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Ettore Scola
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Cineasta italiano, Ettore Scola nasceu a 10 de maio de 1931, em Trevico. Depois da Segunda Guerra Mundial foi viver para Roma, onde estudou Direito. Contudo, o gosto pela escrita criativa e pelo cinema foi mais forte e, em 1953, iniciou a sua carreira na indústria cinematográfica como argumentista, depois de ter trabalhado como humorista em algumas revistas. Durante cerca de dez anos, Scola contribuiu com material brilhante para inúmeros filmes de Dino Risi e de outros realizadores, frequentemente em colaboração com Ruggero Maccari, destacando-se a comédia Il Magnifico Cornuto (1964), com Claudia Cardinale. Em 1964, estreia-se como realizador com o filme Se permettete parliamo di donne (1964). Apesar de a sua carreira se ter iniciado com as tradicionais comédias ao estilo italiano, dirigindo atores como Vittorio Gassman, Nino Manfredi e Marcello Mastroianni, os seus filmes foram adquirindo um tom mais sério e, nos inícios da década de 70, revelavam já uma preocupação social crescente e uma busca por um contexto dramático cada vez mais significativo. Refletindo a influência de grandes cineastas italianos do pós-guerra - Vittorio De Sica, Roberto Rossellini, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni -, o trabalho de Scola misturava a comédia com sérias questões políticas e humanitárias e denotava uma grande preocupação de estilo ao nível das técnicas inerentes à arte cinematográfica. No seu aclamado filme C'Eravamo Tanto Amati (1974), dedicado a De Sica, o cineasta capturou a essência de 30 anos de cinema italiano do pós-guerra, passando de uma visão neorrealista da Resistência e da Roma dos anos 50 para uma década de 60 plena de excessos e desilusões, através da análise da vida de três amigos, veteranos da Resistência. Em 1976, pelo seu filme Brutti, Sporchi e Cattivi (Feios, Porcos e Maus), uma sátira à miséria urbana, Scola arrebata, em Cannes, o Prémio para Melhor Realizador. O seu filme Una Giornata Speciale (Um Dia Inesquecível, 1977), uma alegoria política onde é retratada uma breve ligação entre uma dona de casa, interpretada por Sophia Loren, e um jornalista homossexual, papel desempenhado por Marcello Mastroianni, nos tempos da Segunda Grande Guerra, foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme mais ambicioso de Scola terá sido, provavelmente, La Nuit de Varennes (A Noite de Varennes, 1982), onde o realizador expande os seus pontos de vista para além de Itália, e que é uma espécie de fábula de costumes filosófica, poderosa e visualmente magnífica da Revolução Francesa, com Harvey Keitel e Marcello Mastroianni nos papéis de Thomas Paine e Casanova, respetivamente. Seguiram-se títulos como Le Bal (O Baile, 1982), Macaroni (1985), com Mastroianni e Jack Lemmon, e La Famiglia (1987), onde o realizador transforma os acontecimentos que se vivem no apartamento de uma família da classe média num microcosmos da História italiana do século XX, e que lhe valeu nova nomeação para os Óscares. Scola mistura política, História e pessoas, e o efeito que têm uns nos outros continua a ser um tema fulcral na obra de um dos mais prestigiados cineastas europeus da atualidade. Na década de 90, são de destacar os filmes Il Viaggio Di Capitan Fracassa (1990), cujo elenco conta com nomes famosos como os do já falecido Massimo Troisi, Ornella Muti, Vincent Perez e Emmanuelle Béart, e La Cena (1998).
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Porto Editora – Ettore Scola na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 12:41:28]. Disponível em
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