Enrico Fermi

Físico italiano nascido a 29 de setembro de 1901, em Roma, e falecido a 28 de novembro de 1954, em Chicago. As suas experiências com neutrões levaram-no à descoberta de cerca de quarenta elementos químicos radioativos.
Considerado um dos arquitetos da era nuclear e o cientista mais reputado desde Galileu, no campo experimental e no campo teórico, publicou, em 1928, o primeiro texto italiano sobre Física Moderna, Introduzione alla Fisica Atomica. Em 1938, Fermi, que era casado com uma judia, teve de refugiar-se nos Estados Unidos da América. No período que precedeu à sua partida, produziu um intenso trabalho com avanços teóricos e práticos na produção de isótopos seguindo as experiências antes realizadas por Joliot-Curie. Fermi utilizou o neutrão, recentemente descoberto por Chadwick, como ferramenta para bombardear o núcleo sem dissipar energia. Usando parafina, interposta entre a fonte de neutrões e o alvo, Fermi descobriu o meio de desacelerar os neutrões, o que viria mais tarde a ter um enorme impacto no campo da utilização militar e civil da energia nuclear.
Foi galardoado com o Prémio Nobel da Física, em 1938, pela utilização de bombardeamento de neutrões para produzir novos elementos e pela descoberta de reações nucleares produzidas por neutrões desacelerados. No campo teórico, o maior contributo de Fermi, ainda em Roma, foi a sua teoria do decaimento beta. Nos EUA, Fermi trabalhou na tentativa de criar uma reação em cadeia controlada. Em 1942, construiu a primeira pilha atómica, usando grafite como moderador para travar os neutrões e urânio enriquecido como material de fissão. Esteve envolvido no projeto Manhattan e, em colaboração com Arthur Compton, dirigiu os trabalhos para a construção da primeira bomba atómica.
Em sua homenagem, o elemento 100, descoberto um ano depois da sua morte, foi designado por "Fermium" e a unidade de comprimento igual a 10-¹⁵ m, é denominada "Fermi".