à sua terra natal, passou a dirigir um jornal que o seu irmão mais velho havia fundado pouco tempo antes, o Le Républicain Alsacien que, mais tarde, mudaria o nome para Le Démocrate Du Rhin.
Em 1847 conheceu Alexandre Chatrian, professor de Filosofia e Retórica no colégio que Erckmann havia frequentado. Desse encontro nasceu uma amizade duradoura, e que iria resultar em quarenta e dois anos de colaboração. Reconhecendo as qualidades intelectuais de Erckmann, Chatrian encorajou-o a escrever contos ao estilo de Hoffmann, dirigindo o seu ímpeto criativo.
Assim, a partir de 1849, começaram a aparecer no Le Démocrate Du Rhin contos assinados pela dupla Erckmann-Chatrian, como Vin Rouge Et Vin Blanc e Rembrandt, contos esses que foram compilados no volume Histoires Et Contes Fantastiques (1849). Entusiasmados com o sucesso conseguido, não tardaram a publicar o seu primeiro romance de costumes, com o título L'Illustre Docteur Mathéus (1859). Seguiram-se Madame Thérèse (1863), L'Ami Fritz (1864), Waterloo (1865) e Le Blocus (1867), entre muitos outros.
Despretensiosas e simples, as histórias de Erckmann-Chatrian primavam pelo seu poder descritivo, tanto nas cenas de guerra, como nas da relativa paz dos camponeses alsacianos. Lidando com a realidade bilingue da Alsácia, as obras da dupla começaram no entanto a revelar um certo ódio pelos alemães em 1870, altura em que deflagrou a Guerra Franco-Prussiana.
Em outubro de 1884, Émile Erckmann, já consagrado como escritor, muda-se para Lunéville, onde entrou em conflito com Chatrian por razões financeiras. Chatrian não só fornecia os documentos indispensáveis ao trabalho de redação de Erckmann, como se encarregava do aspeto comercial e promocional da obra.
A rutura entre ambos os amigos tornou-se irremediável e Erckmann optou por regressar à sua Phalsbourg natal, que na altura se encontrava ocupada pelos alemães. Foi por isso mesmo apodado de "prussiano", termo pejorativo e mesmo insultuoso, por parte de Chatrian.
Émile Erckmann faleceu em Lunéville no dia 14 de março de 1899.
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Como referenciar
Porto Editora – Émile Erckmann na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 10:30:44]. Disponível em
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