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Émile Zola
Romancista, crítico e ativista político, Emile Zola é considerado um dos escritores mais importantes do século XIX. Ficou conhecido pelas suas teorias acerca do Naturalismo. Nasceu em Paris a 2 de abril de 1840 e morreu nesta cidade a 28 de setembro de 1902. Passou a infância e juventude em Aix-en-Provence, no sul de França, quando o pai, um engenheiro civil de descendência italiana, esteve envolvido na construção do sistema municipal de água. O pai morreu em 1847 e Zola voltou para Paris com a mãe para fazer o liceu. Com a entrada na Hachette, Zola mergulhou no mundo da literatura. Conheceu um grande número de escritores e jornalistas. Leu Taine, Stendhal, Balzac, Flaubert. Nesta altura publicou os primeiros contos e artigos e abandonou a sua vocação de poeta para se tornar romancista. Escreveu o seu primeiro romance, La Confession de Claude, uma história autobiográfica inspirada numa antiga e infeliz experiência passional, publicada em 1865. Daqui para a frente vive ao correr da pena, quer como romancista, quer como jornalista. Zola publica sucessivamente Le Voeu d'une Morte (1866) e Thérèse Raquin (1867), um macabro conto acerca de um assassínio, mas que significou a entrada na estética naturalista.
La Fortune des Rougon, o primeiro romance em série começou a ser escrito em 1870, foi depois interrompido devido à guerra franco-germânica e só foi publicado no final de 1871. Na década de 1860/70 defendeu a arte de Cézanne, Manet e os impressionistas Claude Monet, Edgar Degas e Auguste Renoir nos artigos que publicava em jornais. A composição da série Les Rougons-Macquart vai ocupar-lhe quase um quarto de século, de 1871 a 1893. Trata-se de uma série de vinte romances naturalistas. Um dos argumentos considerados para a existência de uma escola do Naturalismo está relacionado com a publicação, no ano de 1880, de Les Soirées de Médan, um conjunto de pequenas histórias de Émile Zola, Guy de Maupassant, Joris-Karl Huysmans, Henry Céard, Léon Hennique e Paul Alexis. O movimento do Naturalismo na literatura surgiu no século XIX e princípios do século XX em França, inspirado na aplicação dos princípios e métodos da ciência, especialmente a visão darwiniana da natureza. O ensaio Le Roman Expérimental de Zola tornou-se o manifesto da escola naturalista. Para Zola, o romancista não é mais do que um mero observador da natureza, que retrata os fenómenos com uma atitude experimentalista e que se sujeita às suas características e às suas paixões, trabalhando com factos sociais e emocionais, tal como um químico trabalha com a sua matéria.
As obras de Zola são mais abrangentes do que as de Flaubert e de Balzac. Tratam de temas tão diversos como as greves dos mineiros, em Germinal (1885), o alcoolismo das classes trabalhadoras, em L'Assommoir (1877), a decadência sexual das classes altas, em La Curée (1871) e Nana, (1880) e a feroz ligação dos camponeses à suas terras, em La Terre (1887). As obras L'Assommoir e Nana foram consideradas escandalosas na época. As notas deixadas por Émile Zola revelam que ele analisou os princípios científicos, subjacentes aos romances, numa perspetiva literária, e que eles serviram para reforçar a sua visão pessoal da realidade neles contida. A consciência em relação ao seu tempo, como por exemplo, o fenómeno da destruição da união familiar, levou Zola, moralista, a retratar os valores contemporâneos. Os seus principais romances são dominados pelo simbolismo das forças antropomorfizadas que controlam e destroem o indivíduo e as massas. Deste modo, a mina, em Germinal, é comparável a um animal que devora os que nela trabalham. A tendência para o simbolismo aparece de forma extrema na reinterpretação da história do Génesis em La Faute de l'Abbé Mouret (1875).
A trilogia Les Trois Villes, (1899) e a tetralogia incompleta Les Quatres Évangiles, formam os romances finais do autor. As obras tornaram-se progressivamente mais didáticas, sem obsessões acerca do progresso científico, do socialismo humanitarista e da rejeição à Igreja Católica que estiveram presentes nos primeiros romances.
Emile Zola morreu inesperadamente em setembro de 1902, vítima de asfixia por gás de carvão resultante da combustão de gases duma chaminé. Há quem considere que a sua trágica morte não tenha sido mero acidente mas um ato planeado por parte dos seus opositores ideológicos. Depois da sua morte foi reconhecido não apenas como grande romancista europeu, mas também como um ativista defensor da verdade e da justiça.
La Fortune des Rougon, o primeiro romance em série começou a ser escrito em 1870, foi depois interrompido devido à guerra franco-germânica e só foi publicado no final de 1871. Na década de 1860/70 defendeu a arte de Cézanne, Manet e os impressionistas Claude Monet, Edgar Degas e Auguste Renoir nos artigos que publicava em jornais. A composição da série Les Rougons-Macquart vai ocupar-lhe quase um quarto de século, de 1871 a 1893. Trata-se de uma série de vinte romances naturalistas. Um dos argumentos considerados para a existência de uma escola do Naturalismo está relacionado com a publicação, no ano de 1880, de Les Soirées de Médan, um conjunto de pequenas histórias de Émile Zola, Guy de Maupassant, Joris-Karl Huysmans, Henry Céard, Léon Hennique e Paul Alexis. O movimento do Naturalismo na literatura surgiu no século XIX e princípios do século XX em França, inspirado na aplicação dos princípios e métodos da ciência, especialmente a visão darwiniana da natureza. O ensaio Le Roman Expérimental de Zola tornou-se o manifesto da escola naturalista. Para Zola, o romancista não é mais do que um mero observador da natureza, que retrata os fenómenos com uma atitude experimentalista e que se sujeita às suas características e às suas paixões, trabalhando com factos sociais e emocionais, tal como um químico trabalha com a sua matéria.
As obras de Zola são mais abrangentes do que as de Flaubert e de Balzac. Tratam de temas tão diversos como as greves dos mineiros, em Germinal (1885), o alcoolismo das classes trabalhadoras, em L'Assommoir (1877), a decadência sexual das classes altas, em La Curée (1871) e Nana, (1880) e a feroz ligação dos camponeses à suas terras, em La Terre (1887). As obras L'Assommoir e Nana foram consideradas escandalosas na época. As notas deixadas por Émile Zola revelam que ele analisou os princípios científicos, subjacentes aos romances, numa perspetiva literária, e que eles serviram para reforçar a sua visão pessoal da realidade neles contida. A consciência em relação ao seu tempo, como por exemplo, o fenómeno da destruição da união familiar, levou Zola, moralista, a retratar os valores contemporâneos. Os seus principais romances são dominados pelo simbolismo das forças antropomorfizadas que controlam e destroem o indivíduo e as massas. Deste modo, a mina, em Germinal, é comparável a um animal que devora os que nela trabalham. A tendência para o simbolismo aparece de forma extrema na reinterpretação da história do Génesis em La Faute de l'Abbé Mouret (1875).
Emile Zola morreu inesperadamente em setembro de 1902, vítima de asfixia por gás de carvão resultante da combustão de gases duma chaminé. Há quem considere que a sua trágica morte não tenha sido mero acidente mas um ato planeado por parte dos seus opositores ideológicos. Depois da sua morte foi reconhecido não apenas como grande romancista europeu, mas também como um ativista defensor da verdade e da justiça.
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Como referenciar
Porto Editora – Émile Zola na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 23:01:17]. Disponível em
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