estética não-aristotélica
O conceito de estética não-aristotélica surge em contraste com o conceito de estética aristotélica. Enquanto esta remete para uma ideia de beleza apreendida racionalmente, aquela liga-se à ideia de vida, de emotividade e força. A estética aristotélica implica uma conceção intelectual do belo e do agradável da arte, enquanto a estética não-aristotélica pressupõe a ideia de vitalidade e de sensibilidade individual.
É Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, que, em Apontamentos para uma estética não-aristotélica, faz a teorização de uma estética não-aristotélica baseada na ideia moderna de força e não na de beleza, própria da poética de Aristóteles e dos seus seguidores racionalistas e idealistas.
Em Álvaro de Campos, há, claramente, uma apreciação crítica da estética aristotélica, entendida como aquela que considera a beleza como o fim da arte, e que se baseia no que é compreensível, apreciável e agradável. Perante esta conceção, formula "uma estética baseada não na ideia de beleza, mas na de força - tomando, é claro, a palavra força, no seu sentido abstrato e científico; porque se fosse no vulgar, tratar-se-ia, de certa maneira, apenas de uma forma disfarçada de beleza". E acrescenta que "o artista não-aristotélico subordina tudo à sua sensibilidade, converte tudo em substância de sensibilidade, para assim, tornando a sua sensibilidade abstrata como a inteligência (sem deixar de ser sensibilidade), emissora como a vontade (sem que seja por isso vontade), se tornar um foco emissor abstrato sensível que force os outros, queiram eles ou não, a sentir o que ele sentiu".
É Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, que, em Apontamentos para uma estética não-aristotélica, faz a teorização de uma estética não-aristotélica baseada na ideia moderna de força e não na de beleza, própria da poética de Aristóteles e dos seus seguidores racionalistas e idealistas.
Em Álvaro de Campos, há, claramente, uma apreciação crítica da estética aristotélica, entendida como aquela que considera a beleza como o fim da arte, e que se baseia no que é compreensível, apreciável e agradável. Perante esta conceção, formula "uma estética baseada não na ideia de beleza, mas na de força - tomando, é claro, a palavra força, no seu sentido abstrato e científico; porque se fosse no vulgar, tratar-se-ia, de certa maneira, apenas de uma forma disfarçada de beleza". E acrescenta que "o artista não-aristotélico subordina tudo à sua sensibilidade, converte tudo em substância de sensibilidade, para assim, tornando a sua sensibilidade abstrata como a inteligência (sem deixar de ser sensibilidade), emissora como a vontade (sem que seja por isso vontade), se tornar um foco emissor abstrato sensível que force os outros, queiram eles ou não, a sentir o que ele sentiu".
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Como referenciar
Porto Editora – estética não-aristotélica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-21 21:05:42]. Disponível em
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