EUA: Prosperidade, Crise, Reformas (1920-1941)
O pânico gerado com o desastre da Bolsa de Nova Iorque precedeu a depressão económica, que primeiro se fez sentir nos Estados Unidos para depois, nos anos 30, se espalhar a toda Europa e ao resto do Mundo.
Após o desaire de 1929 os bancos americanos procuraram socorrer-se no estrangeiro, para fazer face a uma situação que se viu agravada devido à impossibilidade de os credores endividados com o crash da bolsa pagarem as suas dívidas. Entretanto, aqueles que tinham algum dinheiro no banco rapidamente o levantaram. Sem dinheiro para pagarem aos depositantes muitos bancos faliram; em 1932 a maior parte das instituições bancárias estavam fechadas.
Isto traduzir-se-ia na escassez de dinheiro para investir em setores produtivos como a indústria e a agricultura.
Nos Estados Unidos muitas fábricas fecharam as portas, o desemprego aumentou em flecha e os preços dos produtos caíram. Apesar da tomada de medidas de emergência para conceder crédito a particulares e a corporações, a depressão económica piorou bastante durante o último período da administração do Presidente Hoover.
Em 1932 multiplicavam-se os casos de bancos falidos, fábricas fechadas, quintas e casas hipotecadas; cerca de um milhão de americanos perdiam os seus empregos. Na campanha presidencial de 1932, Franklin D. Roosevelt, o futuro presidente americano, candidato pelo Partido Democrata, era questionado acerca da Proibição e da crise económica. O programa eleitoralista dos democratas propunha a rejeição da 18.ª Emenda à Constituição e prometia o New Deal, ou seja, a recuperação da grave crise que o país atravessava. Os democratas acabaram por vencer os republicanos por uma larga margem de votos.
A confiança foi restaurada nos Estados Unidos e o mercado começou a acordar da depressão, com a eleição de Roosevelt e a introdução do New Deal em 1932.
Entre 1920 e 1932 as relações diplomáticas dos Estados Unidos com outros países, durante as administrações de Harding, Coolidge e Hoover, eram dominadas pelo problema das dívidas de guerra, pelas indemnizações a cargo da Alemanha e pelas tentativas por parte dos Estados Unidos em obterem uma cooperação internacional para a manutenção da paz no Mundo.
Durante a Primeira Guerra Mundial e mesmo algum tempo depois, o governo norte-americano emprestou um total de 10 mil milhões de dólares aos Aliados; em 1922 esta quantia era acrescida da taxa de juro perfazendo mais 11 mil milhões. Os países devedores aos Estados Unidos da América alegavam não ter condições de pagar a totalidade de tão elevada quantia de dinheiro. Para a negociação de acordos com vista a reduzir as dívidas, o Congresso criou, nesse ano, a Comissão da Dívida Externa de Guerra (World War Foreign Debt Commission), que nos quatro anos seguintes estipulou pagamentos anuais por um período de 62 anos.
A maioria dos países devedores começaram a cumprir a sua obrigação a partir dos pagamentos feitos pela Alemanha. Quando este país começou a falhar nos seus pagamentos, em 1932, os Estados Unidos acionaram planos de 1924 e 1929 que permitiram que a Alemanha retomasse os pagamentos. A ajuda concedida a este país traduzia-se na redução das suas obrigações e no aumento do crédito concedido à indústria alemã.
A retirada do investimento na Alemanha, nos anos 30, abriu caminho ao regime fascista de Adolf Hitler. Nos Balcãs surgiam os regimes de direita, enquanto que em países como a Inglaterra e a Austrália crescia o apoio popular aos partidos de esquerda. Em muitos países a grande depressão resultou numa mudança das atitudes públicas e numa viragem das políticas governamentais para os problemas sociais. Esta crise, tão vasta quanto profunda viria a contribuir decisivamente para o deflagrar da Segunda Guerra Mundial.
No período de 1920 a 1932 os americanos empenharam-se na promoção de uma política internacional de limitação do armamento; da cooperação com a França com quem firmou um pacto para rejeitar a guerra como instrumento da política nacional; e da cooperação com a Liga das Nações. Um passo concreto no sentido de proporcionar uma coexistência pacífica no Mundo, na sequência das negociações com Paris, foi dado com a assinatura do Pacto Kellog-Briand em 1928, acordado entre Aristide Briand, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, e Frank B. Kellog, o secretário de Estado norte-americano. Este documento seria ratificado em 1929.
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